Plinio Corrêa de Oliveira

 

7 Dias em Revista

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Legionário, 6 de dezembro de 1936, N. 221

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É digna dos mais vivos elogios a entrevista que o Sr. José Carlos de Macedo Soares, Ministro das Relações Exteriores, concedeu a um periódico de Montevidéu acerca da possível criação de uma Liga das Nações americanas.

Disse com muito acerto o nosso Chanceler que, em matéria de Liga das Nações, “Bureaux internacionais” etc., “já bastam os que existem em Genebra”.

Nenhuma nação americana está disposta a ser, em uma Liga das Nações americanas, um instrumento da política yankee, como a Romênia ou a Tchecoslováquia são instrumentos da política britânica.

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Merece transcrição o seguinte trecho do discurso do Sr. Roosevelt:

“Esta fé no mundo ocidental não será completa se deixarmos de afirmar a fé em Deus. Em toda a história da humanidade e do gênero humano, as tentativas periódicas para negar a divindade ficaram e ficarão reduzidas a nada”.

Palavras como estas dignificam um chefe de Estado.

Deploramos apenas que, em outro tópico, S.Exa. tenha reafirmado seu apego à tradicional, mas funesta posição de neutralidade confessional, a que tanto se apegam os estadistas yankees de formação protestante.

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O Sr. Inácio de Almeida Prado, vereador integralista de Jaú, fez um discurso em que elogiou vivamente a ação desenvolvida pelo governo soviético em benefício da saúde pública.

Como explicar isto?

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“O Sr. Dr. Marcel Teixeira da Silva Telles, Chefe Provincial da Ação Integralista Brasileira em São Paulo, pede a todos os camisas verdes da Província, católicos, protestantes, espíritas, enfim de todos os credos religiosos que, no dia de hoje, em seus templos, em seus lares ou em seus trabalhos, ergam o pensamento a Deus, num minuto de recolhimento, em homenagem aos heróicos militares brasileiros sacrificados em 1935 na defesa de Deus, Pátria e Família”.

“Ação”, órgão oficial do integralismo em São Paulo, 27-XI-36.

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Voltando mais uma vez à Conferência de Buenos Aires, parece-nos oportuno frisar que um telegrama de Santiago autoriza a esperança de que vai ser tratada, na Conferência, a questão da repressão ao comunismo, organizada por todos os países americanos, em uma ação conjunta.

E o governo comunista do México? E os governos comunistóides da Bolívia e do Paraguai?

Continuará a Conferência a fechar os olhos sobre o perigo que representa a existência, em plena América, de três repúblicas tuteladas por Moscou?


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