Plinio Corrêa de Oliveira

Legionário, N.º 444, 16 de março de 1941

[...] O Sr. Seyss-Inquart, governador alemão da Holanda, pronunciou pela rádio um discurso em que ameaça seus desditosos súditos de ásperas represálias, caso continuem a se verificar, nas terras a ele confiadas, as manifestações populares contrárias ao domínio nazista.

Evidentemente, dado o telegrama enviado pelo Santo Padre à Rainha Guilermina por ocasião da entrada das tropas nazistas na Holanda, ninguém pode duvidar de que a ocupação desse país é ilegítima, e que, portanto, o povo holandês está no seu mais pleno e indiscutível direito ao procurar sacudir o jugo do Sr. Seyss-Inquart.

Entretanto, o que o telegrama oferece de curioso é que dele se depreende, se bem que sua redação não seja absolutamente clara, que o Sr. Seyss-Inquart se lamenta de que somente os holandeses pertencentes à corrente totalitária local prestam firme adesão ao domínio do III Reich. Em outros termos, confirma-se nossa afirmação de que o partido nazificante que existe na Holanda outra coisa não era senão uma forma perigosa de penetração nazi-germânica.

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Transcorreu, na semana passada, mais um aniversário da anexação da Áustria ao império nazista.

Como de costume, o “Legionário” formula mais uma vez seu protesto contra aquela iníqua ocupação, que teve como conclusão concreta submeter ao domínio do neo-paganismo um país essencial e tradicionalmente católico.

Os austríacos domiciliados nesta Capital fizeram celebrar, no dia do “Anschluss”, Missa segundo as intenções que a triste data lhes sugeria. O “Legionário” une suas preces às da colônia austríaca, no sentido de que Deus tenha pena da Áustria, a preserve do neo-paganismo, e dê a necessária perseverança ao grande Schuschnigg e a todos os que, nos campos de concentração, padecem por ter lutado pela causa da Igreja.

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Como noticiamos há tempo, esteve na Espanha durante muito tempo o Sr. Himmler, chefe da Gestapo nazista, órgão por meio do qual o governo do III Reich mantém o regime na Alemanha.

Por ocasião de sua partida, autoridades espanholas ofereceram ao Sr. Himmler uma espada de honra.