Santo do Dia, 28 de abril de 1972
A D V E R T Ê N C I A
O presente texto é adaptação de transcrição de gravação de conferência do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira a sócios e cooperadores da TFP, mantendo portanto o estilo verbal, e não foi revisto pelo autor.
Se o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério da Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como homenagem a tão belo e constante estado de espírito:
“Católico apostólico romano, o autor deste texto se submete com filial ardor ao ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto, por lapso, algo nele ocorra que não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.
As palavras “Revolução” e “Contra-Revolução”, são aqui empregadas no sentido que lhes dá o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira em seu livro “Revolução e Contra-Revolução“, cuja primeira edição foi publicada no Nº 100 de “Catolicismo”, em abril de 1959.

Imagem de Nossa Senhora do Pilar (Saragoça), revestida com um manto oferecido por um membro da TFP colombiana
… eu até me pergunto se não seria o caso de, nas Campanhas, nós rezarmos uma jaculatória, que poderia ser: “Ó Minha Mãe, esmagai o demônio, por amor à Tradição, Família, Propriedade”.
Acho que se poderia inclusive recomendar isso aos “Eremos itinerantes” [caravanas de propagandistas da TFP, n.d.c.]. Recomendo que o Êremo de Amparo exponha isso que acabo de dizer e sugira. E fica sugerido também aos propagandistas de cidade, aos senhores todos, portanto. Esse pedido pode ser também no decurso de uma discussão; dizer: “Ó Minha Mãe, dai-me toda a firmeza, pela Tradição, Família, Propriedade”.
É o caso de experimentar, porque desconfio que isso tem efeito exorcístico. De maneira que aqui fica lançada a sugestão.
Hoje é festa de São Luiz Maria Grignion de Montfort, confessor, autor do “Tratado da Verdadeira Devoção”, profeta e apóstolo da Contra-Revolução. Sua relíquia se venera na Coroa da Sala do Reino de Maria. Século XVII.
Aos novíssimos é interessante dizer isso, se é que não o sabem: na coroa da Sala de Nossa Senhora, na Sala do Reino de Maria, há uma pequena esfera. Nesta, dentro, existe uma relíquia de São Luís Maria de Montfort. Pode-se, portanto, osculá-la porque dentro há essa relíquia desse santo nosso protetor e inspirador.
É festa também de São Paulo da Cruz, confessor: “Consagrou-se a pregar por toda parte, com singular caridade, o mistério da cruz. Fundou a ordem dos Passionistas, que fazem voto de propagar a lembrança da Paixão. Século XVIII, também”.
A razão pela qual São Paulo da Cruz figura em nosso calendário é exatamente porque ele, propagando a devoção à Santa Cruz, difunde algo que é essencialmente o contrário da Revolução. Esta última, baseada na apetência da sensualidade e do orgulho, dissemina o desejo ardente do gozo da vida e, portanto, algo que é precisamente o contrário da Santa Cruz. A devoção à Santa Cruz e o amor ao sofrimento, aceitos livremente por espírito de expiação e de reparação, é, portanto, uma prática fundamentalmente contra-revolucionária.
Os senhores têm uma bonita coincidência na festa concomitante desses dois grandes apóstolos da Cruz: São Luís Grignion de Montfort, autor da “Carta Circular aos Amigos da Cruz” e São Paulo da Cruz.
