Auditório da Escola de Medicina de Belo Horizonte, 30 de outubro de 1961
Após a conferência que o líder católico e Fundador da TFP brasileira proferiu contra a Reforma Agrária socialista e confiscatória, respondeu ele a diversas perguntas feitas por jovens universitários lá presentes.
Eu fico confrangido vendo que a mão de um jovem, e de um jovem brasileiro, bastante educado para ter formulado as suas perguntas em termos polidos, me faça a pergunta seguinte:
Os Srs. vejam por detrás deste meu jovem patrício agro-reformista, e sem que talvez ele suspeite, o que que está:
“Qual será a sua posição após a próxima revolução socialista brasileira? Pois sendo o senhor a favor da luta pela vida, terá que se adaptar.”
Eu vejo bem qual é a pergunta que está por detrás disso. [risos] Eu vejo que nessa pergunta não é a “luta pela vida”.
Eu estou fazendo aqui, meu jovem amigo, muito mais do que uma luta pela vida, eu não estou ganhando um tostão, eu não estou tirando vantagem nenhuma. Eu estou consagrando uma noite afanosa de minha existência para fazer algo de infinitamente mais nobre do que a luta pela vida: é a luta por um princípio. Eu estou lutando por muito mais do que a vida.
Mas por detrás dessa pergunta, o que está naturalmente é o paredón. E eu devo dizer: se algum dia, algum paredón dever ser salpicado com meu sangue, morrendo eu por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo, eu antes de morrer direi de mim mesmo o que dizia Jó de si mesmo: “Bendito o dia em que me viu nascer e benditas as estrelas que me viram pequenino”!
[Aplausos prolongados]
Nota: ara se ouvir ou ler a íntegra da exposição de Dr. Plinio, clique aqui.