– Nossa Senhora, Esperança dos culpados / Ela nos atende não porque sejamos bons, mas por causa de toda Sua bondade.

Plinio Corrêa de Oliveira

 

 

Nossa Senhora,

Esperança dos culpados

 

 

 

 

Santo do Dia, 11 de setembro de 1969

 

 
A D V E R T Ê N C I A

O presente texto é adaptação de transcrição de gravação de conferência do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira a sócios e cooperadores da TFP, mantendo portanto o estilo verbal, e não foi revisto pelo autor.

Se o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério tradicional da Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como homenagem a tão belo e constante estado de espírito:

“Católico apostólico romano, o autor deste texto  se submete com filial ardor ao ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto,  por lapso, algo nele ocorra que não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.

As palavras “Revolução” e “Contra-Revolução”, são aqui empregadas no sentido que lhes dá o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira em seu livro “Revolução e Contra-Revolução“, cuja primeira edição foi publicada no Nº 100 de “Catolicismo”, em abril de 1959.

 

Nossa Senhora do Socorro (Madonna del Soccorso, Ascoli Satriano, Itália)

Nossa Senhora, Esperança dos culpados: acho  que seria  uma  invocação  análoga à “Refugium peccatorum” da Ladainha Lauretana e que tem muito  significado. Porque, de fato, para ter esperança em Nossa Senhora não precisa que a pessoa tenha feito alguma coisa de bom.

É um erro raciocinar da seguinte  maneira: “eu tinha  uma tal  culpa, mas em  mim havia tal coisa boa e tomando em consideração tal outra coisa boa, Nossa Senhora teve pena  de mim e me atendeu”. Porque não é isso bem exatamente o que acontece.

Nossa Senhora é o refúgio dos culpados, a esperança  dos culpados, de todos os culpados, por pior que seja, por mais miserável, ainda que nele nada haja que  preste, Ela é a esperança dos culpados.

A principal razão pela qual Nossa Senhora nos socorre não é por causa de algo de bom que haja em nós, mas devido ao bem que há nEla. É por causa disso  que a Mãe de Deus tem pena de nós e atende nossos pedidos. Porque Ela é boa e não porque  encontrou em nós um conjunto de coisas boas, maiores ou menores.

Então, se antes de fazermos nossas orações, nos lembrássemos disso, encontraríamos muito mais alento ao rezar. Exatamente o que desanima muito quando se vai rezar é a  ideia  de que nossas orações não valem nada. A pessoa pensa: “afinal de contas, se eu deito um olhar  para  dentro  de mim e vejo quem sou, eu desanimo completamente. Não adianta eu rezar…” Não é verdade! Se sou culpado, então o lugar próprio para mim é (colocar-me aos pés de) Nossa Senhora, Esperança dos culpados.

Aqui fica essa consideração muito rápida para o Santo do Dia de hoje.

 

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