Plinio Corrêa de Oliveira

 

 

7 Dias em Revista

 

 

 

 

 

Legionário, N.º 501, 19 de abril de 1942

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De uma estatística publicada pela Procuradoria Geral do Distrito Federal (Rio de Janeiro, n.d.c.), e divulgada nesta Capital pelo "Estado de S. Paulo", se depreende que o número de casamentos que em 1936 foi de 11.244 no Distrito (R.J.), chegou em 1937 a 12.474, e caiu, em 1940, para 9.870. Pelo contrário, o número de desquites que em 1936 era de 221, atingiu em 1940 o total de 481.

Estas cifras indicam um curso geral das coisas que, evidentemente, não é privativo do Rio de Janeiro. Em São Paulo, provavelmente a desagregação da família tem tomado incremento. Isto demonstra à saciedade como é conveniente que todos os católicos leiam e propaguem a belíssima Carta Pastoral em que nosso Episcopado trata do assunto e, sobretudo, que saibam viver santamente os preceitos que ali se indicam.

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A Finlândia vai estabelecer agora relações diplomáticas com a Santa Sé. Entretanto, nesse país os católicos são apenas em número de 1.000. Este fato prova que não é por motivos internos, mas pelo crescente desenvolvimento da influência da diplomacia vaticana no mundo inteiro que a Finlândia deseja acreditar um embaixador junto à Santa Sé, se bem que a Finlândia seja o país mais luterano do mundo.

Que esse feliz indício de grande prestígio do Papado sirva também para o instrumento da Santa Igreja na Finlândia!

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Temos acentuado o renascimento do fervor com que os povos asiáticos, estimulados pelo escandaloso exemplo do Sr. Adolph Hitler, adotam atitudes cada vez mais nítidas de apego ao paganismo.

No Japão, a influência das velhas crenças, outrora um tanto abalada, parece consolidar-se.

Um despacho telegráfico informou de que os soldados japoneses mortos em combate trazem, quase todos, amuletos e fetiches de sua religião nacional. Agora, sob o signo dessa religião, se organiza uma “juventude japonesa” análoga à “Hitlerjugend”, destinada a formar futuros “fuehrers” para toda a Ásia Oriental que passará por uma “mobilização cultural” evidentemente pagã.

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No outro extremo da Ásia, na Transjordânia, o emir Abdulah exigiu que todos os funcionários públicos assumam “atitude adequada aos preceitos do Islã, e prática dos ritos elementares da religião muçulmana”. Os transgressores sofrerão sanções.

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Entre nós (em São Paulo, n.d.c.) já temos uma "mesquita" em construção. Agora, fundou-se uma "sociedade beneficente muçulmana”, que tem por fim a prática da religião muçulmana e da caridade! A princípio, disse-se pelos jornais que a construção da mesquita tinha um significado inteiramente simbólico, e agora já existe uma associação muçulmana, destinada a congregar os muçulmanos que aqui se iriam diluindo na massa do país, em torno dos princípios do Alcorão.

Que diria Anchieta se soubesse que em São Paulo se ergueria de futuro uma mesquita?


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