Santo do Dia, 31 de janeiro de 1969
A D V E R T Ê N C I A
Trechos de gravação de conferência do Prof. Plinio a sócios e cooperadores da TFP, não tendo sido revista pelo autor.
Se Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério tradicional da Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como homenagem a tão belo e constante estado de espírito:
“Católico apostólico romano, o autor deste texto se submete com filial ardor ao ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto, por lapso, algo nele ocorra que não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.
As palavras “Revolução” e “Contra-Revolução”, são aqui empregadas no sentido que lhes dá o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira em seu livro “Revolução e Contra-Revolução“, cuja primeira edição foi publicada no Nº 100 de “Catolicismo”, em abril de 1959.
Hoje é festa de um santo que por várias razões nos diz muito à alma. É São João Bosco, confessor, padroeiro secundário dos jornalistas católicos. A esse título, por uma tradição que data do “Legionário”, nós o invocamos todos os dias. Primeiro, São Francisco de Sales, padroeiro primário da imprensa católica e depois São João Bosco, padroeiro secundário. Apóstolo da devoção a Nossa Senhora Auxiliadora, o que constitui um outro título de relação dele conosco. Previu o colapso do estado atual de coisas e o advento do Reino de Maria, e que se encontra nas revelações que teve, e são esplêndidas! Sua relíquia se venera em nossa capela. Século XIX.
Uma palavra rápida a respeito de São João Bosco, sob outro ponto de vista. Os senhores sabem que ele foi o Fundador dos Salesianos. Congregação a que ele deu esse nome, em honra a São Francisco de Sales, do qual era grande devoto e de cujo espírito foi o herdeiro e o continuador, no século XIX.
São João Bosco era uma pessoa que tinha esse dom de suscitar muita confiança, muita paz nas almas; tinha um sorriso, uma bondade impregnada de fortaleza, mas de tal maneira comunicava, generosa, apaziguante, que basta a gente ir à igreja do Sagrado Coração de Jesus, e ver aquela sua imagem, que é bem próxima da realidade – um tanto “pop art”, na qual tem muito pouco do artista e muito da cópia – para se perceber algo de indefinivelmente suave, da “douceur de vivre” antiga, que se perpetuou segundo seu modo, seu estilo. Portanto, é essa suavidade espiritual que devemos pedir a Dom Bosco, nessa época de árduos combates.
Todas as virtudes são irmãs; nunca uma virtude é o contrário da outra. A maior combatividade, a mais intransigente, a mais irredutível, a mais implacável, é irmã afetuosíssima dessa bondade, dessa delicadeza, dessa suavidade própria do espírito de São Francisco de Sales e São João Bosco.
Assim, deixo aqui consignadas essas indicações para lhe pedirmos, no que resta ainda hoje da festa de São João Bosco, que nos proteja.
Nota: Clique aqui para consultar a coletânea de documentos relativos a São João Bosco.