Plinio Corrêa de Oliveira

 

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A sorte dos intelectuais russos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 24 de maio de 1936, N. 198, pag. 3

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O novelista russo Ilya Ehrenburg, atualmente na Espanha, em uma de suas últimas publicações de exaltação soviética em detrimento de outros povos e países, escreveu que “o nível médio de cultura da União Soviética, nenhum outro povo do mundo possui” e que “não há ideia, nem mesmo aproximada, nos demais países do que seja um escritor na União Soviética”.

Cousteau, especialista em questões soviéticas, responde às afirmações de Ehrenburg, com as seguintes referências à sorte de intelectuais russos:

O poeta Gumilov foi fuzilado. Os escritores Yessine, Kusnetroff e Maiakvosky, perseguidos pelos sovietes, “suicidaram-se”. O poeta Alexandre Bloch morreu no cárcere. Zamyatine, Gorbader e Polusky foram desterrados. Sofreram, também, perseguição e desterro Tikonov, Sloninsky, Kataev, Pantcleimon Romanov, Isaac Babel, Boris Pylmiak e Voronsky, que mais tarde foram perdoados depois de haverem feito confissão pública de seus erros antissoviéticos e terem coberto a cabeça de cinzas, gozam da liberdade de viver sob a condição de escreverem exclusivamente obras em homenagem a Stalin e de o obedecerem incondicionalmente, sempre e em tudo.

Os grandes escritores russos contemporâneos vivem no desterro: Myeykowski refugiou-se na Itália, Kuprine em Paris, e Bunine, que obteve o prêmio Nobel de literatura em 1934, em Londres. Por esses dados o novelista Ilya pode avaliar da “opinião” que fazemos do que seja um escritor na União Soviética...


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