D. Antonio de Castro Mayer:
cordiais relações com o

Fundador da TFP

(1974)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Santo do Dia, 18 de novembro de 1974 – Segunda-feira

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Brasão episcopal de Dom Antonio de Castro Mayer

Como era o trato entre aquele bispo de Campos com o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, antes de que D. Mayer rompesse com este último? Fortuitamente foi localizado o presente áudio (de 18-11-1974), em que o mencionado Prelado faz a leitura de uma ficha biográfica relativa a São Guénolé, ao cabo da qual D. Mayer (mais precisamente aos 9'30" da gravação) insiste para que Dr. Plinio faça o comentário da vida do Santo. O Prof. Plinio, porém, pede que seja o Bispo de Campos que teça seus comentários para o auditório. A amável troca de palavras constitui um significativo exemplo da afinidade que então D. Mayer manifestava para com o Fundador e Presidente da TFP brasileira.

Para aprofundar o tema, consulte o artigo "Um resumo biográfico" publicado em "Catolicismo" (n° 610, outubro 2001), bem como esta matéria onde são citados outros documentos:

https://www.pliniocorreadeoliveira.info/Mult_730520_sacerdocio_sua_plenitude.htm

E ainda o histórico do lançamento, em 1953, da Carta Pastoral sobre Problemas do Apostolado Moderno, e o papel que desempenhou nesse lance Plinio Corrêa de Oliveira: "Minha vida pública", Parte VIII.

 

 

[Dom Mayer faz a leitura da ficha biográfica de São Guénolé]

Ficha extraída de uma “Vida dos santos” e escrita pelo fundador dos padres Agostinianos Assuncionistas, Pe. Manoel Balzon:

São Guénolé. É honrado como patriarca da vida monástica na Bretanha francesa.

Guénolé nasceu mais ou menos em meados do século V, em Ploufragan. Seus pais eram da ilha da Bretanha, do país de Gales. A educação do pequeno Guénolé foi confiada a São Budoc, da ilha de Lavret, perto de (?).

Desde esse momento, ele era tão humilde, tão mortificado, tão costumeiro na oração, que Deus em recompensa começou a favorecê-lo com o dom dos milagres.

Assim, um dia recolocou seu no lugar um olho que tinha sido arrancado com um triste acidente. Noutra ocasião, ele curou com um simples sinal da cruz a perna quebrada de um de seus condiscípulos. Ele restituiu a saúde, portanto, também a vida ao escudeiro Ismael. Este escudeiro tinha caído de maneira que todos seus membros ficaram quebrados e como que despedaçados. Não dava nenhum sinal de vida, mas Guénolé rezou por este infeliz com fervor extraordinário, depois mandou em nome de Jesus Cristo que Ismael se levantasse, e retornasse à vida. Mesmo instante viu-se Ismael levantar-se ir para sua casa em plena saúde.

Guénolé fez o projeto de ir para Irlanda a fim de aproveitar dos exemplos e das lições do grande São Patrício. Mas o apóstolo da Irlanda apareceu-lhe em sonho e dissuadiu-o desse desígnio, anunciando que Deus tinha outros desígnios sobre ele, que se tornaria pai de uma numerosa posteridade espiritual.

Em consequência Guénolé deixou seu senhor (?), atravessou a região de Domnonée e estabeleceu sua tenda com onze companheiros na ilha solitária de Tibidy, em face de (?). Aí construíram eles um oratório e algumas cabanas de palha, mas a austeridade do clima e dos eventos obrigaram-nos depois de três anos a procurar um outro lugar um abrigo mais hospitaleiro.

Guénolé mandou o mar que abrisse uma passagem a pé enxuto, para ele e para seus irmãos. O mar obedeceu. Guénolé e seus irmãos vieram até Landévennec, lugar abrigado contra os ventos do oeste e pelas costas de florestas, e favorecido com uma temperatura quase sempre quente e primaveril.

Era um lugar abençoado. Guénolé passou aí os 70, 80 últimos dias de sua vida, cercado de filhos espirituais que se tornavam cada dia mais numerosos de modelos de religiosos.

Deus o favoreceu com o dom dos milagres num grau tão elevado, que os cegos, os coxos, todos aqueles que sofriam qualquer doença, bastava se apresentar a ele.

O rei bretão do país, o célebre (?) foi ter com ele atraído pela alta reputação do servidor de Cristo. Implorou seus conselhos e recebeu tão salutares advertências que sua vida foi a de um novo rei Davi.

A morte de Guénolé lei foi cercada de circunstâncias memoráveis. Um anjo desceu do céu, brilhante de luz, para convidá-lo para os prazeres celestes e lhe anunciar o dia e hora de sua bem-aventurada morte. O santo reuniu então em torno dele todos os seus filhos, deu-lhes suas últimas admoestações e quis receber, na presença deles, os últimos sacramentos se bem que não sentisse nenhuma enfermidade, a não ser sua idade avançada. Ele mesmo se revestiu dos ornamentos sagrados, celebrou a Santa Missa e recebeu o Viático de suas próprias mãos, o corpo e o sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Terminada a missa ele permaneceu de pé diante do altar com os braços elevados em cruz, e continuou a salmodiar com os seus irmãos, até a chegada de uma legião de anjos que recolheram sua alma.

(Comentário de D. Mayer: Morte abençoada… Se pudesse escolher morte, hein?)

(Dr. Plinio: Oh... nem me fale...)

O corpo do santo abade foi enterrado no seu mosteiro de Landévennec, e aí se conservou até a época das invasões normandas.

Provavelmente no começo do século X, como era necessário colocar em lugar de absoluta segurança uma relíquia tão preciosa, o bispo de Quimper, e o abade de Landévennec, não quiseram confiar esta obrigação a nenhuma outra pessoa. Eles dois tomaram, portanto, o caminho da França, levando consigo o corpo quase inteiro do santo, e mais sua casula, sua alva, sua estola, sua campainha e o livro de sua vida, recentemente composto por Gurdisten, um dos seus últimos sucessores em sua abadia, e foram pedir asilo ao piedoso Helgaud, conde de Montreuil.

Esse senhor, que tinha a nobre ambição de juntar em torno do seu castelo o maior número de corpos de santos que pudesse, fez a melhor acolhida e colocou a relíquia em (?) na abadia de (?).

O bem-aventurado abade tornou-se logo, sob o nome de Waloy, um dos santos mais populares.

*    *    *

D. Mayer - E aí está a vida deste santo. O Dr. Plinio vai fazer um comentário sobre ela, como é costume...

Dr. Plinio – Ah! Ah! Ah! Excelência, quem lê, comenta...

D. Mayer - Já é velha tradição que um lê e outro comenta...

Dr. Plinio – A velha tradição é bem exatamente o contrário...

D. Mayer – Não é a velha tradição. A grande tradição entre os grandes abades, é que um lê e depois o outro comenta.

Dr. Plinio - A tradição dos grandes abades é de onde está o bispo, o bispo fala. São [Guénolé], se entrasse um bispo, ele ficaria quieto imediatamente e pediria para o bispo falar.

D. Mayer – Bom, vamos, então, ao comentário...

(silêncio)

Dr. Plinio - Bom, mas eu pensei que fosse Vossa Excelência (que fosse comentar)...

(risos)

 D. Mayer - Você faça um comentário. Eu vim todo apressado para ouvir o comentário...

Dr. Plinio – Para repetir na CNBB, para os bispos, é? (risos)

D. Mayer - Você faz o comentário e depois eu faço outro comentário. Você faz esse e eu faço o outro.

Dr. Plinio - Bom, para obter o outro, eu faço este.

D. Mayer - Está bom.

(risos)

Nota: A continuação deste Santo do Dia encontra-se em https://www.pliniocorreadeoliveira.info/Mult_741118_Santos_combatem_erros_epoca.htm


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