O característico torreão, no jardim da então Sede do Conselho Nacional da TFP, atualmente sede do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
Da “Refutação da TFP a uma investida frustra” (Edição da TFP, São Paulo, vol. I, junho de 1984, pags. 465-487, por uma Comissão de sócios da TFP com a colaboração, revisão e posfácio de Antonio Augusto Borelli Machado). Para aprofundar o assunto, consulte-se Depois do fracasso de dez estrondos publicitários, singular tentativa de “implodir” a TFP (cfr. Um homem, uma obra, uma gesta – Homenagem das TFPs a Plinio Corrêa de Oliveira, Parte I, Capítulo IV, EDIÇÕES BRASIL DE AMANHÃ, São Paulo, 1989, pags. 160 a 164).
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Quando a Santa Igreja examina a vida e as obras dos candidatos à honra dos altares, submete-as a uma análise rigorosíssima, em que todos os possíveis obstáculos à beatificação ou à canonização são apontados e discutidos. Nessa tarefa, se tornou clássica a figura do “advogado do diabo” (cujo título verdadeiro é “Promotor da Fé”), encarregado de suscitar até as menores e — dir-se-ia — as mais irritantes objeções. Ingrato, mas meritório papel, que deixa entretanto patente a todos os fiéis — e também aos infiéis — a máxima seriedade com que a Igreja inscreve um Servo de Deus no catálogo dos Santos, ou no dos Bem-aventurados.
O comum das pessoas, entretanto, não tem ideia do rigor com que são feitos esses exames.
Pareceu interessante apresentar aqui um extrato do processo de canonização da grande Serva de Deus que foi Santa Teresinha do Menino Jesus.
A Sagrada Congregação dos Ritos submeteu os escritos dela ao exame de um Teólogo Censor (não consta o nome), o qual emitiu ex officio um Juízo contendo todas as dificuldades que esses escritos podiam oferecer do ponto de vista da sua conformidade com a Doutrina Católica. A essas observações responderam brilhantemente os advogados da causa, da mesma Sagrada Congregação, Aloisio Toeschi e Adolfo Guidi.
Ambos os documentos — dos quais transcrevemos a seguir alguns trechos — são ricos em ensinamentos e mostram com que espírito devem ser analisadas as obras dos Servos de Deus candidatos à beatificação. Particularmente, o parecer dos advogados da Causa de Santa Teresinha mostra como — a serem interpretadas in malam partem (com o espírito desfavoravelmente preconcebido) — nem sequer as obras dos maiores Doutores da Igreja ficariam a salvo de críticas inadequadas e injustas.
Tudo isso é muito útil, para os efeitos da presente refutação. Pois previne o espírito do leitor acerca da fundamental injustiça — de que dão exemplo as três cartas do sr. O. F. [Orlando Fedeli] a qual consiste em interpretar sistematicamente in malam partem tudo quanto ele viu, ouviu ou lhe informaram a respeito do que se diz ou se faz na TFP.
Juízo do Teólogo Censor sobre os escritos da Serva de Deus Teresa do Menino Jesus
Tendo-me sido confiado o ofício de examinar os escritos da Serva de Deus Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face, freira professa da Ordem das Carmelitas Descalças do Convento de Lisieux, a fim de emitir um parecer sobre os mesmos escritos, como teólogo censor, procurei, quanto está em meu alcance, cumprir retamente este dever.
Para este efeito, emitido o juramento diante do Chanceler da Sagrada Congregação dos Ritos, li atenta e diligentemente os escritos da Serva de Deus que me foram entregues.
Estes escritos constam de quatro volumes manuscritos (segue-se a relação dos volumes e do material que cada um contém).
Nada encontrei, nos referidos escritos, que repugne à reta fé e aos bons costumes, ou que seja alheio ao sentir comum e ao costume da Igreja. Pelo contrário, neles transparece um intensíssimo amor para com Cristo, o veemente desejo de sofrer por Ele, um ardente zelo pelas almas, bem como um retíssimo juízo a respeito da natureza da perfeição cristã e da necessidade da humildade para alcançar essa perfeição. Como resultado da leitura atenta destes escritos, a mente se ilumina, o coração se inflama, a piedade aumenta, o fervor se renova.
Sem embargo (e disto não nos devemos admirar, posto que a piedosa freira não se aplicara às ciências teológicas) aqui e acolá se encontram pontos que podem oferecer dificuldade, uma vez que não estão muito de acordo com o modo de dizer dos Autores aprovados que tratam de matérias ascéticas.
— Assim, no vol. I, p. 71, falando do dia em que recebeu pela primeira vez a comunhão Eucarística, escreve a Serva de Deus: “Teresa tinha desaparecido como a gota dágua que se perde no Oceano, Jesus permanecia só, Ele era o Mestre, o Rei. Teresa não Lhe havia pedido de tirar a sua liberdade, porque sua liberdade lhe fazia medo”. E no vol. II, fl. 178 verso, da oblação que ela faz a Deus de si mesma, diz: “Eu Vos peço de me tirar a liberdade de Vos desagradar”. Ora, pedir a Deus que nos tire a liberdade parece repreensível, porque é pedir algo contra a ordem da Providência Divina, que nos deu a liberdade para merecermos. Também é repreensível se, por estas palavras, a piedosa freira pediu a Deus que não mais pudesse pecar, porquanto isto equivaleria à confirmação em graça, o que é sem dúvida um privilégio, e privilégios não devemos pedir na oração. Pode-se todavia crer que a piedosa virgem apenas desejava que Deus não permitisse que ela abusasse de sua liberdade para pecar, e exprimiu seu desejo em termos impróprios.
— Igualmente, no vol. I, p. 101, se lê: “A fé e a esperança já não eram mais necessárias, fazendo-nos o amor encontrar sobre a terra q que procuramos”. Não é conforme à verdade, que a fé e a esperança não são necessárias enquanto peregrinamos rumo ao Senhor, pois o amor de caridade, in via, embora nos una intimamente a Cristo e nos faça degustar de algum modo a presença dEle, sempre exige a fé, pela qual é regulado. As palavras da Serva de Deus podem ser retamente explica das no sentido de que era tão ardente e suave seu amor para com Cristo, que não necessitava, como os demais mortais, recorrer aos motivos de fé e esperança, para permanecer» fiel no serviço de Deus.
— Igualmente, no vol. I, p. 102, escreve ela: “Eu estava há muito pouco tempo em confissão (direção espiritual); eu jamais dizia uma palavra de meus sentimentos interiores; a via pela qual eu caminhava era tão reta, tão luminosa, que eu não necessitava de outro guia a não ser Jesus. Eu comparava os Diretores a espelhos fiéis que refletiam Jesus nas almas, e dizia que, para mim, o bom Deus não se servia de intermediários, mas agia diretamente“. E abaixo (ib., p. 183): “O bom Deus, querendo me mostrar que somente Ele era o diretor de minha alma, se serviu precisamente deste Padre que só foi apreciado por mim”. Deus pode, sem dúvida, dirigir uma alma imediatamente por si mesmo. Ordinariamente, contudo, é através do diretor de consciência que Ele nos conduz pela via da perfeição; por isso os santos sempre recorrem à luz do confessor, e lhe manifestam os segredos do coração, bem como as graças recebidas de Deus. Ter a persuasão de que não se precisa da direção do Confessor, e de que se é dirigido diretamente por Deus, cheira à presunção.
Contudo, não devemos supor semelhante presunção na Serva de Deus, posto que transparece em muitos outros documentos que ela era dotada de suma humildade, e que se submetia fielmente à direção dos Superiores.
— Igualmente, no vol. I, p. 183, lemos: “Um dia, contrariamente ao meu hábito, eu estava um pouco perturbada ao ir para a comunhão… e me dizia: “Oh! se hoje eu receber apenas a metade de uma hóstia, isto vai me deixar bastante penalizada; vou pensar que Jesus vem como que a contragosto ao meu coração’. Eu me aproximo… Oh felicidade! pela primeira vez em minha vida, vejo o padre tomar duas hóstias bem separadas e me dar… Compreenda a minha alegria e as doces lágrimas que derramei vendo uma tão grande misericórdia“. Se tais palavras provêm da opinião de que a recepção de várias hóstias produz um maior efeito do sacramento, elas são repreensíveis: pois é conferida a mesma graça, quer se receba uma, quer se recebam várias hóstias. Porém, como pela recepção de várias hóstias as espécies permanecem um pouco mais de tempo no estômago, se desta mais demorada permanência se alegrou a piedosa freira, nada há nisto de repreensível.
— Igualmente, no vol. I, p. 193, falando com Deus, diz ela: “Se vossa justiça gosta de se descarregar, ela que não se estende senão sobre a terra etc.”. Tal maneira de falar, como soa, não é conforme à verdade, posto que Deus exerce a justiça não só neste mundo, mas também na outra vida, punindo os pecadores e premiando os justos. ….
— No vol. II, fl. 17, nota-se um exagero quando, escrevendo a seu pai, diz a Serva de Deus: “Há alguém que Deus ame mais sobre a terra que meu paizinho querido? Verdadeiramente não o posso crer”. Ora, nesta vida, ninguém pode saber quem é que Deus ama com maior amor.
— Igualmente, no vol. II, fl. 18, em carta à sua prima Maria Guérin, diz: “Pensa pois que Jesus está no tabernáculo expressamente por ti, somente por ti“. É verdadeiro dizer a alguém: Cristo está presente no sacrário expressamente por ti. Não, porém, que está presente somente por ti, posto que é para todos que Cristo está presente sob as espécies. ….
— Igualmente no vol. II, fl. 87 verso, diz ela à mesma Celina: “Digo que se Jesus disse a propósito de Maria Madalena que ama mais aquele a quem mais se perdoou, pode-se dizer o mesmo com mais razão quando Jesus perdoou antecipadamente os pecados“. Esta locução — perdoou antecipadamente os pecados — é ambígua. Pode levar ao erro de que os pecados são perdoados antes de serem cometidos.
Porém, parece que, na mente da Serva de Deus, isso significa a preservação dos pecados. De tal sorte que, se mais ama a Deus o pecador a quem muitos pecados foram perdoados, também com maior amor ama a Deus aquele que, por divina graça, foi preservado de cometer muitos pecados.
— Igualmente, no mesmo vol. II, fl. 92 verso, diz que Cristo, com estas palavras: “As raposas tem suas covas, e as aves do céu seus ninhos. Porém, o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça”, respondia a esta pergunta dos judeus: Onde moras? Ora, no Evangelho está claro (Mt. VIÏI e Lc. IX) que Cristo pronunciou estas palavras depois que um dos escribas lhe disse: “Mestre, seguir-te-ei onde quer que fores”.
— Igualmente, no mesmo vol. II, fl. 112 verso e seguintes, encontra-se uma lenda que a piedosa freira compôs por ocasião da profissão de sua irmã Celina, para mostrar a parte que terão os Bem-aventurados nessa festa. Trata-se de uma piedosa ficção, na qual a Serva de Deus dá asas a seu talento. São imaginadas muitas coisas que, entretanto, não conferem com a verdade. Entre outras, falando da alegria das crianças mortas depois do batismo, escreve: “Não se ouvirão mais que gritos de alegria, e Nossa Senhora será obrigada a vir restabelecer a calma no meio do bando infantil“. E em seguida, aludindo ao momento em que a irmã emitirá a profissão, diz: “Nesse momento, a Trindade descerá na alma de minha Celina, dando-lhe uma inocência superior à do Batismo“. Admitem certamente os Doutores que a profissão religiosa, à semelhança do Batismo, perdoa todo o reato da pena. Não se pode contudo dizer que a profissão confere uma inocência superior à inocência batismal, a não ser no sentido de que o religioso que emite a profissão, em razão do intenso amor com que se oferece a Deus, e de seus méritos anteriores, tem uma graça santificante num grau superior ao de uma criança recém batizada. ….
— No vol. III, fl. 61 e seguintes, encontra-se um conto Da fuga para o Egito. Nele há um erro, posto que supõe que São José foi advertido pelo Anjo acerca da fuga para o Egito, quando estava em Nazaré, e que dessa mesma cidade de Nazaré ele partiu para o exílio com o Menino Jesus e sua Mãe. Porém, conforme consta no Evangelho (Mt. II), a advertência do Anjo foi feita em Belém, e foi desta cidade que a Sagrada Família partiu para o Egito. Alem do que, todo o conto parece tirado dos Apócrifos. Nele está dito que a Sagrada Família foi recebida numa gruta de ladrões, e que aí, um menino atacado de lepra foi miraculosamente curado pelo Menino Jesus.
— No vol. IV, fl. 65 e seguintes, na poesia em que narra a glória que no céu gozam as crianças mortas depois do Batismo, a Serva de Deus usa de figuras que não correspondem bem à verdade. Entre outras, diz que os joelhos dos Santos são o trono dessas crianças.
Não obstante estas observações, o que disse acima acerca dos escritos da Serva de Deus, afirmo-o novamente.
Tais escritos podem ser muito úteis aos fiéis, para estimulá-los na via da perfeição; procedem de uma alma totalmente consagrada a Deus, inflamada de Seu amor, e cujo único empenho é agradar a Cristo, Esposo das Virgens.
Eis tudo que, no cumprimento de meu dever, julguei no Senhor que devia referir.
Roma, 6 de dezembro de 1912.
(Summarium ex officio do Processo de Beatificação e Canonização da Serva de Deus Irmã Teresa do Menino Jesus, freira professa da Ordem das Carmelitas Descalças no Convento de Lisieux, fase Bayeux e Lisieux, pp. 1 a 9).
Resposta às observações do Revmo. Pe. Promotor Geral da Fé
Beatíssimo Padre ….
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O doutíssimo Censor Teólogo, depois de ter protestado nada ter encontrado nos escritos da Serva de Deus “que repugne à reta fé e aos bons costumes, ou seja alheio ao sentir comum e ao costume da Igreja”, bem como depois de ter tecido grandes elogios aos mesmos, acrescentou também: “Sem embargo (e disto não nos devemos admirar, posto que a piedosa freira não se aplicara às ciências teológicas) aqui e acolá se encontram pontos que podem oferecer dificuldade, uma vez que não estão muito de acordo com o modo de dizer dos Autores aprovados que tratam de matérias ascéticas” .
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Verdadeiramente, disto nada se pode tirar contra as virtudes da Serva de Deus. Pois se locuções mais livres e muitíssimas vezes também pouco acuradas ou desviadas lesassem ou diminuíssem as virtudes dos que escrevem, já estaria perdida a santidade dos autores eclesiásticos e dos próprios Padres e Doutores, os quais seguramente não andaram de modo algum imunes de tais defeitos. De onde dizer Melchior Canus: “Com efeito, esta felicidade Deus quis que houvesse sô nos livros divinos (de modo a não haver neles nada de falhas ou erros) como gravíssima e veríssimamente ensinou Santo Agostinho. De resto, não há quem, embora erudito e santo, por vezes não se engane, outras vezes não veja mal, e outras ainda não erre” (De Locis Theologicis, lib. VII, cap. 2, concl. 2). A isto acrescenta Santo Afonso o seu quinhão, bem observando: Se quiséssemos perscrutar todos os equívocos que podem ser tomadosin malam partem(no sentido mau) nos autores mais sensatos, encontrar-se-iam mil proposições que não poderiam passar” (Raccolta di lettere, Part. I, Edit. Rom., p. 152).
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Embora dito genericamente, isto seria suficiente para o nosso caso. Sem embargo do que, algumas coisas que o Censor notou, ele mesmo explica, de resto conforme a mente do Mestre de nosso direito, Bento XIV. Com efeito, este coloca antes de tudo diante dos olhos daqueles que são designados para a revisão das obras dos Servos de Deus as regras ensinadas pelos sábios, as quais convém empregar na leitura das obras dos Padres ou Escritores. Dessas regras, a primeira é que seus ditos, na medida do possível, devem ser tomados in benigniorem partem (no sentido mais benigno) (Bento XIV, lib. II, Cap. 28, n. 8). Mostraremos que em algumas coisas da Serva de Deus nada há que se possa censurar enquanto em outras se deve ser condescendente com o talento poético dela.
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É por isso que o Censor explica em que sentido se podem tomar aquelas palavras que a Serva de Deus escreveu: “Eu Vos peço de me tirar a liberdade de Vos desagradar”, isto é, que Deus não permitisse que ela abusasse da sua liberdade para pecar. O que está bem, porquanto as palavras seguintes soam: “Se por fraqueza eu caio algumas vezes, vosso Divino Olhar purifica minha alma etc. O mesmo que pediu esta Serva de Deus, pediu-o também Santa Catarina de Sena, a qual, como refere Cornélio a Lápide (In Zachariam IX, vers. 17, in fine), “COMO PEDISSE QUE SE LHE TIRASSE SUA VONTADE e seu coração, e orasse: cor mundum crea in me Deus …., Cristo, atendendo-a, tirou-lhe o coração etc. Assim conta em sua vida Raimundo que foi confessor dela e posteriormente Geral da Ordem de São Domingos“.
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Bem explica igualmente o Censor estas outras palavras da Serva de Deus: “A fé e a esperança já não eram mais necessárias, fazendo-nos o amor encontrar sobre a terra Aquele que procuramos”. Pois quem adere ao Senhor, isto é, quem está unido a Ele por uma grande caridade,unus Spiritus est, et VIVIT in eo Christus, como testemunha o Apóstolo São Paulo. Por isso escreve o Censor: “As palavras da Serva de Deus podem ser retamente explicadas no sentido de que era tão ardente e suave seu amor para com Cristo, que não necessitava recorrer aos motivos de fé e esperança, para permanecer fiel no serviço de Deus”. Tal, na verdade, todas as Atas magnificamente confirmam.
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Segue-se a observação acerca do diretor espiritual. Mas esta se refere apenas a uma parte da infância da Serva de Deus, como se pode ver no Summarium, p. 285, onde a VI Testemunha: Interrogada se a Serva de Deus, na direção de sua própria vida espiritual, pedia conselho a outros, sobretudo aos mestres espirituais, respondeu: “Quando a Irmã Teresa do Menino Jesus diz, em sua vida, que sua via era tão luminosa, que ela não sentia necessidade de recorrer a outros guias a não ser Jesus, quando ela acrescenta que os diretores são espelhos que refletem Deus nas almas, mas que, para ela, Deus a iluminava diretamente, ela não estabelece o princípio de que é sempre iluminada diretamente por Deus, e não tem necessidade do conselho dos diretores. Ela fala de um momento determinado de sua vida em que efetivamente nenhuma obscuridade tornava sua via incerta; trata-se dos dois anos que precederam sua entrada no Carmelo. Mas no Carmelo, o sol se velou para a Serva de Deus, e ela procurou avidamente ser esclarecida, desconfiando aliás de suas próprias luzes. Eu a vi consultar não somente os padres, mas, no Convento, aquelas que tinham autoridade sobre ela, e mesmo outras madres antigas, como Madre Genoveva, nossa Fundadora, Madre Coração de Jesus, antiga prioresa do Carmelo de Coutances, e seguir também meus conselhos pessoais.