( I H S )
São Paulo, 9 de setembro de 1939
Meu caro Dr. Alceu,
Mando-lhe, por hoje, um rápido bilhete, que, por tratar de assunto urgente, me leva a lhe pedir uma resposta breve, por mais sucinta que seja.
(…)
Pelo José Pedro, recebi seu recado referente à minha última carta [de 10 de junho]. O Sr. fez bem em não respondê-la, porque o assunto único ou ao menos principal de que ela tratava, isto é a “Spes”, está encaminhado. De mais a mais, só que eu queria é que o sr. ficasse bem informado dos fatos. Infelizmente, mesmo depois de tudo aquilo que eu lhe escrevi, houve da parte do “Legionário” demoras que deploro. Não tento explicá-las ao “x” (…). É que ele não pode fazer ideia da sobrecarga de serviço dos que vivemos todos, aqui. O Sr. entretanto, que também vive sobrecarregado, sabe o que são estas coisas.
Estamos ansiosamente à espera da nova Encíclica papal que deverá esclarecer muita coisa. Felizmente, os prognósticos do “Legionário” sobre a afinidade nazístico-comunista se confirmaram plenamente. “Felizmente”, ou, dizendo melhor, “infelizmente”. Como seria agradável não ter razão neste caso!
O contentamento que reina por aqui pela eleição do novo Arcebispo é grande.
Um afetuoso abraço, e reze muito pelo
amigo em Nosso Senhor
Plinio
Nota: Clique aqui para consultar a vasta correspondência entre o Prof. Plinio e Alceu de Amoroso LIma (Tristão de Athayde), de 1930-1939. Até o presente momento, tanto quanto nos conste, esta é a última carta enviada.