Devemos pedir empenhadamente: “Enviai Vosso Espírito e renovareis a face da Terra”

Jasna Gora, 17 de maio de 1986

A D V E R T Ê N C I A

Gravação de conferência do Prof. Plinio com sócios e cooperadores da TFP, não tendo sido revista pelo autor.

Se Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério da Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como homenagem a tão belo e constante estado de espírito:

“Católico apostólico romano, o autor deste texto  se submete com filial ardor ao ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto,  por lapso, algo nele ocorra que não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.

As palavras “Revolução” e “Contra-Revolução”, são aqui empregadas no sentido que lhes dá Dr. Plinio em seu livro “Revolução e Contra-Revolução“, cuja primeira edição foi publicada no Nº 100 de “Catolicismo”, em abril de 1959.

 

Eu acho que nós faríamos uma boa coisa como comemoração do acontecimento inefável pelo qual, estando a Igreja primitivíssima, saindo cambaleante de dentro do Sangue de Cristo e carregada ainda com o peso de todas as defecções do Monte das Oliveiras e de todos os abandonos do Monte das Oliveiras, Ela rezava, rezava, rezava com Nossa Senhora no Cenáculo. E se deu o inefável, o inesperado. E aqueles homens se transformaram de repente nas figuras de gigantes que são os Apóstolos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Nós devemos, mas devemos absolutamente pedir a Nossa Senhora já hoje [sábado], que é vigília do Espírito Santo, o Esposo dEla, por obra de Quem, de um modo misterioso e sublimíssimo, foi gerado nas entranhas virginais dEla Nosso Senhor Jesus Cristo, e ali o Verbo Se fez Carne e habitou entre nós, pois então, nós devemos nessa ocasião, hoje e amanhã, pedir a Nossa Senhora em-pe-nha-da-men-te que faça vir sobre nós as graças do Divino Espírito Santo.

Porque há certas coisas que sem as graças do Divino Espírito Santo não andam, e com elas voam!

E eu queria tornar bem claro isso: que é a festa da esperança é a festa de Pentecostes! Porque, de um instante para outro, foi dado a eles aquilo que, vivendo duzentos anos numa economia comum da graça talvez eles não conseguissem.

Nós não poderíamos dizer como os Apóstolos “trabalhamos a noite inteira e não conseguimos pescar”? Há quantos anos nós estamos trabalhando nos mares turvos de nossa vida espiritual e pescamos pouco?

Num momento, a graça do Espírito Santo pode nos transformar.

Aquela jaculatória, eu acho lindíssima: “Emitte Spiritum tuum et creabuntur, et renovabis faciem terrae” – Mandai, ó Deus, do alto do Céu, o Vosso Espírito, Espírito Santo. “Et creabuntur”: as coisas serão criadas, como que nascerão do nada, no vácuo de nossa vida espiritual.

“et renovabis faciem terrae”: a face da Terra será renovada! Quer dizer, virá o Reino de Maria.

Tenho o enorme empenho em que a festa de amanhã [Pentecostes] seja objeto de muita atenção, de muita reflexão e de muita oração de nossa parte.

E que os srs. repitam – é um conselho; não é uma ordem -, repitam no seu Rosário, pelo menos nos mistérios Gloriosos, o terceiro dos quais é exatamente a descida do Divino Espírito Santo sobre Nossa Senhora e os Apóstolos, que os Srs. repitam o “emite spiritum tuum” depois de cada Ave-Maria do terceiro Rosário, pelo menos. E que tenham em mente isto quando assistirem Missa ou comungarem.

Quer dizer, que Nossa Senhora faça baixar graças esplendidíssimas do Divino Espírito Santo sobre toda a TFP… sobre todas as TFPs porque, evidentemente, desejo com toda alma para todas as TFPs, não só as que existem, mas que estão por existir.

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