Plinio Corrêa de Oliveira

 

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Bolchevização pela imprensa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 29 de novembro de 1936, N. 220, pag. 2

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Enquanto o povo mexicano padece os efeitos de uma ditadura comunista, que como comunista promete muito, realiza pouco e aparenta aos seus turistas desprevenidos um céu aberto, como o que é apresentado aos visitadores da Rússia soviética, um dos “Diários Associados”, tece loas às “realizações” deste governo.

Assim, elogia o padrão de vida do seu povo, e a preocupação da nação de elevar o seu standard de vida.

O incauto jornalista parece que não reparou que está elogiando uma tentativa daquele estado absolutista de padronizar, estandardizar o nível do seu povo, significa: intenção de produzir séries de homens iguais, como séries de automóveis. rádios ou geladeiras...

Exalta também o desejo de levantar uma autêntica democracia: os russos falam em anarquia a se realizar... depois... É a mesma demagogia... com variantes. Que importa prometer para o futuro, quando se tem todo o poder em mãos? É tão fácil... é só não cumprir com o prometido...

Um dos problemas a que Cardenas soube dar valor, foi o da educação popular.

Vejamos, a propósito, uma parte do programa do Partido Comunista: “A escola deve transformar-se em instrumento para a transformação comunista da sociedade. Ela deve ser o guia na influência ideológica, organizadora e educadora do proletariado, para que as camadas semi ou não proletárias das massas trabalhadoras sejam de tal modo preparadas, que o Comunismo venha afinal a realizar-se” (apud Tristão do Athayde, “Educação e Comunismo”, in “A Ordem”, Abril-Maio de 1936).

Por esta pequena amostra (e pelo dedo se conhece o gigante...), podemos conhecer as intenções de Cardenas.

E é mais do que ridículo, se não for propaganda intencional bem encoberta, comparar um Cardenas a Salazar...


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