Lepanto (7/10): Confiança em Nossa Senhora, verdadeiro lema da vitória

Santo do Dia de 7 de outubro de 1987

A D V E R T Ê N C I A

Gravação de conferência do Prof. Plinio com sócios e cooperadores da TFP, não tendo sido revista pelo autor.

Se Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério da Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como homenagem a tão belo e constante estado de espírito:

“Católico apostólico romano, o autor deste texto  se submete com filial ardor ao ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto,  por lapso, algo nele ocorra que não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.

As palavras “Revolução” e “Contra-Revolução”, são aqui empregadas no sentido que lhes dá Dr. Plinio em seu livro “Revolução e Contra-Revolução“, cuja primeira edição foi publicada no Nº 100 de “Catolicismo”, em abril de 1959.

 

Eu, na narração da Batalha de Lepanto que foi dada aqui pouco antes, eu gostei muito de ver que a batalha tem característica da coisa boa: duas vezes o adversário penetrou nas naus, nas naus católicas.

Não sei se os senhores calculam o que é que é isso numa batalha: o adversário chegar até o mastro principal do navio da nau capitânia. Bem, os espanhóis, os católicos não recuaram, bateram, bateram, expulsaram, entraram na nau do outro, e o príncipe Farnese, duque de Parma, entrou tão longe, que ele entrou sozinho, numa nau, combatendo.

No fim, aquele Ali qualquer coisa, que chefiava a esquadra maometana, a justiça de Deus o pegou e a justiça dos homens completou o que a justiça de Deus tinha começado a fazer. E Dom João D’Áustria completou a obra proclamando com uma lança: Deus é justo!

Esta visualização das coisas indica a batalha verdadeiramente católica, a batalha que é travada contra inimigos de verdade, a batalha que é travada contra inimigos que às vezes investem e às vezes conquistam ou reconquistam uma parte do terreno.

Para o católico a hora “H”, a hora ápice, não é a hora em que ele avança num raio de luz e que todo mundo percebe que um Anjo o protege, não! É na hora em que parece tudo comprometido e ele não tem medo de nada, ele diz:

“Está bem, eu vou redobrar, mas vocês vão voltar para trás! Eu não desanimo, eu confio! Confiança, confiança em Nossa Senhora é a nossa grande palavra de ordem, é o verdadeiro lema de nossa vitória!”

Hoje é o dia do Sacratíssimo Rosário, festa de Nossa Senhora  do Rosário. É ultra o momento e a ocasião de pôr em valor isso: a festa de Lepanto é a festa do Rosário.

São Pio V junto à janela e ali teve o êxtase e a revelação de que a Batalha tinha sido ganha.

Quer dizer, é o Rosário que trouxe a vitória, o Rosário que trouxe a revelação.

O que se poderia narrar de fatos históricos que há de graças concedidas pelo Rosário é extraordinário!

Foi afirmado aqui que eu disse, algum tempo atrás, que se na TFP se parasse de rezar o Rosário, ela não durava três meses. Eu me pergunto, no cerco de hoje, na decadência de hoje, se ela duraria três dias… Eu ponho minhas dúvidas, porque na TFP para se deixar de rezar o Rosário, tanta coisa teria caído antes, tanta coisa teria caído ao mesmo tempo, e tanta coisa cairia logo depois, que eu acho: três dias era o máximo para a TFP se desfazer!…

Não percamos isto de vista! não percamos isto de vista!

Quer dizer, é a Nossa Senhora, se quiserem sob a invocação de Nossa Senhora  do Rosário – ou qualquer outra invocação -, é à Nossa Senhora  que devemos tudo isto, a vencedora é Ela! E por causa disso há uma frase que antigamente se punha ao pé de certas imagens, e que creio é da liturgia: “Gaude Maria virgo cunctas haereses sola interemisti in universo mundo – Vós sozinha esmagastes todas as heresias no mundo inteiro”.

Quem esmaga é Ela! Para usar a lindíssima metáfora de São Luís Grignion de Montfort: “sejamos o calcanhar dEla”!

Com isso meus caros eu devo dizer que o nosso Santo do Dia está encerrado.

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