Plinio Corrêa de Oliveira

 

Comentando...

Justiça ao Papa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 10 de julho de 1938, N. 304, pag. 2

 

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Erguem-se o nazismo e o comunismo contra o Papa. Ambos veem no Sumo Pontífice o defensor heroico de tudo o que há de nobre e de elevado na vida humana, o defensor da vida do espírito. Materialistas como são, o nazismo e o comunismo querem então esmagar o Papado que sabem ser o centro de todo o universo, a potência que está acima de todas as potências, tenham estas embora muitos aviões, muitos canhões, muitas baionetas...

E na luta que se trava ergueu-se o Papa tão alto, por sua atitude diante das armas mesquinhas dos que o querem vencer, que Pio XI é hoje admirado e venerado por todos os que ainda conservam um pouco de razão, nesta balbúrdia que vai pelo mundo todo. Prova esta asserção, a passagem que transcrevemos a seguir, extraída de um artigo de fundo do “World Herald”, de New York, artigo que é assinado por um redator não católico.

“Num mundo interiormente tão dilacerado - escreve o articulista - a figura venerável do Papa causa simpatia e admiração gerais. É ele grande, bom e corajoso, vive carregado de cuidados, em meio de aflições. Apesar da idade, apesar das doenças e dos sofrimentos, sua coragem e seu zelo não diminuem. Com bondade e suavidade, mas inflexivelmente, ele se empenha na batalha infinda pela glória de Deus, pelo prestígio mundial da Igreja, pela dignidade do homem. Expansivo, progressista, amigo da paz e da boa vontade, defensor do direito dos pobres e dos humildes, ele vê no homem alguma coisa mais que um simples animal a exigir teto e alimento. Ergue bem alto o estandarte da razão e da Fé em uma época em que estes dois traços característicos, que distinguem o homem do animal, são atacados com uma fúria até hoje inaudita... Mas, mais forte do que tudo, permanece a Fé, a Fé em Deus, que está mais enraigada na alma humana do que qualquer outra fé. Quem se atreve a colocar-se entre o homem e Deus prepara a sua própria ruína. Enquanto o homem for homem, sua alma imortal não pode ser acorrentada. O Papa Pio XI luta pelos direitos e valores eternos, não só dos católicos, mas de toda a humanidade.”


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