Força majestosa e força ágil

Catolicismo, Nº 894 – Junho de 2025 – Ano LXXV, pág. 52

 

AMBIENTES, COSTUMES, CIVILIZAÇÕES

 

 blank

 

A força majestosa é a força que provém da grandeza. Essa espécie de força pode ser exemplificada com o leão.
O rei das selvas apresenta-se como quem tem direito de mandar; não representa a força de um aventureiro, não é a força de um brutamonte, é a força do superior que antes de tudo é superior e, por causa disso, tem uma força que lhe dá o “direito” — metaforicamente falando — e lhe dá os meios de impor sua vontade e mandar.
O tigre não dá impressão de ser um animal que tem direito de mandar. Ele tem o direito de ser admirado. Há tigres lindos, por exemplo, o tigre de bengala. Mas ele não aparece como quem tem o direito de ser obedecido.
Uma coisa é a majestade do leão, outra é a agilidade do tigre. A força majestosa não pode ser ágil? E a força ágil não pode ser majestosa?
Não é fácil responder. Para que a majestade possa ser ágil teria que perder algo da majestade. E para que a agilidade possa ser majestosa teria que perder algo da agilidade. Não são coisas contraditórias, mas que facilmente entram em choque.
A conciliação entre ambas as qualidades se realizou na criação?
Sim. Houve alguém que teve não apenas a qualidade da suprema majestade e da suprema agilidade, mas teve todas as qualidades no mais alto grau e todas elas na mais perfeita harmonia: Nosso Senhor Jesus Cristo.

Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 15 de setembro de 1988. Transcrição sem revisão do autor.

Contato