Com a Grã-Cruz da Ordem da “Polonia Restituta”, Polônia livre condecora o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira

Catolicismo, N° 281, maio de 1974, págs. 7 e 8

O Governo Polonês no Exílio, sediado em Londres, conferiu ao Prof. Plinio Corrêa de Oliveira a comenda da Grã-Cruz da Ordem da Polonia Restituta. Instituída em 1921 — após a brilhante vitória do Marechal Pilsudski sobre a Rússia soviética, que possibilitou a restauração do Estado polonês — é a mais alta condecoração daquele governo para civis, sendo atualmente conferida às personalidades que se distinguem na luta contra o comunismo.

A comenda foi entregue ao Presidente do Conselho Nacional da TFP pelo Coronel-Aviador Tomasz Rzyski, Ministro de Assuntos Sociais do Governo Polonês no Exílio, em cerimônia realizada no dia 14 de abril no auditório do Othon Palace Hotel, em São Paulo, perante numeroso público. Estavam presentes sócios e militantes da TFP de diversos Estados, membros das congêneres argentina, chilena, colombiana, equatoriana, uruguaia e norte-americana, bem como delegações das colônias croata, húngara, letoniana, lituana, polonesa e ucraniana, representando as nações subjugadas pelo comunismo, além de numerosos amigos do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira.

Ao impor a Grã-Cruz ao agraciado, o Ministro Tomasz Rzyski afirmou que ele a merecera por seus especiais méritos e virtudes, particularmente por ser “famoso líder anticomunista, conhecido escritor e publicista, excelente professor e educador da juventude brasileira, católico exemplar e defensor da Polônia livre”. O Coronel Rzyski salientou a admirável atuação da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, presidida pelo homenageado.

Agradecendo ao Presidente da Polônia livre, Conde Julius Sokolniki, a distinção recebida, o Sr. Plinio Corrêa de Oliveira afirmou que “a Polônia pode estar jogada no chão pelo conluio traidor que a entregou ao adversário, a Polônia pode estar pisada, mas não está morta, porque quem fala não está morto. E a Polônia fala pelos seus filhos que gemem. A Polônia está viva; ela vai ressurgir”.

Salientando que onde houver um coração católico tem que haver uma ressonância de gratidão e admiração pela Polônia, o homenageado prosseguiu, dirigindo-se ao Ministro Tomasz Rzyski: “A presente comenda, em meu peito, representa um ato de fidelidade à vossa pátria; em meus lábios, um hino de amor à vossa causa; em minha alma de católico, uma esperança firmíssima de que Deus restituirá à Polônia sua plena liberdade“.

O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira concluiu frisando que as TFPs — que se estendem por toda a América e já lançam raízes no Velho Continente — constituem atualmente “uma cruzada mundial a favor da luta de todos os povos contra o inimigo da Fé“.

 

 

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