Legionário, N.º 547, 31 de janeiro de 1943

7 DIAS EM REVISTA

De acordo com o que já publicou a imprensa diária, encontra-se entre nós, hóspede do Revmo. Sr. D. José Gaspar de Afonseca e Silva, Arcebispo Metropolitano, o Exmo. Revmo. Sr. D. Cabral, Arcebispo de Belo Horizonte.

Por suas eminentes qualidades, o ilustre Prelado constitui no Episcopado uma figura de projeção nacional, e, por isto, será certamente elevado o número de provas de apreço e respeito que receberá durante sua permanência nesta Capital.

A estas manifestações de apreço, o LEGIONÁRIO deseja acrescentar as suas, mencionando para tal um título que particularmente o vincula a S. Excia. Revma. é que o Sr. Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, por tudo quanto tem feito em prol do "Diário" é credor da gratidão de todo o jornalismo católico do Brasil.

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Registramos com a maior satisfação a notícia de que o sólido bom senso do povo britânico está continuando a criar embaraços à aprovação do plano Beveridge, mediante o qual se pretendia precipitar enormemente o processo de socialização gradual da Inglaterra. O Santo Padre Pio XI já definiu que o socialismo e o Catolicismo são palavras que se excluem. O católico não pode ser socialista. O plano do sr. Beveridge é declaradamente socialista. Logo, um católico não o pode aprovar.

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Entre os fatos sintomáticos dessa repulsa figura a notícia de que mais de 200 membros do Parlamento inglês apresentaram propostas visando emendas e restringir o alcance do plano Beveridge. O despacho telegráfico que deu o fato à publicidade sentencia sumariamente que se trata de reação de companhias de seguros feridas em seus interesses. Assim o plano Beveridge seria a maravilha das maravilhas, e só alguns magnatas mais ou menos ocultos por detrás de 200 (!) deputados, estariam movendo oposição a essa panacéia.

É curioso como essas coisas se afirmam sem a menor prova.

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Elogiamos vivamente a atitude do Episcopado católico Holandês que, em recente Pastoral, aconselhou a todos os jovens holandeses a que evitem de ingressar nos famosos "campos de trabalho", que o nazismo está criando um pouco por toda parte da Europa, com o intuito de escravizar os povos conquistados, e inocular nos trabalhadores o vírus da mentalidade nazista.

Indignado, um jornal nazista, o "Essener National Zeitung", chamou os Bispos holandeses "os mais inveterados inimigos da nova ordem". E tem toda a razão. Essa abominável "nova ordem", que não será senão a sistematização da desordem, tem, e deve ter nos católicos, com seus Bispos a frente, os mais irredutíveis adversários.