“Catolicismo”, N° 466, Outubro de 1989 (www.catolicismo.com.br)
TFP DESFAZ INVERDADES
SOB O TÍTULO acima, a TFP publicou no diário “Zero Hora”, de Porto Alegre, em 1° de setembro último, comunicado refutando notícia estampada em 29 de agosto naquele mesmo jornal sob a epígrafe “TFP vai embora e a calma volta ao parque”. Seguem os principais excertos:
1) Causa espanto que um jornal com já tão velha experiência publicitária como “Zero Hora” espere persuadir do espírito agressivo e turbulento da TFP um público inteligente como é o do Rio Grande do Sul, o qual tem presenciado exatamente o contrário, pois viu a TFP agir em muitas ocasiões neste Estado de maneira exemplar, cortês e pacífica. Esse público sabe, ademais, que essa é a nota invariável das campanhas que a entidade vem desenvolvendo de Norte a Sul do País. Com efeito, é o que documentam 3.611 atestados em posse da entidade, firmados por delegados de polícia, juízes ou prefeitos municipais, em territórios de cuja jurisdição nossas campanhas se realizaram.
2) A TFP fez, nos dias 26 e 27 do corrente, 16 horas de campanha pacífica de divulgação do órgão de cultura “Catolicismo”, no Parque Assis Brasil. No presente número desta revista, “Catolicismo” documentou com fotografias e depoimentos gravados de pretensos “beneficiários” da Reforma Agrária, que esta última os vem reduzindo à deplorável condição de favelados rurais nas terras outrora prósperas dos municípios de Itapeva e Itaberá (SP). Seria de espantar que, em nosso País, no qual se reconhece aos comunistas o direito de propor a revogação de incontáveis leis vigentes para implantar o regime soviético, não se reconhecesse aos opositores da Reforma Agrária o direito de proclamar em alto e bom som o fracasso clamoroso de nossas leis agro-reformistas. No dia em que se negasse à TFP, como a todos os antiagro-reformistas o direito de proclamar suas convicções, nosso desditoso País devia mudar seu nome, passando a chamar-se República Soviética Brasileira.
3) A afirmação do diretor da FARSUL, Sr. Hugo Giudice Paz — publicada em “Zero Hora” — de que a TFP fizera no Parque Assis Brasil uma “manifestação …. de forma clandestina” é autodemolidora. Pois toda manifestação é intrinsecamente uma divulgação pública retumbante. O que é o contrário da clandestinidade. Quanto à presença da TFP no Parque de Esteio, era tudo quanto se podia imaginar de menos clandestino. O direito de levantar o stand fora concedido nominalmente à TFP pelo sr. Waldir Antonio Heck, encarregado da Coordenadoria de Eventos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Rio Grande do Sul.
4) Em acréscimo, o sr. Hugo Eduardo Giudice Paz dirigiu à nossa entidade, em 30 de agosto, a seguinte carta concernente à suposta “clandestinidade” de nossa presença no Parque Assis Brasil:
“Cientificado, por documentação hábil, de que, diferentemente do que me fora informado, a TFP havia locado espaço à Secretaria da Agricultura durante a realização da XII Expointer, retiro do teor de minha manifestação a expressão: `de forma clandestina’. Evidentemente, a locação do espaço pela TFP, à Secretaria da Agricultura, retira do episódio qualquer clandestinidade ou ilicitude”.
5) Cumpre ainda registrar nossa estranheza diante do fato seguinte: publica “Zero Hora” na mencionada edição do dia 29-8-89 que “o secretário da Agricultura, Marcos Palombini, justificou a retirada do stand da TFP dizendo que a Expointer não se presta para divulgação de proselitismo político. Por isso, também mandou retirar algumas faixas com propaganda do candidato Ronaldo Caiado…” Em flagrante contradição com esta assertiva, vimos ontem e hoje naquele parque um stand com letreiros da UDR, bem como, em outro local, uma faixa dessa mesma entidade. Temos em nossas mãos fotografias do stand e da faixa e o próprio material de propaganda ali distribuído. Quanta contradição e quanto espírito faccioso a empanar o brilho de uma Exposição.
6) Fica assim demonstrado, mais uma vez, que as versões geradas pelo inveterado azedume de “Zero Hora” contra essa associação não tem a menor consistência.