Plinio Corrêa de Oliveira
“Catolicismo”, Nº 89, Maio de 1958, págs. 1 e 2
“Examinai, por exemplo, a substituição equívoca de valores realizada pelo progresso admirável da velocidade mecânica. Fascinado por ela e transpondo as vantagens da rapidez do movimento a coisas que não esperam sua perfeição como conseqüência de mudanças rápidas, mas, pelo contrário, adquirem a fecundidade na estabilidade e fidelidade às tradições, o homem “das velocidades doidas” tende a se tornar na vida como que um caniço agitado pelo vento, estéril em obras duradouras e incapaz de se sustentar a si mesmo e aos outros”. Pio XII
A monumental Mensagem de Natal do Santo Padre Pio XII, que publicamos em nossos números anteriores (n°s 87 e 88, de março e abril de 1958), merece um estudo aprofundado, da parte de todo o orbe católico. É para servir de subsídio a tal estudo que queremos consagrar ao documento pontifício alguns comentários.
Salvo nos círculos especializados, em que se segue com interesse a marcha cambaleante da filosofia dita moderna, os progressos da técnica estão provocando impressões simultâneas e díspares, em que coexistem um entusiasmo vivaz e cândido que toca as raias da adoração, e uma certa desilusão ainda incipiente, se bem que já veemente. Essas impressões, entretanto, não são ainda tais, que estejam a se transformar em atitudes filosóficas definidas. É bem este o momento para esclarecê-las com as luzes da fé e do bom senso, de maneira a evitar futuros desastres. E para pessoas nesse estado de espírito, o documento pontifício é rico em “aperçus” do maior valor.
O fato fundamental
O Sumo Pontífice tem em mente, em sua Mensagem, um fenômeno cultural que é particularmente agudo na Europa e nos Estados Unidos. De um lado, os erros da filosofia desgarrada da Fé vêm conduzindo sistematicamente certas escolas a um pessimismo total em relação à existência e ao universo. De outro lado, as condições da vida hodierna criam em muitas almas uma profunda receptividade a essa tendência filosófica. O gosto do absurdo em certos ambientes “blasés”, a sensação, em outros círculos, de que a técnica vai tornando cada vez mais penosa, e até insuportável, a existência quotidiana, as recordações ainda vivas das tragédias da segunda guerra mundial, e por fim as perspectivas de uma hecatombe cósmica produzida pela técnica na eventual terceira guerra, geram em certos espíritos a idéia de que o progresso tem por conseqüência forçosa uma catástrofe, a ciência é nociva e, em última análise, o universo é mal construído. Pois, se até o próprio progresso conduz ao desastre, é porque não há ordem no cosmos.
Acrescente-se a esse quadro a visão de uma indiscutível decadência moral e intelectual das massas, uma baixa de tom em todos os campos, tanto mais acentuada quanto mais progride a técnica, e será fácil compreender como os espíritos desiludidos estão propensos a receber as elucubrações apresentadas com algum vigor literário por Sartre, medro divulgador de Kirkegaard, pensador mais profundo, mas que em uma época menos preparada teve fama muito menos geral.
Perante esse estado de espírito de largos setores da opinião ocidental, e das doutrinas filosóficas em que eles procuram escudar-se, Pio XII reafirma o princípio de que o universo é uno e bem construído, obra que é de um Deus infinitamente sábio, bom e poderoso. Em seguida, mostra o papel de Nosso Senhor Jesus Cristo na ordem universal, e por fim aponta o papel da Fé e da moral na direção de um progresso que não pode ser nocivo senão quando se desvia do ensinamento da Igreja.
Procuremos fazer uma enumeração das diversas doutrinas ou estados de espírito contra os quais o Santo Padre alerta, direta ou indiretamente, os fiéis, em sua mencionada alocução.
1 — A adoração ou embriaguez da técnica
Em primeiro lugar, a “tecnolatria”, isto é, uma tal admiração da técnica e do progresso que pode levar a uma verdadeira apostasia: “Outros, contemplando o vasto desenvolvimento da ciência moderna, que estendeu o conhecimento, e o poder do homem até os espaços siderais, como que fascinados e cegos pelos resultados que obtiveram, não sabem admirar senão as ‘grandezas do homem’, e fecham voluntariamente os olhos às ‘grandezas de Deus’. Ignorando ou esquecendo que Deus está ainda mais alto do que os próprios céus e que seu trono repousa sobre o cume das estrelas ( cfr. Job 22, 12 ), eles não percebem mais a verdade e o sentido do hino cantado pelos Anjos sobre a gruta onde se manifestou a suprema grandeza divina: ‘Gloria in excelsis Deo’; são pelo contrário tentados a substituí-lo por um ‘Gloria na terra ao homem’, ao homem que inventa e realiza tantas coisas, ao ‘homo faber’, como o chamam certos filósofos, porque revelou sua grandeza nas obras que aparentam sobrepujar toda medida humana”.
Como se vê, a sobrestimação da técnica pode afastar tanto de Deus quanto uma seita filosófica errada.
Claro está que muitas vezes essa adoração passa despercebida às próprias pessoas que a ela se entregam. Será o caso de incluir no exame de consciência, relativamente ao 1º Mandamento, esta pergunta: amei exageradamente a técnica?
Este entusiasmo pela técnica pode não chegar a tão flagrante excesso. Pode não constituir uma adoração, mas “uma espécie de embriaguez”, como bem diz o Santo Padre. Neste caso produzirá naturalmente efeitos menos graves.
Alguns destes efeitos podem ser:
- a) desinteresse pelos assuntos da Religião, e inapetência do que é espiritual, porque afastam o espírito do ambiente próprio à técnica;
- b) confiança na técnica para resolver todos os problemas do homem e da sociedade, relegadas a um plano secundário a Religião e a moral;
- c) desprezo das vantagens proporcionadas ao homem pela filosofia, pela literatura, pelas belas artes: só os frutos da técnica são indispensáveis, o mais é supérfluo;
- d) a glória verdadeira toca ao “homo faber”, pois seu espírito se consolida varonilmente nas certezas que as ciências conducentes à técnica e a experiência conferem; sua vontade forte e audaciosa está em vias de conquistar o universo; o teólogo, o filósofo, o literato e o artista são espíritos fracos, que vivem nas penumbras das meias certezas, guiados pelo sentimento, fechados à realidade prática, e por isto incapazes de participar com energia na luta pela subjugação do universo.
Como se vê, essas conseqüências menos graves são no entanto gravíssimas. A embriaguez da técnica poderia ser, ao lado da adoração da técnica, um ponto utilíssimo de exame de consciência quanto ao 1º Mandamento.
O combate à tecnolatria é formal desejo do Pontífice: “É chegado o momento de reconduzir a suas justas proporções a admiração do homem moderno por si mesmo”.
Não se trata de recusar ao técnico o valor que em justiça lhe pertence. Mas é preciso reconhecer que, enquanto ele, escravo dessa “espécie de embriaguez que as conquistas da técnica suscitam”, ficar só na técnica e recusar dobrar o joelho ante o mundo do espírito e, principalmente, ante a ordem sobrenatural, o técnico será irremediavelmente incompleto: ” …os admiradores do ‘homo faber’ deveriam persuadir-se de que, ao se deterem com admiração e em atitude de adoração diante do presépio do Deus Menino, eles não retardariam sua marcha para o progresso, mas a coroariam com a perfeição do ‘homo sapiens’.
2 — A candura tecnolátrica
Muitos espíritos, no Brasil, professam a idéia ingênua de que todo progresso técnico, pelo próprio fato de constituir um passo à frente em sua esfera peculiar, não produz nem pode produzir inconvenientes em outros campos.
Esta candura resulta de um deslumbramento infantil em face de certos resultados imediatos da técnica. Assim, as grandes cidades, cujas ruas enxameiam, durante o dia, de automóveis esplêndidos, e cujos céus fulguram à noite com anúncios luminosos coruscantes; os arranha-céus parecidos com palácios de gigantes; a ostentação da riqueza, tudo enfim nos deslumbra. E, embora saibamos que há mil inconvenientes na construção das grandes cidades, continuamos obstinadamente a fazê-las. Porque? Candura invencível: é tão “bonito”, tão “adiantado”, tão “progressista”, que não acreditamos seriamente que daí possam vir males profundos.
O Soberano Pontífice mostra-nos, pelo contrário, que a técnica, depois de um momento de deslumbramento, pode apresentar surpresas tão grandes que até angustiam certos espíritos: “Por isto, o Anjo que anunciou aos pastores as maravilhas do Natal começou por encorajá-los: ‘Não temais, pois vos dou a nova de uma grande alegria para todo o povo’ ( Luc. 2, 12 ). Bem diferentes, ao contrário, os sentimentos que provoca a notícia das novas maravilhas da técnica. Uma vez passado o primeiro movimento de exultação, os homens de hoje, ante o desenvolvimento inesperado de seus conhecimentos e as conseqüências deles decorrentes, ante esta invasão inaudita no microcosmo e no macrocosmo, atormentados por uma certa ansiedade, se perguntam se conservarão o domínio do mundo ou se cairão vítimas do seu próprio progresso”.
3 — A tecnofobia pânica
Esta angústia, ela própria, pode levar e já levou até a um erro que fica no extremo oposto. É a idéia de que todo progresso técnico é em si mesmo um atentado contra a ordem do universo, estabelecida pela Providência.
Técnica e Providência seriam necessária, radical e inevitavelmente termos antitéticos. E a técnica seria o suicídio do homem: “As mudanças imprevisíveis a que conduzem os novos caminhos abertos pela ciência e técnica modernas são encaradas por alguns como qualquer coisa de desarmonioso, destinada a lançar a perturbação e a desordem na unidade feita de ordem e harmonia que é o próprio da razão humana; por outros, ao invés, são essas mudanças consideradas como motivos de séria apreensão pela própria sobrevivência de seus autores. O homem começa a temer o mundo que ele crê ter por fim entre as mãos; teme-o mais do que nunca, e principalmente lá onde Deus não vive verdadeiramente nos espíritos e corações,…”
4 — A egolatria técnica
Temos depois a egolatria técnica. Não é senão um aspecto da embriaguez da técnica. O “homo faber” “se admira unicamente a si mesmo”. Hoje, “o genero humano é composto em grande parte de homens tais”.
Em face da técnica, eles “começam a temer a si próprios”, e por isto é que começam a sentir a tecnofobia pânica.
Justo castigo da apostasia tecnolátrica. Negando a Deus, o “gigante” técnico começa a sentir-se uma formiga.
A raiz deste sentimento de sua própria insignificância está no pecado original e suas conseqüências.
Há uma evidente e maravilhosa perfeição no universo: “Desde seu primeiro contacto coma o universo, o homem foi arrebatado por sua incomparável beleza e por sua harmonia. O céu resplandecente de luz ou constelado de estrelas, os oceanos de extensões imensas e matizes variegados, os cumes inacessíveis das montanhas coroadas de neve, as verdes florestas regurgitantes de vida, a sucessão regular das estações, a variedade multiforme dos seres, arrancaram-lhe do peito um grito de admiração! Participante ele próprio dessa beleza, entreviu-a mesmo nos elementos desencadeados, como expressão do poderio do Criador: ‘Potentior aestibus maris, potens in excelsis est Dominus’ ( Sl. 92, 4 ); ‘Tonabit Deus in voce sua mirabiliter’ ( Job 37, 5 ). Com razão, um povo antigo de elevada civilização não encontrou palavra mais apta para designar o universo do que ‘kosmos’, isto é, ordem, harmonia, beleza”.
Entretanto, em tudo quanto o homem faz, em sua existência terrena, e em seu próprio ser, há uma imperfeição que vem do pecado original e dos pecados que se lhe seguiram: “No entanto, cada vez que o homem se contemplou a si mesmo e comparou as próprias aspirações com suas obras, prorrompeu em gemidos de desalento em virtude das contradições, desarmonias e desordens numerosíssimas que dilaceravam sua vida. Como seu antepassado, o homem moderno se debate entre a admiração extática do mundo da natureza, explorado até seus recantos mais profundos e longínquos, e a amargura do desalento que lhe proporciona a existência caótica por que ele próprio é responsável. O contraste entre a harmonia da natureza e a desarmonia da vida, em lugar de se atenuar com o desenvolvimento da capacidade de conhecer e agir, parece, ao contrário, acompanhá-lo como sombra sinistra. No isolamento em que está envolvido, o homem moderno não cessa de repetir as lamentações do sofredor de Hus: “Eis que eu brado sob a opressão e ninguém me escuta; reclamo ajuda mas não há justiça” (Job 19, 7)”.
5 – A tecnofobia pânica pode conduzir ao ateísmo ou à gnose
As “almas abertas ao otimismo mais amplo e mesmo mais absurdo” são precisamente as vítimas mais freqüentes da tecnofobia pânica. Seu erro consiste em “estender a todo o cosmos e a suas leis fundamentais as incoerências inegáveis que o mundo apresenta e cuja responsabilidade faz-se recair sobre o próprio Criador”.
Daí o fato de que, “em parte da humanidade atual, a vista das desarmonias do mundo conduz a um julgamento de condenação de toda a criação, como se a desarmonia devesse ser a marca necessária dela, sua inevitável fatalidade, ante a qual não resta ao homem senão cruzar os braços e resignar-se…”
Como se sabe, a gnose admite a existência de dois deuses, um dos quais, precisamente o criador do universo, é mau. Se não se admitir um deus mau, que é realmente absurdo, cai-se no ateísmo.
E também numa vida de orgia, pois o que resta é “divertir-se com alguns prazeres efêmeros arrebatados à própria desordem reinante”.
6 — O progresso técnico unilateral e materialista
O progresso técnico é essencialmente material. A tecnolatria e a embriaguez da técnica conduzem, pois, à construção de um mundo “materializado”, se assim se pode dizer. De onde uma terrível decadência moral e cultural, e, em uma palavra, humana: “Como explicar tanta indiferença pelo direito de outrem à vida, tanto desprezo dos valores humanos, tanto rebaixamento no tom da verdadeira civilização, a não ser pelo fato de que o progresso material preponderante decompôs o todo harmonioso e feliz do homem, e como que lhe mutilou a sensibilidade a estas idéias e valores, aperfeiçoando-o unicamente numa determinada direção?”
Essa decadência transformou o mundo “num oceano de crueldades e dores que dilacera indivíduos e povos, e que acompanha direta ou indiretamente as realizações do progresso exterior”.
7 — O monstro técnico, “robot” de carne
Nesse ambiente saturado de materialismo técnico gera-se um “robot” de carne, monstro verdadeiro: “A um homem nascido e educado num clima de tecnicidade rigorosa faltará necessariamente uma parte, e não a menos importante, de sua totalidade, como se ela se tivesse atrofiado sob a influência de condições hostis a seu desenvolvimento natural. Da mesma maneira que uma planta cultivada em terreno a que se subtraíram substâncias vitais manifesta uma ou outra qualidade, mas não reproduz o tipo inteiro e harmonioso, assim também a civilização ‘progressista’, queremos dizer unicamente materialista, banindo certos valores e elementos necessários à vida das famílias e dos povos, acaba por privar o homem da faculdade autêntica de pensar, de julgar e de agir”.
8 – A superficialidade e a instabilidade técnica
Quem não tem lamentado esses dois defeitos do homem moderno: a instabilidade e a superficialidade? Pio XII, com visão genial, os relaciona com a idolatria ou a embriaguez da técnica: “Esta ( a faculdade autêntica de pensar, de julgar e de agir ), com efeito, para captar o verdadeiro, o justo, o honesto, para ser, numa palavra, ‘humana’, exige a máxima extensão, e isto em todos os sentidos. O progresso técnico, pelo contrário, quando aprisiona o homem em seus elos, separando-o do resto do universo, especialmente do espiritual e da vida interior, conforma-o a suas próprias características, das quais as mais notáveis são a superficialidade e a instabilidade”.
Entretanto, aponta Sua Santidade também para este mal uma causa essencialmente moral, isto é, o gosto das novidades. São numerosos hoje, e causam explicável apreensão, os homens que “se deixam seduzir tão fortemente pela atração das novidades que desprezam os outros valores autênticos, em particular os que sustentam a sociedade humana”.
Na raiz última destes males, Pio XII aponta sempre, com sábia insistência, o pecado original, com seu triste cortejo de conseqüências: “O processo desta deformação não parecerá misterioso se se considerar a tendência do homem a aceitar o equívoco e o erro, quando estes lhe prometem uma vida mais fácil”.
9 — O revolucionário das velocidades doidas
Desta chaga vem uma propensão contínua para destruir as sábias e santas barreiras, que a tradição cristã conserva para refrear os desmandos do espírito e da carne.
Estas barreiras vêm sendo aluídas por um tufão inovador e revolucionário, uma verdadeira mania de novidades, cuja relação com a técnica o Pontífice aponta com esplêndida sagacidade: “Examinai, por exemplo, a substituição equívoca de valores realizada pelo progresso admirável da velocidade mecânica. Fascinado por ela e transpondo as vantagens da rapidez do movimento a coisas que não esperam sua perfeição como conseqüência de mudanças rápidas, mas, pelo contrário, adquirem a fecundidade na estabilidade e fidelidade às tradições, o homem ‘das velocidades doidas’ tende a se tornar na vida como que um caniço agitado pelo vento, estéril em obras duradouras e incapaz de se sustentar a si mesmo e aos outros”.
10 – A ininteligência científica
Esta errônea transposição do ambiente tecnicista para outras esferas acaba criando um cientificismo ininteligente, em que os sentidos têm um papel preponderante e a inteligência se dilui num triste crepúsculo: “Equívoco semelhante resulta do desenvolvimento, admirável em si, da eficácia dos sentidos, a que os prodigiosos instrumentos modernos de pesquisa dão o poder de ver, ouvir, medir o que existe, o que se move e se transforma, quase que nos últimos recantos do universo. Orgulhosos de um poder a tal ponto acrescido, e quase inteiramente absorvido pelo exercício dos sentidos, o homem ‘que tudo vê’ é levado, sem se dar conta, a reduzir a aplicação da faculdade plenamente espiritual de ler no interior das coisas, isto é, da inteligência, a tornar-se cada vez menos capaz de amadurecer as idéias verdadeiras de que se nutre a vida”.
11 – O homem massa, carneiro técnico
Por fim cria-se um tipo humano sem personalidade, sem iniciativa, mero acessório escravizada à máquina, carneiro de uma docilidade automática e imbecil, cidadão ideal e anônimo do Estado igualitário e socialista: “Igualmente as aplicações múltiplas da energia material, admiravelmente aumentada, tendem dia a dia mais a encerrar a vida humana num sistema mecânico que faz tudo por si mesmo e a sua própria custa, diminuindo assim os estímulos que antes constrangiam o homem a desenvolver sua energia pessoal”. Veremos, em outro artigo, como o Santo Padre aponta em Nosso Senhor Jesus Cristo o remédio para estes males, e no verdadeiro católico, vulnerado pelo pecado original mas confortado pela graça, o homem capaz de usar a técnica sem as horríveis aberrações com que dela se tem feito uso no século XIX e no século XX.