Plinio Corrêa de Oliveira

 

 

A triste decadência espiritual

dos descendentes dos Cruzados

 

 

Legionário, n° 325, 4 de dezembro de 1938, 1ª. página

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Em Kum, cidade santa da Pérsia [Irã], e centro de piedade muçulmana, está situada a Mesquita de Fátima, cujo túmulo de cobre é recoberto de palhetas de ouro.

As notícias provenientes da Palestina continuam sombrias. O conflito ocorrido entre árabes e judeus para a posse do Oriente Próximo é, na realidade, um conflito de larga repercussão internacional. Ninguém ignora que a Palestina e a Ásia Menor, por sua situação geográfica, pelo valor histórico de suas tradições, e por suas riquezas, constituem uma preza cobiçada por todas as grandes potências ocidentais. Ora, os habitantes dessas regiões, os árabes e os judeus, estão empenhados numa luta de vida e de morte, uns contra os outros, e, por isto, apelam para o apoio e proteção da Europa. Os judeus contam com o amparo realmente incondicional da Inglaterra. O eixo Roma-Berlim, por sua vez, dá todo o apoio aos árabes. E assim as grandes potências ocidentais, povoadas por maiorias cristãs, longe de pensarem em conservar para os cristãos os lugares sagrados, pensam em entregá-los, ou aos árabes, ou aos judeus, uns e outros, em tempos passados, inimigos acérrimos de nossa Fé, da qual se conservam, ainda hoje distanciados pelas mais profundas divergências. Os antepassados dos alemães, franceses, ingleses e italianos de hoje, isto é, os cruzados, combateram para tirar os Lugares Santos das mãos dos incréus. Os chefes de Estado dos países cristãos hodiernos combatem para saber, dentre os incréus, quais os que devem ter a posse destes lugares. Triste e vergonhoso sinal dos tempos.

Seja como for, o mundo muçulmano está na iminência de uma grande ressurreição religiosa.

Animados pela Itália e pela Alemanha, os muçulmanos da Ásia Menor, da Índia e do Norte da África conspiram intensamente para se libertarem do jugo anglo-francês. Quais serão os resultados dessa ressurreição do Islã, capitaneada pelo Sr. Mussolini , que aceitou solenemente a tutela dos interesses do Corão, com a espada simbólica de seu defensor?


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