CHINA – Coletânea de documentos relativos à (*)

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Nossa Senhora da Libertação, Imperatriz da China

Para um minucioso acompanhamento dos fatos mais recentes ocorridos na China, sugerimos o excelente blog Pesadelo chinês, sempre muito atualizado, com as fontes mais dignas de crédito a respeito do que se passa naquele país e região, que tanto padecem devido ao velho tacão comunista e a respeito do qual tantos “defensores da democracia” se calam…

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O heróico Cardeal Ignácio Kung Pin-mei, em chinês tradicional  龔品梅 (P’ou-tong, 2 agosto 1901 – Stamford, 12 marzo 2000), foi chamado pelos próprios comunistas de “(cardeal) Mindszenty chinês”. Transcorreu 30 anos de sua vida nos cárceres dos totalitários seguidores de Mao, mantendo-se fiel à Santa Sé, sem jamais transigir com seus algozes. Sua longa e bela existência merece ser devidamente conhecida, sobretudo nos presentes dias. 

* Em 1937: O Departamento de Estado [norte-americano] anuncia que as licenças de exportação de armas e material de guerra para a China, durante o mês de Novembro, atingiram um total de 1.702.970 dólares. Para a URSS as licenças de exportação de material bélico alcançaram a soma de 805.612 dólares, sendo essas exportações sobretudo de fuzis, carabinas e metralhadoras. Por outro lado, um recente telegrama da Itália informa que o governo daquele país comunicou ao da China que a assinatura do pacto antissoviético não impede à Itália a venda de armamentos aos soldados chineses. Tanto por parte da Itália, quanto dos Estados Unidos, há uma grande contradição. Não compreendemos como os Estados Unidos vendem armas aos comunistas. Isto é, aos mais perigosos e abomináveis inimigos da civilização. E tão pouco compreendemos como a Itália vende armas aos chineses aliados dos comunistas, contra os quais ela se compromete a lutar no pacto anticomunista firmado com a Alemanha e o Japão (Legionário, 12 de dezembro de 1937, “7 Dias em Revista“)

* Em 1938: É preciso que a opinião pública saiba que um governo estrangeiro pretende governar no Brasil como se este fosse uma nova China. Nunca consentiremos que o Brasil venha a ser uma nova China, rinha de briga de países estrangeiros (Legionário, 27 de março de 1938, n. 289, “Inqualificável”).

* Em 1943: O perigo muçulmano è imenso. O ocidente parece fechar-lhe os olhos, como os têm ainda semi-cerrados ao imenso perigo do paganismo amarelo (Legionário, 5 de dezembro de 1943, n. 591, “A questão libanesa”).

* Em 1945: Há todo o problema do Oriente. A questão da reorganização da China interessa sobremodo aos russos. A China será a grande dominadora do Extremo Oriente. Em que sentido atuará ela como potência amarela? Apoiará a política colonial anglo-americana em detrimento da Rússia? Ou, pelo contrário, apoiará a Rússia contra os anglo-americanos? O problema é grave, porque na primeira hipótese, todos os sonhos da expansão soviética na Ásia oriental e mesmo média, ficam limitados. E, na segunda hipótese, através da “longa manus” chinesa, o facão bolchevista pode ser facilmente enterrado no flanco da Índia (Legionário, 12 de agosto de 1945, N. 679, “Pela Europa”).

* Em 1946: Na China, as hostilidades passaram do estado de fagulhas esporádicas para o de pequenos incêndios locais. Os telegramas já falam francamente em guerra civil em certas regiões. O martírio do povo chinês está longe de ter chegado ao seu termo (Legionário, 18 de agosto de 1946, N. 732, “7 Dias em Revista”).

* Em 1947: O mundo ocidental errou e capitulou diante do “putch” comunista na Hungria, na Bulgária, na China, mostrou-se míope e fraco. Depois disto, o que não podem esperar os soldados da foice e do martelo? (Legionário, 22 de junho de 1947, N. 776, “7 Dias em Revista”).

* Em 1956: A agência “Nova China” noticiou que 160 mil literatos e artistas chineses trabalharam em fábricas e no campo durante o ano de 1965. O órgão oficial do Partido Comunista daquele país, “Diário do Povo”, escreveu a esse respeito que o trabalho físico é o único meio de bolchevizar efetivamente os escritores e artistas. (Igualitarismo estúpido, Catolicismo, junho de 1956, N. 186).

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Em 1952 ainda, este varão estava em plena atividade. Seus ombros suportavam o fardo do episcopado. Seu nome é Mons. Alfonso Ferroni, O.F.M. Sua nacionalidade, italiana. Sua Diocese, de Laohokow, na China, caiu sob o poder dos vermelhos, que o sujeitaram a toda sorte de maus tratos. Ele recusou heroicamente aderir ao marxismo. E o resultado aí está. A ferocidade dos asseclas de Chu En-Lai deixou sua marca nesta face. Esplendida expressão dos dois valores em luta: a virtude sobrenatural da Igreja, e a infâmia satânica do comunismo (Catolicismo, fevereiro de 1957, N. 74).

Diretrizes secretas do Partido Comunista Chinês para destruir o Catolicismo: “Cativar o inimigo para suprimir o inimigo”. “Infiltrar todas as instituições da Igreja, ganhar a simpatia dos fiéis e desse modo tornar possível introduzir-se na própria direção da Igreja” / Síntese histórica da situação religiosa na China a partir de 1920, quando o marxismo-leninismo se enveredou naquela nação (Catolicismo, agosto de 1958, n. 92).

Nas páginas de “Catolicismo”, escrevia o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em janeiro de 1960:

“Assim se vai acentuando a bicefalia do mundo comunista: uma cabeça está em Moscou e outra em Pequim.

“E essas cabeças têm fisionomia e linguagem diversa. Uma [Rússia] olha gentil, sorri, e começa a parecer fraca. A outra [China] carrega o olho, ameaça, e vai-se tornando sempre mais forte. ….

“A Rússia tenderá a anestesiar e dividir o Ocidente, cada vez mais, enquanto a China irá tomando paulatinamente ares de flagelo mundial. Parecerá necessário aceitar o amplexo russo, a aliança do Kremlin, para fazer face ao monstro chinês. Nesse amplexo com a lepra, esta nos contagiará. Teremos para com o novo aliado todas as fraquezas, as condescendências, as imprudências que tivemos para com Tito. E assim a hidra comunista irá progredindo. ….

A China, dizíamos, vai lentamente começando a intimidar e a imobilizar os poltrões do Ocidente. A Rússia, cada vez mais, agrada, ilude e atrai os tolos. Uns e outros, poltrões e tolos, tendem a recuar, transigir, conciliar a todo custo. E, francamente, quando alguém tem de seu lado todos os tolos e todos os poltrões, pode jactar-se de dispor de uma esplêndida maioria” (Catolicismo Nº 109 – Janeiro de 1960, A Revolução em 1960)

* O “New York Herald Tribune” apresentou esta “charge” sagaz de Mauldin, a propósito da “rivalidade” e até do “antagonismo” entre o comunismo soviético e o comunismo chinês. Um ocidental com a fisionomia estúrdia marcada por um largo sorriso otimista e ininteligente, se apronta para pisar com passo rápido na terrível armadilha que o cortará ao meio (Espertezas do tolo-risonho, Catolicismo, novembro de 1963, N. 155).

* A divisão em “linha russa” e “linha chinesa” não passa de um “bluff” propagandístico (Catolicismo, maio de 1967, N. 197).

* Até que ponto é profunda, consistente e durável a animosidade recíproca, alardeada por Moscou e Pequim? Tópico “O dissídio sino-russo e o “aggiornomento” soviético: fundas suspeitas” (Catolicismo, novembro de 1967, N. 203).

* Há alguns anos, o comunismo internacional constituía um monolito doutrinário, cultural e político. Posteriormente, esse monolito se foi fragmentando. (…) Na Ásia, abriu-se a imensa frincha com a China. Daí, decorreu o fracionamento dos meios comunistas de todo o orbe em duas tendência rivais, a pró-russa e a pró-chinesa. A cisão Rússia-China, tão vistosamente afirmada na imprensa dessas duas potências, é bem menos profunda do que parece. Entre os dois “grandes” do comunismo, persistem pontos de contato de importância vital, cuidadosamente deixados na sombra por ambos. Assim, Moscou e Pequim continuam a apoiar o Vietnã do Norte, e isto com tanta efusão e vigor, que Nixon se considera forçado a abandonar gradualmente à sua triste sorte o Vietnã do Sul. (…) Chang Kai-Chek só não desembarca suas tropas na China Continental, para ali iniciar a contra-revolução, porque os Estados Unidos lho proíbem. E porque esta proibição? Os Estados Unidos poderiam quiçá ser derrotados pela China? Evidentemente, não. Se o desembarque dos chineses, em apoio dos anticomunistas de sua pátria, não se opera, é porque os Estados Unidos receiam represálias soviéticas. Por tudo isto, é forçoso admitir que a Rússia e a China não estão tão cindidas assim. E que ambas escondem algo por detrás de sua alardeada cisão (Folha de S. Paulo, 27-8-1969, “Plateau de fromages”).

A anunciada visita de Nixon à Rússia se insere no mesmo contexto de seu projeto de ir à China (Folha de S. Paulo, 17-1-1971, “A burguesia deverá ser adormecida”).

* Depois do estrondo publicitário organizado em escala mundial para prestigiar a viagem do presidente Nixon à China… (Folha de S. Paulo, 29-8-1971, Enquanto baixa a poeira, um alarido se levanta…).

* A agenda (da viagem de Nixon a Moscou) / Seria impossível não mencionar ainda o problema China-Rússia. A se tomar inteiramente a sério – e eu não a tomo – a existência de uma cisão autêntica entre os dois “grandes” do comunismo, a Rússia, tão disposta à aventura da guerra a propósito de outras questões, não se lançará à mesma aventura, desde que perceba que Pequim está realmente no jogo de Washington? (Folha de S. Paulo, 21-5-1972, A agenda).

* A China comunista só poderá desenvolver-se e alçar-se à condição de superpotência imperialista, com o concurso de uma nação capitalista de grande importância (Folha de S. Paulo, 1-10-1972, Pesadelo: dois eixos).

* O delegado do Vaticano na Organização Internacional do Trabalho, Mons. Silvio Luoni, exaltou o modelo do desenvolvimento chinês. Apesar de “toda classe de reservas” feita pelo prelado, deixa ele entrever que um comunismo autêntico, como o chinês, é compatível com a admirável herança tradicional do povo chim. O que importa em dar do comunismo uma imagem que, além de falsa, é propagandística (Folha de S. Paulo, 7-8-1973, O suicida vai bem, obrigado).

* Declarações do Cardeal Yu Pin, Arcebispo de Nanquim, reitor da Universidade Católica de Taipé (Formosa): “Os católicos da China certamente não são simpáticos a esse tipo de atitude [negociações entre o Vaticano e o regime comunista de Pequim]” e o Vaticano não deve esperar que a China comunista modifique sua política anti-religiosa, “nem mesmo por razões de propaganda”. “Não nos agrada sermos pacificados por outros. Queremos permanecer fiéis aos valores perenes da justiça internacional. (…) O Vaticano pode agir de modo diverso, porém não nos comoveríamos muito com isso. Penso que é ilusória a esperança de que um diálogo com Pequim ajudaria os cristãos do continente (chinês). (…) O Vaticano nada está obtendo para os cristãos da Europa Oriental. (…) Se o Vaticano não pode proteger a religião, ele não tem muita razão para continuar no assunto. (…) Queremos permanecer fiéis ao nosso mandato, mas somos vítimas da repressão comunista. Sob tal aproximação (do Vaticano com a China comunista), nós perderíamos a nossa liberdade. Como chineses, temos que lutar por nossa liberdade. (…) Eu organizaria um verdadeiro exército, se pudesse, para proteger a Igreja” (Folha de S. Paulo, 12-5-1974, Mais um Cardeal em resistência).

The Church and the communist state: the impossible coexistence (in traditional chinese)

The Vatican policy of detente toward the communist governments. For the TFP: to withdraw? or to resist (in traditional chinese)

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