Plinio Corrêa de Oliveira

 

Comentando...

Catolicismo e unidade nacional

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 8 de agosto de 1937, N. 256, pag. 2

 

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Na conferência que fez na Faculdade de Direito, o sr. Afonso Arinos de Mello Franco [1930-2020] insistiu sobre a importância do fator religioso na unidade nacional.

O sr. Mello Franco nada mais fez do que reconhecer a realidade histórica do Brasil. Não há historiador sincero que não reconheça a ação da Igreja na formação de nossa Pátria. É o que Eduardo Prado acentuou ao distinguir três tipos diversos de colonização: o científico, aplicado pelos ingleses nos Estados Unidos e consistente na destruição dos indígenas; o mercantil usado pelos holandeses e nos últimos tempos pelos ingleses e finalmente o católico dos portugueses e espanhóis. E diz Eduardo Prado:

“O Brasil, como toda a América Latina, é um exemplo de que há um terceiro método de colonizar, que poderemos chamar sem erro, o método católico”.

Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo (1849-1910) foi um monarquista e defensor da abolição dos escravos, político, diplomata, historiador, jurista, orador e jornalista brasileiro

E Joaquim Nabuco, mostrando a influência da Igreja na formação do Brasil escreve:

“Não tenhamos receio de confessar que devemos à Sociedade de Jesus, o nosso traço perpétuo. Não há outro molde em que se possam fundir raças, sociedades, individualidades mesmo, senão o molde religioso. Se o Brasil tivesse sido lançado em outra fôrma, há muito que se teria feito em pedaços”.

Contra a opinião de todos os que estudam seriamente a formação brasileira, só se levanta a oposição dos que apenas tocam superficialmente a nossa história, ou dos que vão buscar no ateísmo comunista a inspiração para suas arengas. A realidade, porém, é outra, e muito gloriosa para a Igreja e para o Brasil.


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