Plinio Corrêa de Oliveira

 

Comentando...

Infalibilidade singular

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Legionário, 17 de abril de 1938, N. 292, pag. 2

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Causou-nos pesar que a fita intitulada “Só para Mulheres” não tenha merecido uma censura unânime da imprensa paulistana.

É tão imoral a fita em apreço, que alguém disse que seu título, em lugar de ser “só para mulheres”, deveria ser “só para homens”. Claro está que nós católicos, que repudiamos categoricamente a distinção entre duas morais, uma para mulheres e outra para homens, não podemos endossar este comentário. Em todo o caso, ele prova até que ponto a fita impressionou mal até mesmo espíritos inteiramente despidos de convicções religiosas.

Infelizmente, a verdade é que, se para os católicos autênticos a infalibilidade em matéria de Fé e de costumes reside na pessoa do Bispo de Roma, para os católicos de rótulo, essa infalibilidade emana dos escritores, atores e modistas de Paris. O que em Paris é sustentado como verdadeiro por um certo grupo de escritores super modernos, é infalivelmente verdadeiro. O que os atores e os modistas decretam ser compatível com a moral é infalivelmente honesto e recatado. E fora daí não há salvação para os que querem ser ortodoxamente grã-finos.

Por enquanto, é das espeluncas de Montmartre e salões nudistas da Rue de la Paix, que se governa ditatorialmente numerosas mentalidades brasileiras.

Graças a Deus porem podemos dizer “por enquanto”. Porque a reação já está nascendo vigorosa, e não tardará a vencer.


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