Plinio Corrêa de Oliveira

 

 

Nossa Senhora de Coromoto,

Rainha majestosa, mas

muito acessível e misericordiosa

 

 

 

Catolicismo, N° 708, Dezembro 2009, Ano LIX, pág. 52

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Nossa Senhora de Coromoto, Padroeira da Venezuela. Imagem que desde 1974 se venera na sede do Conselho Nacional da TFP brasileira, atualmente sede do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira

O trono e a base da imagem de Nossa Senhora de Coromoto combinam-se de modo muito feliz. O trono, com o espaldar alto e a curva em cima, faz sentir muito a elevação de Nossa Senhora, dando a idéia de que Ela tem a inteira noção da própria majestade. A base, bem calculada para dar idéia de proximidade, tem uma proporção muito amena, numa altura acessível a todos.

A imagem é de mármore branco, mas de uma alvura tal que se diria que é feita de uma matéria nívea que não é da Terra. Essa brancura significa uma transparência da essência divina e extraterrena. Embora Nossa Senhora não tenha essência divina, está penetrada da graça de Deus.

 

 

À luz do dia, tem-se a impressão de que o mármore reflete a alvura; à luz da noite, de que a alvura habita como uma luz interna dentro da matéria, com eflúvios de luz em seu interior.

A própria representação psicológica de Nossa Senhora é imaculadíssima, toda feita desse níveo habitando nEla e Ela morando num Céu níveo, onde todas as coisas seriam níveas.

 

 

A primeira nota de majestade e grandeza que dEla emana é a participação num outro mundo, e que A coloca fora de comparação com qualquer coisa. A atitude é de muita calma, de quem está se sentindo perfeitamente bem onde está; e não conta o tempo, disposta a passar séculos sentada aí. É o que se poderia chamar de felicidade de situação. 

O olhar e uma pequena propensão da cabeça dão a entender que Ela é toda atenção. Ela dá a impressão de que tem uma dupla atenção: uma para os valores internos e celestes d´Ela; e outra atenção para quem está à sua frente, e para quem Ela é solícita: “Eu tenho misericórdia. O que você quer?”

 

 

A majestade da imagem representa a consciência de governo e o senso de ver as coisas no seu conjunto. Ela tem a visão superior das coisas, sabe como elas se compaginam e sabe como mandar, para que andem direito. Esse direito de mandar se exprime na relação d´Ela com o Menino Jesus. Ela o segura como quem manda, mas por outro lado Ela o aponta, como quem diz: “Se vocês querem me agradar, olhem para Ele, porque eu vivo para Ele”.

De maneira que, ao mesmo tempo, Ela manda nEle, que é o primeiro dos súditos dEla, e Ele é o cetro dEla; mas Ela é o trono dEle, no qual Ele se senta como num trono digno dEle. Assim, Ela realça a majestade dEle. 


(*) Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 5 de janeiro de 1975. Sem revisão do autor.


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