Plinio Corrêa de Oliveira

 

 

Amor aos símbolos e à vocação da TFP

 

 

 

Santo do Dia, 28 de abril de 1973

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A D V E R T Ê N C I A

O presente texto é adaptação de transcrição de gravação de conferência do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira a sócios e cooperadores da TFP, mantendo portanto o estilo verbal, e não foi revisto pelo autor.

Se o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério da Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como homenagem a tão belo e constante estado de espírito:

“Católico apostólico romano, o autor deste texto  se submete com filial ardor ao ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto,  por lapso, algo nele ocorra que não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.

As palavras "Revolução" e "Contra-Revolução", são aqui empregadas no sentido que lhes dá o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira em seu livro "Revolução e Contra-Revolução", cuja primeira edição foi publicada no Nº 100 de "Catolicismo", em abril de 1959.

 Julho de 1969 - Sede do Conselho Nacional da TFP brasileira, à Rua Pará (bairro de Higienópolis), na capital paulista. Cerimônia de entrega dos estandartes da entidade aos colaboradores que então partiriam para a campanha de alerta da opinião pública sobre os erros existentes no IDOC e nos Grupos proféticos         

          Quero responder a uma pergunta que me foi feita. Meu consulente acha que nossos símbolos e insígnias poderiam ser transportados, conduzidos e portados com mais reverência e amor de Deus. E então pergunta como devemos portá-los e qual é o zelo particular que devemos colocar nisto.

A resposta a meu ver deve ser a seguinte: existe sempre o risco das coisas se banalizarem, e está na natureza humana. Há até uma expressão latina que diz: “assueta vilescunt”, as coisas muito costumeiras acabam se tornando banais. De maneira que mesmo os símbolos mais sagrados, mais altos, mais nobres o homem pode habituar-se com eles e banalizá-los.

Creio que já narrei aos senhores o que um Bispo me contou: era Bispo da cidade “X”, levava uma vida muito ativa, de entra e sai, freqüentes viagens pois sua Diocese naquele tempo era imensa, e portanto tinha uma vida de muito movimento. Então dizia que antes de ser Bispo, ele venerava as insígnias episcopais, a Cruz peitoral, o solidéu, o anel, etc. Mas algum tempo depois de ser sagrado Bispo, surpreendeu-se fazendo o seguinte: entrando às carreiras no apartamento dele no palácio episcopal, tirando depressa o solidéu, a Cruz peitoral, o anel, jogando tudo em cima da cama a fim de se preparar para sair novamente, e depois pegando tudo aquilo mecanicamente e descendo. Em certo momento da conversa me disse que perguntou-se a si mesmo: “Mas era este o respeito que eu tinha por estes objetos antes de ser Bispo? Eu respeitava tanto mais!... Por que é que agora estou tratando assim?”

“Assueta vilescum”  –  as coisas costumeiras se tornam banais, se tornam triviais e a gente pode não as tratar bem. Então disse que a partir daquele momento, ele começou a tomar um cuidado muito especial em conservar o devido respeito para com suas insígnias episcopais. Oxalá que isto continue assim. 

Assim pode dar-se também com nossa capa, com nosso estandarte etc. Quer dizer, há momentos de pressa, de corre-corre em que a pessoa pode colocar a capa ou a flâmula irrefletidamente, sem compreender tudo quanto elas significam. Mas apenas como quem põe um pano sobre o paletó para estar em dia, para ir à reunião em condições. É um banalizar da capa. 

É claro que a capa não tem a sacralidade das insígnias episcopais, mas se um homem até elas pode banalizar, quanto mais a capa!? E a capa diz muito, porque é o símbolo mais vistoso, mais caraterístico, o símbolo por excelência do membro da TFP

Campanha da TFP no Viaduto do Chá, na capital paulista 

Assim, devemos amar nossa capa como amamos nossa vocação, porque quem ama sua própria vocação, ama os símbolos dela. O símbolo é uma representação sensível desta vocação. Não é possível amar algo sem amar o símbolo que exprima esse algo. É mais ou menos como a bandeira do país: quem ama o país, ama a bandeira, luta pela bandeira. Assim a capa é para a nossa vocação.

Os senhores compreenderão, portanto, que é preciso pôr a capa com cuidado, tratá-la com respeito, colocá-la com critério, com cautela. Não a carregar como uma coisa qualquer, mas lembrados de que ela é um símbolo da nossa aliança com Nossa Senhora, é quase – “mutatis mutandis”, ou seja com todas as necessárias adaptações – um escapulário para nós, o que obviamente não substitui o uso dele. De maneira que aí estaria a minha resposta a esta pergunta. 

Santo Sepulcro - Capa utilizada pelos membros das diversas TFPs e entidades co-irmãs e autônomas


(Nota: A respeito da vocação da TFP, vide por exemplo o Capítulo V, tópico A. A alta vocação da TFP: combater a guerra psicológica revolucionária, a principal tática de conquista do imperialismo comunista, em nossos dias da obra “Guerreiros da Virgem – A RÉPLICA DA AUTENTICIDADE”, de Plinio Corrêa de Oliveira, Editora Vera Cruz, dezembro de 1985; bem como a conferência de 23 de junho de 1990, intitulada No que consiste a vocação da TFP e sua relação com a Consagração a Nossa Senhora segundo o método de São Luis Maria Grignion de Montfort)


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