Plinio Corrêa de Oliveira

 

Comentando...

Digno de ser imitado...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 16 de agosto de 1936, N. 205, pag. 2

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Ninguém há que ignore as desastrosas consequências da má leitura. A Revolução Francesa - todo mundo está farto de sabê-lo - teve grande impulso com a literatura de J. J. Rousseau et caterva, através do famoso “Contrato Social” e outras obras igualmente perniciosas.

Para contrabalançar a má influência do mau livro - também é ocioso repetir - só o bom livro. Mas, como entre a teoria e a prática, assim entre a existência do bom livro e o hábito de sua leitura, vai uma distância bem grande. É necessário o bom livro, mas é preciso também facilidade para o conseguir. E, frequentemente, as obras más são mais acessíveis do que as boas.

Pois, foi justamente esse problema que o Revmo. Pe. Sebastião Pujol, Superior dos Missionários do Imaculado Coração de Maria em Campinas, resolveu, com a maior simplicidade. Esse sacerdote fundou, no dia 10 de junho deste ano, na Igreja do Rosário, naquela cidade, uma Biblioteca Paroquial. Essa biblioteca, por ocasião de sua criação, tinha apenas 84 volumes. Atualmente possui 320. Recebe com frequência donativos em obras e em dinheiro, de pessoas que compreenderam o alcance da iniciativa. No primeiro mês de existência, a Biblioteca Paroquial conseguiu 84 sócios. Não é preciso dizer mais para ficar evidente o seu sucesso. Este, por sua vez, prova a oportunidade da iniciativa.

Tudo nessa instituição é simples, parece mesmo que sendo o seu fim facilitar a boa leitura, para consegui-lo tudo se faz com a maior simplicidade.

Assim, o regulamento da Biblioteca constará de quatro artigos. Para ser associado é necessário vagar apenas a importância de mil réis. Qualquer pessoa, ainda que não seja católica, pode ingressar nela.

As seções mais importantes da Biblioteca são formadas por obras de instrução religiosa, vidas de Santos, História Eclesiástica e Apologética.

O seu funcionamento é também de uma simplicidade extraordinária: o sócio retira o livro que deseja; tem o prazo de oito dias para lê-lo; se não devolver o volume findo o prazo é multado em mil réis; se o estragar, paga-o pelo custo. E... só!

As coisas de Deus não são mesmo complicadas...


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