O Profeta Elias (20/7) na visão de Plinio Corrêa de Oliveira (*)

blankSanto Elias exterminando os sacerdotes de Baal – Julius Schnorr von Carolsfeld

 

– Uma visão sintética do pensamento de Plinio Corrêa sobre Santo Elias

Plinio Corrêa de Oliveira via o profeta Elias como uma figura central e absolutamente atual, especialmente para os tempos de crise da Igreja e da civilização cristã. Nos textos disponíveis no site www.pliniocorreadeoliveira.info, Elias é exaltado como:

Pai espiritual da Ordem do Carmo

Santo Elias é por ele apresentado como “pater et dux Carmelitarum” — pai e chefe dos carmelitas — muito antes da fundação formal da Ordem, destacando que:

  • Elias fundou, no Monte Carmelo, uma escola de vida de oração, penitência, contemplação e combate ao paganismo.
  • Essa vida austera e zelosa se tornou o modelo espiritual do Carmelo, que mais tarde floresceria com Nossa Senhora do Carmo e os grandes santos carmelitas (como Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz).

Santo Elias é o modelo do zelo ardente, da indignação contra o pecado, da austeridade e da fidelidade radical.

Plinio Corrêa de Oliveira, 27/10/1990

Primeiro devoto de Nossa Senhora

Um dos aspectos mais profundos vistos por Plinio é o simbolismo do episódio da “pequena nuvem sobre o Carmelo” (1Rs 18,44), que Elias avista antes da grande chuva:

  • A pequena nuvem, que traz fecundidade e esperança após a seca, é figura profética da Santíssima Virgem Maria, mãe do Salvador.
  • Assim, Elias seria o primeiro devoto de Nossa Senhora, embora Ela ainda não tivesse nascido.
  • O Carmelo, como monte simbólico, une Elias e Maria numa linhagem espiritual de pureza, silêncio, combate e fidelidade.

Modelo de combate contrarrevolucionário

Plinio via Elias como exemplo do verdadeiro católico militante, especialmente em tempos de apostasia e crise:

  • Elias enfrentou o Rei Acab e a Rainha Jezabel, figuras do poder corrompido e paganizante, idólatras e apóstatas, pois, da verdadeira Religião.
  • Matou, por inspiração divina, 450 falsos profetas de Baal — demonstrando um zelo santo, contrário ao sentimentalismo moderno.
  • Sua fidelidade solitária o tornou símbolo de resistência contra o erro generalizado.

Santo Elias não negociava com os profetas de Baal. Ele os enfrentava com coragem e agia com o zelo de Deus.”

Plinio Corrêa de Oliveira

Profeta do fim dos tempos

Plinio recordava frequentemente a profecia de Malaquias (3,1 e 4,5), segundo a qual Elias voltará antes do Dia do Senhor:

  • A Igreja ensina que Elias retornará no fim dos tempos, com Henoc, para combater o Anticristo.
  • Isso confere a Elias um papel escatológico e atual: ele é o profeta que fecha o Antigo Testamento e prepara a vitória definitiva de Cristo e de Maria Santíssima.

Em resumo

Aspecto

Como Plinio via Elias

Espiritualidade Pai do Carmelo, modelo de oração, austeridade e contemplação
Devoção mariana Primeiro devoto da Virgem, simbolizada na nuvem sobre o monte Carmelo
Ação militante Profeta combatente, símbolo do católico que resiste à apostasia
Atualidade escatológica Retornará no fim dos tempos como guerreiro da fé contra o Anticristo
Ideal de catolicismo Contra-Revolucionário Síntese de espiritualidade, combatividade e fidelidade

Aqui estão algumas citações literais extraídas dos textos de Plinio Corrêa de Oliveira no site pliniocorreadeoliveira.info, mostrando como ele via o profeta Elias:

Elias, “pai espiritual da Ordem do Carmo”

Plinio afirma claramente a centralidade de Elias na história espiritual do Carmelo:

A Ordem Carmelitana, a mais antiga comunidade religiosa consagrada de modo especial a Nossa Senhora, teve como berço o Monte Carmelo (Palestina), e como pai espiritual o Profeta Elias (980 a.C.)” (Plinio Correa de Oliveira)

E reforça que mesmo antes de Maria nascer, Elias já prestava culto àquela que se tornaria sua Mãe:

“… a Ordem do Carmo é de origem muito mais remota, fundada pelo Profeta Elias, que quase nove séculos antes do nascimento da Virgem Santíssima já prestava culto Àquela que viria ser a Mãe do Messias esperado, simbolizada pela ‘nuvenzinha’ (Plinio Correa de Oliveira)

Na versão em espanhol ele repete:

La Orden Carmelita … tuvo como cuna el Monte Carmelo … y como padre espiritual al Profeta Elías (980 a.C.) … fundada por el Profeta Elías, quien casi nueve siglos antes del nacimiento de la Virgen Santísima ya prestaba culto a aquella que vendría a ser la Madre del Mesías. (Plinio Correa de Oliveira)

A “nuvenzinha” como figura de Maria

Plinio, em uníssono com a tradição da Igreja, conecta a aparição da nuvem no Monte Carmelo diretamente com a Virgem:

Essa nuvenzinha, os intérpretes da Escritura consideram como sendo uma visão profética de Nossa Senhora. (Plinio Correa de Oliveira)

E explica o simbolismo:

Essa nuvenzinha … representava Nossa Senhora que chove a Jesus Cristo, que gera Jesus Cristo, o qual deu fecundidade a toda a terra.” (Plinio Correa de Oliveira, Plinio Correa de Oliveira)

O zelo profético: mistura de cólera e amor

Ele elogia o profeta como exemplar de equilíbrio entre justa severidade e ardor amoroso:

Elias profeta foi o estalo do raio no ar para todos os tempos em toda a História. Ele deu manifestações ardentes de amor de Deus, mas ele também deu manifestações terríveis … do furor de Deus.” (Plinio Correa de Oliveira)

Reforça que esse furor santo “faz com que o homem se aproxime perfeitamente de Deus”. (Plinio Correa de Oliveira)

A voz profética até o fim dos tempos

Plinio descreve Elias como presença contínua na Igreja, desde os primórdios até o futuro escatológico:

É a grande voz de Elias, que cobre a História de uma ponta a outra… nas últimas harmonias da História, vamos ouvir a voz carmelitana de santo Elias, fulgurando, increpando o anticristo… Por fim, sendo morto por ele. (Plinio Correa de Oliveira)

Destaca seu papel único na Ordem do Carmo:

Santo Elias é a vida da Ordem do Carmo.” (Plinio Correa de Oliveira)

Visão sintética

Plinio Corrêa de Oliveira apresenta o profeta Elias como:

  1. Fundador espiritual do Carmelo, ligando diretamente ao culto mariano através da “nuvenzinha”.
  2. Modelo de profeta zeloso, que alia indignação forte contra o pecado com profundo amor de Deus.
  3. Voz profética que atravessa a história, operando contra o erro e preparando a chegada de Cristo.
  4. Figura escatológica, que confrontará o anticristo.

O Papel dos Carmelitas na Igreja

Plinio Corrêa de Oliveira tinha grande apreço pela Ordem Carmelita, vendo sua missão como unicamente relevante para os desafios do mundo moderno. Ele acreditava que os carmelitas, ao combinar a contemplação com um espírito militante, eram particularmente adequados para travar o bom combate pela Igreja. Ele provavelmente elogiaria sua ênfase em:

  • Oração Contemplativa: Como fonte de força e discernimento em um mundo cada vez mais distraído por preocupações temporais.
  • Austeridade e Penitência: Como meio de reparação pelos pecados e um poderoso exemplo em uma era de materialismo desenfreado.
  • Zelo pela Fé: Manifestado em sua defesa histórica da doutrina católica e na promoção da devoção mariana.

Ele poderia ter escrito (citação não literal):

“Os carmelitas, herdeiros do espírito de Elias e da devoção a Maria, têm um papel essencial na restauração da Cristandade. Sua vida de oração e sacrifício é um baluarte contra as investidas do demônio e do mundo, e sua pregação é um eco da voz profética que clama no deserto da indiferença moderna.”

Em essência, Plinio Corrêa de Oliveira via o Profeta Elias como um arquétipo eterno de fidelidade e combatividade católica, cujo espírito encontrava uma continuação natural na Ordem Carmelita e em sua profunda devoção a Nossa Senhora do Carmo. Para ele, as lições da vida de Elias – zelo pela glória de Deus, coragem inabalável e total dependência da providência divina – não eram apenas anedotas históricas, mas princípios vitais para os católicos que se esforçam para viver autenticamente em um mundo cada vez mais secularizado.

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Altar Mor da Basílica do Carmo – Recife Nossa Senhora do Carmo ladeada pelos profetas Elias e Eliseu

Aprofundamento sobre a Herança de Elias na Missão da Igreja Hoje

Introdução

A herança do Profeta Elias, conforme interpretada por Plinio Corrêa de Oliveira em seus textos disponíveis no site www.pliniocorreadeoliveira.info, transcende o contexto histórico do Antigo Testamento e assume um papel vital na missão da Igreja contemporânea. Elias, descrito como um “homem de fogo” movido por zelo pela glória de Deus, é visto por Plinio como um modelo de profetismo, coragem e fidelidade. Este estudo aprofunda como essa herança molda a Igreja hoje, com ênfase na espiritualidade carmelita, na devoção a Nossa Senhora do Carmo e no combate às crises espirituais e morais do mundo moderno, destacando passagens representativas de Plinio e sua relevância para a Igreja militante.

O Legado Profético de Elias e Sua Atualidade

Plinio Corrêa de Oliveira via o Profeta Elias como um arquétipo do profeta combativo, cuja missão no Monte Carmelo (1Rs 18, 18-40) simboliza a luta contra a idolatria e a restauração da verdadeira fé. Em uma conferência de 14 de novembro de 1969, ele afirmou: “Elias foi mandado à Terra para representar o furor de Nosso Senhor”. Esse “furor” não é apenas uma reação emocional, mas um zelo ardente pela verdade divina, que Plinio considerava essencial para a Igreja em tempos de crise.

Hoje, a Igreja enfrenta desafios como secularismo, relativismo moral e a crescente indiferença religiosa, que Plinio comparava à idolatria dos tempos de Elias. Ele acreditava que o profetismo de Elias inspira os católicos a confrontar essas “idolatrias modernas” com clareza e coragem. Em seus escritos, ele destaca que Elias, ao desafiar os profetas de Baal, demonstrou que a verdade de Deus prevalece sobre as falsas ideologias. Essa lição é aplicável à missão da Igreja de proclamar o Evangelho em um mundo que frequentemente rejeita os valores cristãos.

A herança de Elias se manifesta na chamada à Igreja militante para ser uma “voz que clama no deserto”, ecoando São João Batista, considerado um continuador do espírito eliático. Plinio escreve: “Santo Elias é a voz da fidelidade, é a voz da continuidade, é a voz da incondicionalidade”. Essa visão sublinha a necessidade de a Igreja manter sua fidelidade à doutrina, mesmo em face de pressões externas, como as ideologias progressistas ou a cultura de consumo.

A Espiritualidade Carmelita como Veículo da Herança de Elias

A Ordem do Carmo, fundada nas encostas do Monte Carmelo e inspirada por Elias, é um dos principais canais pelos quais sua herança molda a Igreja. Plinio enfatiza que os carmelitas, como “filhos dos profetas” de Elias, têm a missão de perpetuar sua vocação de contemplação, penitência e combate espiritual. Em uma conferência de 1970, ele afirmou: “Santo Elias é a vida da Ordem do Carmo”. Essa conexão é reforçada pela tradição que vê Elias como o fundador espiritual da Ordem, cuja espiritualidade combina o zelo profético com a contemplação mariana.

Na contemporaneidade, os carmelitas continuam a desempenhar um papel crucial na Igreja, promovendo a oração contemplativa e a devoção a Nossa Senhora do Carmo. O escapulário, entregue pela Virgem Maria a São Simão Stock em 1251, é um símbolo dessa missão, representando a proteção mariana e o compromisso com a santidade. Plinio destaca a promessa associada ao escapulário, que assegura a salvação aos que o usam com devoção. Esse símbolo fortalece os fiéis na luta contra o pecado e a secularização, reforçando a missão da Igreja de guiar as almas para Deus.

A Ordem do Carmo também inspira leigos, como os membros da Ordem Terceira, da qual Plinio era parte. Ele via os terceiros carmelitas como uma extensão do espírito de Elias, chamados a viver a “escravidão de amor” a Maria, conforme São Luís Maria Grignion de Montfort, e a combater as forças que ameaçam a fé. Essa espiritualidade, centrada na entrega total a Maria, é um reflexo do “amar a Deus acima de tudo” de Elias.

A Devoção a Nossa Senhora do Carmo e a Mediação de Maria

A relação entre Elias e Nossa Senhora do Carmo é central na visão de Plinio. Ele interpreta a “nuvenzinha” vista por Elias no Monte Carmelo (1Rs 18, 44) como uma prefiguração de Maria, que traz a “chuva” da salvação por meio de Jesus. Em seus textos, Plinio escreve: “Nossa Senhora é a Rainha da Ordem do Carmo. A Ordem do Carmo é a primeira Ordem que foi constituída para louvar a Nossa Senhora!”. Essa conexão reforça o papel de Maria como mediadora, guiando a Igreja na missão de Elias de restaurar a fé.

Hoje, a devoção a Nossa Senhora do Carmo é um pilar da espiritualidade católica, especialmente em regiões como o Brasil, onde o escapulário é amplamente venerado. Plinio via essa devoção como uma arma espiritual contra as crises contemporâneas, pois Maria, como Mãe e Rainha, guia os fiéis na luta contra o mal. Ele enfatiza a “escravidão de amor” a Maria, inspirada por São Luís Maria Grignion de Montfort, como um meio de viver o profetismo de Elias, renunciando ao egoísmo para servir a Deus plenamente.

Essa devoção molda a missão da Igreja ao incentivar a oração, a penitência e a confiança na intercessão de Maria. Em um mundo marcado por crises espirituais, a Virgem do Carmo é vista como um farol que orienta os católicos a permanecerem fiéis, refletindo o espírito combativo de Elias.

O Profetismo de Elias na Luta Contra as Crises Modernas

Plinio acreditava que o profetismo de Elias é particularmente relevante em tempos de apostasia e confusão moral. Ele via paralelos entre a idolatria enfrentada por Elias e as ideologias modernas, como o materialismo, o ateísmo e o progressismo, que desafiam a doutrina católica. Em seus escritos, ele exorta: “Peçamos a Santo Elias, em união com todos os santos da Ordem do Carmo, que ele se constitua nosso especial chefe, pai e senhor, e auxilie as almas cambaleantes, dando fervor e claridade aos espíritos indecisos, firmeza à vontade fraca”.

Essa súplica reflete a visão de Plinio de que o espírito de Elias é necessário para fortalecer a Igreja militante. Ele acreditava que os católicos, inspirados por Elias, devem ser “vozes proféticas” que denunciam os erros do mundo e promovem a restauração da civilização cristã. Sua obra, especialmente através da TFP (Tradição, Família e Propriedade), era vista como uma continuação desse profetismo, com um chamado à ação contra as forças da revolução anticristã, conforme descrito em sua obra “Revolução e Contra-Revolução”.

Na Igreja de hoje, essa herança se manifesta em movimentos e iniciativas que defendem a doutrina tradicional, promovem a vida de oração e resistem às pressões secularizantes. O profetismo de Elias inspira clérigos e leigos a serem testemunhas corajosas da fé, enfrentando desafios como a descristianização da sociedade e a perda de valores morais.

Aplicação Prática na Missão da Igreja

A herança de Elias molda a missão da Igreja em várias frentes práticas:

  1. Evangelização e Combate Espiritual: Assim como Elias confrontou os profetas de Baal, a Igreja é chamada a evangelizar com ousadia, denunciando ideologias que se opõem à fé cristã. Isso inclui a promoção da doutrina católica em meio a debates sobre questões morais, como a santidade da vida e a família.
  2. Vida Contemplativa: A espiritualidade carmelita, inspirada por Elias, enfatiza a oração e a contemplação como fundamentos da missão eclesial. Mosteiros e conventos carmelitas continuam a ser centros de espiritualidade que sustentam a Igreja com suas orações.
  3. Devoção Mariana: A devoção a Nossa Senhora do Carmo, com o uso do escapulário, fortalece os fiéis na sua consagração a Deus, incentivando uma vida de santidade e missão.
  4. Formação de Lideranças Leigas: Plinio, como leigo, via a Ordem Terceira do Carmo como um modelo para formar líderes católicos que vivam o espírito de Elias, combinando contemplação e ação no mundo.
  5. Resistência Cultural: A herança de Elias inspira a Igreja a resistir à secularização, promovendo uma cultura cristã que valorize a verdade, a beleza e a bondade, como Plinio defendia em sua visão de civilização cristã.

Conclusão

A herança do Profeta Elias, conforme explicitada por Plinio Corrêa de Oliveira, continua a moldar a missão da Igreja por meio do espírito profético, da espiritualidade carmelita e da devoção a Nossa Senhora do Carmo. Elias, como modelo de zelo, fidelidade e combate espiritual, inspira a Igreja a enfrentar as crises modernas com coragem e clareza, mantendo viva a chama da fé em um mundo secularizado. A Ordem do Carmo, com sua espiritualidade contemplativa e mariana, perpetua esse legado, enquanto a devoção ao escapulário fortalece os fiéis na sua missão. Para Plinio, o profetismo de Elias é um chamado à Igreja militante para ser uma voz profética, guiada por Maria, na luta pela restauração da civilização cristã. Seus textos no site www.pliniocorreadeoliveira.info oferecem uma visão inspiradora de como o espírito de Elias permanece vivo, orientando a Igreja em sua missão de proclamar a verdade e salvar almas.


 

(*) Compilação feita com IA (Gemini e Grok) com base nos textos de Plinio Corrêa de Oliveira existentes nest site.

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