Legionário, N.o 474, 12 de outubro de 1941

7 DIAS EM REVISTA

Lamentamos vivamente que a Hungria tenha adotado uma lei sobre casamentos tipicamente racista, que proíbe as uniões entre israelitas e não israelitas e impõe com caráter obrigatório o exame pré-nupcial. Esta lei bem mostra que a aliança nazista foi funesta ao antigo Reino de Santo Estevão, acarretando a infiltração de homens neo-pagãos por suas fronteiras.

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A campanha nazista timbra em sustentar que à propaganda comunista se devem todas as manifestações anti-totalitárias de que a Europa ora é teatro. Entretanto, elas se explicam perfeitamente pela exacerbação dos sentimentos patrióticos.

Neste sentido foi muito expressivo o levante de 400 doentes de um hospital francês, contra as autoridades petainistas. Quando até os doentes se revoltam, não espanta que o faça a população sadia.

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Por isto mesmo também não estamos persuadidos de que ao comunismo se deve atribuir a explosão de uma bomba no quartel general dos rexistas.

O Sr. Degrelle, o famoso “Quisling” belga, tem oprimido e desgostado suficientemente a dignidade nacional belga para que se possa admitir que os seus conterrâneos, cuja bravura é legendária, tenham resolvido recorrer a este processo, aliás indiscutivelmente muito violento, para manifestar sua indignação.

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Já que falamos de Quislings, nosso espírito se volta para a Noruega. Um telegrama da agência oficiosa do governo de Vichy informa que na Pátria do Rei Haakon, o chefe de polícia publicou um decreto segundo o qual os homens de 21 a 25 anos, das aldeias situadas perto de linhas de estradas de ferro, serão encarregados em certos trechos de assegurar a proteção das linhas. Cada indivíduo deverá fiscalizar 500 metros de via. O serviço começou no dia 4 às 12 horas, e tem caráter obrigatório. No caso de atentado contra a linha, será considerado como responsável e processado o encarregado do setor em que se verificar o fato.

Confere. (...)