Plinio Corrêa de Oliveira

 

Imagem de Nossa Senhora de Fátima que verteu lágrimas em Nova Orleans:

Realeza, virgindade, maternalidade, compaixão e ternura

 

 

 

 

Santo do Dia, 21 de julho 1972, Sexta-feira

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A D V E R T Ê N C I A

O presente texto é adaptação de transcrição de gravação de conferência do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira a sócios e cooperadores da TFP, mantendo portanto o estilo verbal, e não foi revisto pelo autor.

Se o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério tradicional da Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como homenagem a tão belo e constante estado de espírito:

“Católico apostólico romano, o autor deste texto  se submete com filial ardor ao ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto,  por lapso, algo nele ocorra que não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.

As palavras "Revolução" e "Contra-Revolução", são aqui empregadas no sentido que lhes dá o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira em seu livro "Revolução e Contra-Revolução", cuja primeira edição foi publicada no Nº 100 de "Catolicismo", em abril de 1959.

(...) Os senhores concentrem a atenção sobre o olhar. Aí (no noticiário que a imprensa difundiu no dia desta Reunião – vide abaixo) está dito que são olhos de vidro. Vejam como, entretanto, esses olhos de vidro  têm expressão que um olho de vidro não tem. Dir-se-ia que está olhando para um ponto longínquo, que não é nada de concreto, mas que é uma dessas atitudes que o olhar toma quando a pessoa está meditando e refletindo em alguma coisa. Essa coisa é longínqua  e se encontra um pouco inclinada para o chão. Esse olhar, se seguir sua última direção, encontra o chão. Os senhores vejam que a direção que toma o olhar é essa assim.

Bem, o outro é essa assim, um declive muito lento, muito discreto, que indica de si a tristeza. O homem quando está alegre, olha para o alto. O homem quando está triste, ele inclina a cabeça e olha para o chão. A imagem tem a cabeça ligeiramente inclinada e ela olha discretamente para o chão. É exatamente uma expressão de uma leve tristeza, ou uma leve expressão de uma profunda tristeza para eu me exprimir.

A fisionomia é uma fisionomia delicadíssima. Não há um traço que não seja muito delicado e muito bem feito. Ao contrário do que teria uma imagem (da escola)  sulpiciana, o nariz é protuberante. Uma coisa curiosa nas imagens sulpicianas é o entusiasmo pelos narizinhos. Tudo quanto é imagem sulpiciana tem narizinho pequenininho, que termina com a ponta redondinha. Eu estou longe de falar mal dos que tem um nariz assim. Ou de dizer que para eles esteja fechado o Reino dos Céus. Mas eu também estou longe de afirmar que o Reino dos Céus está fechado para as pessoas de nariz protuberante. Como a “heresia branca” gosta de dar às imagens um ar assim muito sem personalidade, então faz uns narizinhos sem personalidade que espantam a gente.

Aqui os senhores notam um nariz protuberante que é próprio à raça judaica. O nariz é próprio à raça judaica. Bem, mas vejam a delicadeza desse nariz. De um lado parece um contraste. Com que profundidade ele se destaca do rosto. Vejam essa cavidade como é profunda. De outro lado, entretanto com que suavidade ele sai da testa, como toda essa parte está bem construída e como ele se projeta para a frente como uma linha que eu chamaria ao mesmo tempo de ousada e de nobre, mas que não tem nada da ave de rapina. Vejam como termina harmonicamente no lábio. Como tudo isso está bem construído, é bonito.

Depois, os senhores notem a fronte. A fronte é, evidentemente, uma fronte feminina, não é a fronte do pensador, do homem quando é filósofo, quando é pensador, mas é uma fronte cheia de pensamentos. Mas de pensamentos que não tiram a ela nada da graça feminina, da leveza, da respeitabilidade feminina.

De outro lado, os senhores analisem o contorno do rosto, é um contorno muito delicado, muito suave, em que a maçã do rosto se destaca,  mas depois se funde tão delicadamente  no resto do rosto -- aqui os senhores vêem os lábios delicadamente saltados, sem nada de exagerado, e o queixo que também é acentuado, mas que não tira em nada a delicadeza da fisionomia. O que tudo indica uma personalidade altamente acentuada, mas harmônica e que nenhuma acentuação sai além do perfeito limite das coisas como devem ser.

Os senhores notem, de outro lado, a posição da cabeça. É uma posição que não denuncia nenhuma espécie de esforço. Também não é uma posição altaneira. É uma posição muito normal. É ou não verdade, entretanto, que é uma posição de cabeça de Rainha? Uma Rainha nesse estado de alma, se ela fosse Rainha a mais não poder de tanto ser Rainha, ela tomaria essa posição.

Depois, outra beleza aqui: como a suavidade de Virgem e de Mãe se encontram. É de uma pureza absolutamente virginal a imagem, mas tem qualquer coisa da mãe aqui. Há uma forma de compaixão, uma forma de ternura que quem não é mãe não tem. E aqui os senhores a vêem na Mãe das mães.

Os senhores vêem aí como essa imagem é própria e digna de representar Nossa Senhora, sem que eu queira dizer que Nossa Senhora seja exatamente assim. Eu quero dizer que ela é, pelo menos, um símbolo adequado de Nossa Senhora.

 

1ª. página da “Folha de S. Paulo” de 21 de julho de 1972

Nota: Para aprofundar o assunto, vide:

- Lágrimas, milagroso aviso

- Peregrinando dentro de um olhar

- Nossa Senhora de Fátima alertando o mundo para o perigo comunista: Imagem Peregrina percorre nove nações


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