Plinio Corrêa de Oliveira

 

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Perguntando ao Integralismo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 13 de junho de 1937, N. 248, pag. 2

 

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A 5 do corrente, a “Ofensiva” - órgão integralista do Rio de Janeiro - publicou um artigo “A Técnica do Komintern”, de J. Ferreira da Silva, no qual o autor faz um apanhado da campanha desencadeada contra o Integralismo desde Outubro de 1932. Depois da primeira acusação, que foi a de ser o movimento de Plínio Salgado financiado por Hitler e Mussolini, continua J. Ferreira da Silva:

“Cumprindo as determinações de Moscou, assoalhavam aos quatro ventos que éramos um movimento contra os judeus. Não adiantou a definição clara e insofismável do nacionalismo defensivo por que se norteavam os camisas verdes. Servindo à trama urdida pelos marxistas, os judeus em vários pontos do território nacional puseram-se a agredir-nos. Invertia-se a questão. O Integralismo não era contra os judeus sistematicamente, mas os judeus têm sido, desde o início da campanha, ferozes adversários do Sigma. Depois ordenaram aos “maçons” que nos combatessem também. Era uma consequência natural da antipatia judaica.  Em vão protestaram dezenas de integralistas pertencentes à maçonaria. A ordem de Moscou, desta vez, chegava através da Escócia e milhares de brasileiros inconscientemente iam ser arrastados a uma luta suicida contra os verdadeiros interesses do Brasil. Mais tarde recrudescia a infâmia de que o Integralismo animava-se de propósitos sectaristas. Conforme o círculo ou o lugar, apresentavam-nos como servidores do clero ou como anticatólicos. Sacerdotes foram obrigados a manter reservas sobre o movimento dos camisas verdes. Isso não se deu apenas no meio católico. O pastor Antidio de Souza, chefe de uma igreja protestante em São Fidélis, era colocado diante de um dilema absurdo: “ou o pastorado ou o Integralismo”. ... No meio espírita, a difamação contra o Sigma foi mais violenta....” etc.

Vamos deixar sem comentário o liberalismo católico que tão claro ressalta dessa transcrição. Queríamos apenas que o Integralismo, tão ávido em atrair os elementos católicos, nos explicasse a presença de “dezenas de maçons” em suas fileiras e se há incompatibilidade entre essa presença e o lema “Deus, Pátria, Família”.


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