Plinio Corrêa de Oliveira

 

Comentando...

“Do que é feito um domingo...”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 21 de março de 1937, N. 236, pag. 2

 

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Entende o cronista social de um diário desta Capital que “um domingo é feito de um número vermelho na folhinha, de um jornal enorme, todo cheio de anúncios, de um pijama depois do meio dia, de uma criada que sai... de uma venda fechada... de uma voz no rádio, à noitinha: “No tabuleiro...”, de um dia a menos, numa vida a mais sobre a terra...” Disso, acha o cronista, é feito o domingo!...

Ora, ele tomou apenas o que há de acidental em um domingo, aquilo que existe ou pode existir em qualquer outro dia da semana. Nada do que referiu é essencial ao domingo, que é na realidade o “dia do Senhor”, o “dia de Deus”. E só esta característica o distingue dos outros dias, dando-lhe o cunho de dia mais importante na vida do homem. É o dia que Deus se reservou para si e como tal a Ele deve pertencer em sua totalidade. E de nenhum modo o homem o aproveitará melhor, de nenhuma maneira o homem descansará mais do que dando-se generosamente ao serviço de Deus, no único dia que Ele quer para Si; aos homens Deus dá seis dias, para Si toma um apenas.

E assim fazendo, o domingo não será “um dia a menos, numa vida a mais sobre a terra...” Esta é a linguagem do pessimismo, do desespero, a linguagem de quem desconhece o destino sobrenatural do homem.

Mas o domingo vivido em Deus e para Deus é na realidade um dia a mais, numa vida que sobre a terra se prepara para a verdadeira Vida...


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