Legionário, 7 de julho de 1940, N. 408, pag. 5
Justificável por todos os títulos e motivos é a veneração do povo francês e católico à Santa Joanna d’Arc. Todos conhecem as páginas de glória e heroísmo autêntico que, inspirada por Deus, Santa Joanna d’Arc escreveu para o seu país. Sua Santidade Bento XV, ao canonizar a donzela d’Orleans, colocou automaticamente os franceses sob sua proteção e Sua Santidade Pio XI fez dela a segunda protetora da França.
Com fé e confiança nessa proteção, Sua Excia. Revma Monsenhor Julien, Bispo de uma das numerosas dioceses francesas, incita e desperta em seus compatriotas esse mesmo desejo para com Santa Joana d’Arc.
Comentando suas palavras, o Revmo. Pe. Thellier de Ponceville escreveu:
“Depois da libertação inesperada d’Orleans, jamais duvidamos de nosso destino nem mesmo quando chegava à beira do abismo. A lembrança daquele fato sempre projeta luz animadora sobre nosso horizonte escurecido. E qualquer acontecimento imprevisto terminava por dar razão àqueles que conservavam a fé inteiramente viva em um futuro reparador: com milagres, se necessário, o Céu justificava seu otimismo”.
E, mais adiante, finaliza sua exortação com as seguintes palavras:
“Com sua invisível espada ela contribuirá para desfazer a ameaça germânica que fazia tremer o mundo. Obtida a vitória, ela nos auxiliará a retemperar nossas forças de espírito; pelo esplendor irresistível de sua perfeição religiosa, ela encaminhará os olhares da França para Aquele que nela nos dá a maravilha de nossa raça: em direção a Cristo!”