Recordações da Espanha. Saber ser pobre e estar na primeira linha com os outros vale muito mais do que ser rico

Auditório São Miguel, Santo do Dia, 27 de maio de 1983

 

A D V E R T Ê N C I A

O presente texto é adaptação de transcrição de gravação de conferência do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira a sócios e cooperadores da TFP, mantendo portanto o estilo verbal, e não foi revisto pelo autor.

Se o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério da Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como homenagem a tão belo e constante estado de espírito:

“Católico apostólico romano, o autor deste texto  se submete com filial ardor ao ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto,  por lapso, algo nele ocorra que não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.

As palavras “Revolução” e “Contra-Revolução”, são aqui empregadas no sentido que lhes dá o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira em seu livro “Revolução e Contra-Revolução“, cuja primeira edição foi publicada no Nº 100 de “Catolicismo”, em abril de 1959.

 

 

[Eu queria na noite de hoje acentuar antes de tudo o bom gosto que houve no entremear] … os slides entraram pelo meio da proclamação tão adequadamente e com tanta graça, tanto propósito, que deram ao todo uma animação muito grande. E vale a pena a gente acentuar isso, para a gente compreender de que mil cuidados é feito um êxito.
Todo êxito é feito de uma porção de cuidados, de esforços, de preocupações. Não há, por exemplo, êxito que não nasça de minúcias. Alguém dirá: “Não, um homem genial faz uma porção de coisas num só momento”. É verdade. Mas não quer dizer que não tenha sido minucioso. É próprio do gênio fazer rapidamente a minúcia nas grandes coisas, mas ele é minucioso!
Os srs. tomem dois homens que estão esgrimindo. Ambos esgrimem muito bem. Os dois não têm tempo de pensar detidamente no golpe que vão dar. Mas vai se ver, os golpes foram todos minuciosamente preparados. Não aquele golpe, mas a noção geral do golpe e de como atingir estava claro no espírito e com todas as minúcias. Daí o êxito na hora de lançar a linha geral. E isto, portanto, me alegra registrar.
Não é dizer que não houvesse alguma coisinha, de acordo com nosso hábito, para anotar. Apenas não para perder o hábito, digamos uma coisa. Eu não sei, eu ouvi aqui uma referência quanto à Valência, ou não sei a qualquer lugar, Saragoça talvez, eu ouvi uma afirmação, uma referência ao Palácio “arcebispal”.
É possível que no [dicionário] “Aurélio” esteja isso. Mas a expressão bonita, antiga, etimológica, que tem poesia, é a que se usava até há pouco: “arquiepiscopal”. A palavra “arqui episcopo” tinha se contraído e dado na palavra arcebispo, mas ficava ainda à margem dessa evolução, como memorial dos antigos tempos a palavra “arquiepiscopal” para designar algumas coisas que são do arcebispo. Então, vamos dizer, por exemplo, o gabinete arquiepiscopal etc.
É claro que ficava mais simples dizer “arcebispal”, mas nem sempre o mais simples é o melhor, porque o mais simples, às vezes, é o mais asnático!
É belo conservar algumas maneiras complicadas de dizer e de fazer as coisas apenas porque elas representam o passado. E, nesse sentido, eu diria que ainda que estivesse no uso a palavra “arcebispal”, se deveria usar a expressão “arquiepiscopal”. Nós, contra-revolucionários, de preferência [devemos usar]  porque é difícil e complicado. Até lá vai a força da nossa posição.
* * *

blank

Eu queria dizer aos srs. também que apareceu, o Sr. Julio Hurtado veio me trazendo fotografias de imagens e coisas bonitas que ele visitou na Guatemala e na Bolívia. E apresentou uma imagem de Nosso Senhor, uma fotografia de imagem de Nosso Senhor que não estava muito clara, mas eu todo o caso dá para ver alguma coisa na fotografia, e de um pensamento lindíssimo. Chama-se “Jesus do Pensamento”. A imagem de Nosso Senhor pensando profundamente. Eu já pedi para eles escreverem para a Colômbia pedindo a imagem etc., fotografias excelentes da imagem, porque eu quero que ela se divulgue entre nós.
Com efeito, o próprio da “heresia branca” é apresentar Nosso Senhor como uma pessoa que não pensava. E como era Deus, já tinha tudo “pré-fabricado”, pré-estabelecido e soltava. E não é verdade!
Na Sua Humanidade santíssima, Ele era obrigado a pensar e um dos mais nobres atos da vida dEle era o pensar. De maneira que quando Ele estava livre, Ele corria para pensar, se isolava… E pensava enormemente enquanto estava com os outros. A vida dEle toda estava na seriedade do repouso e na seriedade do pensamento.
* * *
Eu queria comunicar aos srs. também que eu estive vendo ontem à noite as mesinhas que estão prontas para a exposição da TFP. O Sr. RK e o Sr. JLZ andaram organizando e me encantaram. Me pareceu que ficaram muito boas e devem ser expostas no próximo acontecimento que deve haver aqui.
A minha ideia é, quando nós tivermos arranjado o novo auditório, transformar isso aqui, em parte em biblioteca, com uma reorganização completa de nossos livros e concentração também de todos os livros que não estiverem em Eremos. E em parte um museu de todas as recordações da TFP. De maneira que quem visite poderá visitar toda a TFP, pode ter uma ideia de todo o passado da TFP. O “Livro I” palpável [referência ao livro “Meio século de epopeia anticomunista”, n.d.c.].
* * *
Os srs. estão vendo esta coisa inusitada, o que é. Eu não pude fazer a minha sesta depois do jantar e estou com acesso de sono tremendo apesar de todo o interesse na proclamação. Por isso também eu percebi que enquanto eu falava, esgueirei uma palavra que não sei se notaram, não tinha nada a ver com o assunto. E chá, sobretudo quando servido um chá tão bonito, numa tão bonita xícara, tira o sono… Como acontece com todos os chás, eu pensei que este fosse servido mais cedo… e que, portanto, não chegasse exatamente na hora de encerrar a reunião… (Não.)
A impressão que me causa ver os nossos estandartes nessas cidades de Espanha de nome mítico: Saragoça, Valência, Sevilha, sei lá o quê… Toledo, Toledo! Toledo eu conheci, estive em Toledo. Há cidades que entram para o mito e há outras cidades que ficam do lado de fora. E nem sempre entram para o mito as mais importantes.
Por exemplo, a Espanha não tem cidade mais importante do que, creio eu, do que Barcelona. Não deixa de ser verdade que a cidade de Barcelona não tem o mito que tem algumas das outras cidades. E eu, quando era menino, ouvia falar o nome dessas cidades, lia em geografia: o reino de León, por exemplo. Eu tinha impressão de que era um reino onde havia leões heráldicos…
Valência, eu tinha a impressão de uma cidade com ruas cheias de muxarabis atrás das quais homens e senhoras de olhos pretos e esfuziantes olhando o que se passava na rua, fazendo política e mandando recadinhos por meio de açafatas e de criados, marcando horas etc. e também os planos de assassinatos não estavam longe… Mas cidade da música, cidade da leveza, cidade da elegância, mas ao mesmo tempo cidade do temperamento por demais torturado pelas emoções. Mas, assim por diante, cada cidade dessas tinha uma beleza própria. Saragoça e tudo o mais.
Agora, vendo essas cidades aqui, que ideia a gente tem? Eu tenho a impressão de cidades invadidas e semidestruídas por estrangeiros. A gente vê, por exemplo, numa dessas cidades, creio que Saragoça, com um jogo de torres medievais lindo, com uma ponte que deveria ter sido outrora uma ponte dessas de levantar, que estava transformada num tabuleiro estável, naturalmente asfaltado para os automóveis poderem transpor a ponte à vontade. Mas umas torres altaneiras. Pouco depois continuam os slides e são casas que nós poderíamos encontrar aqui na Rua das Palmeiras, Sebastião Pereira, as mais vulgares, mais internacionais e mais bestas que se possa imaginar.
E aí a gente vê a bipartição da Espanha moderna e quanto significa o estandarte transitar por lá. Porque o estandarte vai dando vida, e todas as coisas iam… E o conservar isto em alguma vida já [é] uma maravilha de obra que justificaria a TFP.
Eu estava vendo, sobretudo, a Catedral de Saragoça. Não sei se ela foi fotografada de um ângulo muito favorável ou se ela é realmente belíssima. Mas me pareceu muito bonita, majestosa, séria, imponente, como conviria a uma coisa verdadeiramente espanhola. Apesar disso, em frente, quase em frente, uns prédios, os mais horrorosos. A gente tem a impressão de que a catedral [está] convivendo contente com os prédios. Mas a gente tem a impressão de que não sei que Anjos que nas brumas se sacodem e se definem quando entra o estandarte… e que aquilo vai gloriosamente para frente!
Este é o “fatinho” do dia. Meus caros… nós temos a matéria encerrada.

blank

Alcácer de Toledo, como pode ser visto atualmente (foto P.R.C. da ABIM – Agência Boa Imprensa)
(Fatinho de Toledo)
Toledo não dá para um fatinho, dá para uma conferência que eu…
Eu estava recém-chegado a Madri quando eu fui visitar Toledo. E eu estava num misto de desapontamento e de entusiasmo com a Espanha, com Madri. Porque em Madri havia algumas coisas muito bonitas, mas depois havia algumas coisas que me pareceram muito raquíticas, envelhecidas, e falando de mofo e de decadência horrivelmente. Depois verifiquei que era uma nota comum pelo menos na Europa daquele tempo, parece que deixou de ser, não sei.
Mas, por exemplo, uma das coisas mais mofadas que havia na minha primeira ida eram os elevadores. E nos prédios os elevadores trêmulos, com uma ferralha que fazia… dignos de emularem… Me davam um desapontamento horroroso.
Eu compreendo que se tenha uma armadura de 500 anos atrás, isto eu compreendo. Eu não compreendo que a gente tenha um elevador de 40 anos atrás. Há certas coisas que não têm o direito de viver mais do que na medida que são indispensáveis! Uma armadura pode ser perene e interessar até quando deixou de ser arma de guerra. Um elevador, quando começou a ficar velho, é desdenhável e deve ser posto de lado, porque ele não tem nem o prestígio do novo, nem o respeitável do velho.
Nós fomos a um hotel, eu percebi depois que um dos meus companheiros que me precedeu na Espanha ele dizia Hotel Rex e eu dizia que deveria chamar “Hotel Pés”. Os srs. podem imaginar: eu tinha passado a noite inteira naqueles aviões que transpunham laboriosamente o oceano durante uma noite inteira, e eu infernizado dentro do avião com toda… E eu pensei: “Bem, quando eu chegar à Espanha, vou dormir”. Chego no meu quarto de hotel, no “Hotel Pés”, olho, não tinha cama. O empregado me disse… Eu disse: “Quede a cama?” Ele apertou uma coisa na parede e desceu uma história: era a cama…
Uma roupa de cama de tricoline até boa, mas uma coisa que… dormir naquilo, não. A gente dorme numa coisa larga…
Nesse estado de espírito eu tomei o ônibus para Toledo.
É preciso dizer que faz parte da glória da Espanha, hein? É saber ser pobre e estar na primeira linha com os outros. Isto vale muito mais do que ser rico!
E vejo uns arbustos feios e torcidos pelo vento, e eu vejo alguém comentar atrás de mim que se tratava de olival. Então, os pés de oliveira que Chateaubriand descreve tão poeticamente como dando na Grécia: “Árvores da harmonia e da beleza…” eram aquelas árvores que o vento inclemente, descido daquelas serrarias quebradas, a gente tem a impressão que um gigante irritado esmurrou aquilo e caíra aos pedaços… Há umas catástrofes geológicas na Espanha. Os ventos que vem de lá formam assim turbilhões, os turbilhões enrolam aquilo e nascem algumas azeitonas. O azeite da Espanha é um dos melhores do mundo! Mas tudo isso me predispôs mal.
Cheguei a Toledo, atravessei o Tejo. Atravessei o Tejo e lembrei-me bem que ia dar à Lisboa; saudei de longe a Lisboa, minha desconhecida, entrei em Toledo.
Uma muralha, uma coisa medieval, mas que parecia um pouco pequenininho na imensidade do panorama, a torre e a porta, tudo parecia um pouco pequena para a capital de Espanha de outrora. Atravessei e entrei em Toledo. E encontro a cidade formigando de uma gente esquisita e pergunto: O que é aquilo? “Ah, não sabe não?” – “Não, eu não sei, o que é que tem?! Eu não sei!” Os srs. veem que eu estava inclusive predisposto a sustentar uma encrenca. O que não era difícil eu arranjar, se eu quisesse.
…o primeiro golpe de vista, desfavorável.
A primeira impressão grata que eu tive de Toledo, infelizmente foi uma impressão gastronômica. Os srs. sabem que a essas impressões eu nunca fui insensível a elas. Entramos num restaurant, um restaurant, aliás, econômico, porque tínhamos uns companheiros muito econômicos…
Entramos no restaurant e serviram umas perdizes maravilhosas! Começou a minha reconciliação…

blank

Catedral de Toledo (idem)
Depois fui visitar a Catedral de Toledo, gótica. Ela foi comparada nas minhas formosas proclamações como uma igrejinha visigótica. Ela nem é visigótica e nem é uma igrejinha. É uma igreja enorme, gótica, completamente gótica. Lindíssima, uma das mais bonitas igrejas góticas que eu tenha visto em minha vida! Com um tesouro da Catedral magnífico, só a coleção dos mais antigos paramentos desde o tempo dos visigodos até nossos dias já é uma verdadeira maravilha, uma coisa que não sabemos dizer o que é.

blank

Interior da Catedral de Toledo (ibidem)
Mas pelo meio uma coisa que parecia uma provocação aos artistas, aos turistas ou às simples pessoas de bom gosto que iam lá: os srs. imaginem uma catedral na qual a gente goste de ver a amplitude, a grandeza etc. No meio da catedral, colocada no lugar parecia de propósito, onde atravancasse mais as vistas, uma caixa enorme, enorme. Onde cabiam, talvez, sentados, uma caixa se não me engano quadrada, onde cabiam talvez de cada lado umas 30 pessoas sentadas, ou mais. E alta.
Eu achei aquilo… minha primeira ideia foi dizer o seguinte: se eu fosse autoridade aqui, o dia não se punha hoje sem eu ter mandado arrasar essa caixa. Mas enfim, perguntei o que era. E me levaram lá para dentro para ver. A caixa é de um conteúdo lindíssimo, por fora é medonha, é de um conteúdo lindíssimo. Por uma das coisas que a gente não compreende, o Arcebispado de Toledo, no tempo de Carlos V, inventou de mandar construir ali, naquele lugar, as estalas para o Cabido. E parece que é por causa do frio muito grande, mandaram colocar muros altos para manter o ar bem quente, faz um trambolho no meio da igreja cortando completamente a vista da Igreja… Mas dentro é lindo! Mas já não é gótico, é do século XVI. Mas uma decoração do século XVI verdadeiramente muito bonita! E ali se realizaram concílios, debates sobre os destinos do reino da Espanha memoráveis, Estados Gerais memoráveis – “Fueros”, eles chamavam – cortes memoráveis. E uma parte da história da Espanha está lá.

blank

Acima, o Alcácer de Toledo antes de ser bombardeado…
Mas o mais emocionante foi visitar o que ainda estava em ruínas naquele tempo: o Alcácer de Toledo. Estava completamente em ruína e a gente tinha que andar se equilibrando naquela cacaria, até o lugar sagrado entre todos – havia dois lugares – um era este, outro de que eu falarei daqui a pouco, um lugar sagrado entre todos que era o último, no interior de Toledo, o último lugar onde a resistência do Alcácer se ofereceu. É num claustro, uma galeria do claustro que fica bem no meio do retângulo – é mais ou menos um retângulo a forma do Alcácer -, e era a academia militar. Mas todo mundo anticomunista da cidade tinha se refugiado lá e os comunistas fizeram tudo para dominar o Alcácer. Não conseguiram porque o Alcácer resistia valorosamente.
Então eles minaram por debaixo para fazer explodir uma bomba e mandaram um aviso por meio de alto-falantes assim: “Saiam até tantas horas porque uma bomba vai explodir. E vocês vão pelos ares. Vocês estão reduzidos a um lugar tão pequeno que vocês todos vão pelos ares e a bomba vai ser às tantas horas. Antes disso vocês vão ter tempo de se entregar”.
Vieram ônibus do mundo inteiro com turistas para verem a explosão do Alcácer. Eles tiveram o heroísmo realmente extraordinário – nada frequente – de não dar sequer resposta e continuar a viver. E eles ouviam por debaixo do chão cada vez mais as marteladas dos soldados comunistas que estavam abrindo uma galeria para irromper dentro do claustro a qualquer momento, quebravam a tampa e subiam. De maneira que estavam liquidados, completamente liquidados.
Quando chegou o dia de explodir a bomba, todos rezaram, tinham um Padre, parece que disse Missa lá, confessaram, comungaram e na hora “H” todos se prepararam para ir tudo pelos ares. Mas eles não se entregariam.
…e na foto abaixo, após a detonação das bombas

blank

Houve uma qualquer coisa desacertada na disposição das bombas e explodiu uma outra parte já destruída do Alcácer, e a parte deles ficou intacta. De maneira que quando se ouviam as bombas, o pessoal estava certo de que era a bomba que ia explodir, pelos preparativos, certos de que iam pelos ares, estavam conformados de ir pelos ares, a bomba detonou do lado errado e não fez nada a eles.
A vida deles estava salva. Por quê?
Dias depois eles percebem que os vermelhos estão fugindo. São as tropas do General Franco que chegam e que confraternizam com eles. Então se abre aquilo e eles estão livres de qualquer perseguição. É o êxito, é a saída do caso. É um fato lindíssimo!
Mas o complemento desse fato: não se percebe que duravelmente tanta gente perseguida tenha deixado descendentes sensíveis a isso. Porque em geral não apareciam descendentes, a gente tinha a impressão de que eles tinham morrido sem importância, sem herança. E os infiéis preferiam que os amigos deles não se caracterizassem. Então, deglutição…

blank

Alcácer de Toledo – Sala onde o General Moscardó encontrava-se quando teve o último telefonema com seu jovem filho, conforme abaixo relatado (foto por Américo Toledano – Trabajo propio, CC BY-SA 4.0, Wikipedia)
De outro lado, acontece que na situação em que estava a fortaleza, havia um outro reduto. Ali estava o General Moscardó, era o comandante. E os comunistas um dia disseram para ele: “Vai aqui falar seu filho, se você não se render, não der ordem de rendição, você vai ouvir o fuzilamento de seu filho”. Ele disse: “Ponha o menino no telefone”. O rapaz chegou e ele disse para o menino: “Diga Viva Cristo Rei!”. O rapaz: “Viva Cristo Rei”. Descarga de fuzilaria em cima do rapaz e o rapaz morreu.
Moscardó desligou o telefone e continuou a resistência.
Herói!… herói!…

Contato