Plinio Corrêa de Oliveira

 

Comentando...

Nazismo e comunismo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 22 de maio de 1938, N. 297, pag. 2

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A 30 de dezembro do ano transato, a Congregação do Santo Ofício promulgou um decreto condenando o livro do nazista Raoul Francé, intitulado “Von der Arbeit zum Erfolg” que fora traduzido para o italiano sob a denominação “Introduzione alla vita felice”.

O “Osservatore Romano” de 10 de janeiro último, comentando o referido decreto, diz: “O presente livro é um fruto do materialismo biológico... verdadeiro materialismo, que não difere do materialismo comunista ainda que se vele sob o culto místico prestado à natureza e à raça”.

Mais de uma vez temos assinalado a identidade profunda e substancial que existe entre o comunismo e o nazismo. Entretanto, ainda há pessoas que embora afirmando-se vagamente “cristãs” (seria mesmo o caso de aludirmos a um certo “cristianismo ondulante” por isso que não explicitamente católico e romano) embora, como dizíamos, dizendo-se “cristãs”, deixam-se entusiasmar pelas ideologias totalitárias que deificam já o Estado, já a raça, e são medularmente ateias.

O caso da Áustria forneceu, nesse sentido, exemplos concretos e frisantes.

Este fato, na aparência paradoxal, é, no entanto, facilmente explicável. Verifica-se, hoje em dia, que muita gente batizada, que às vezes assiste Missa — principalmente Missa de sétimo dia —, que pronuncia o nome de Deus, etc., etc. leva no mais uma vida perfeitamente pagã. Quer dizer: são cristãos na superfície, mas rematados pagãos no fundo. Ora, a ideologia política própria ao paganismo é o totalitarismo sob todas as formas e matizes. Logo, é de se estranhar que quem é pagão nos negócios, pagão nos divertimentos, pagão nas afeições, pagão nas leituras, seja também um pagão político?


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