Milagres cientificamente comprovados no Santuário de Nossa Senhora em Lourdes (11/2): a reação dos céticos e a dos católicos tíbios

Santo do Dia, 3 de fevereiro de 1965

A D V E R T Ê N C I A

O presente texto é adaptação de transcrição de gravação de conferência do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira a sócios e cooperadores da TFP, mantendo portanto o estilo verbal, e não foi revisto pelo autor.

Se o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério tradicional da Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como homenagem a tão belo e constante estado de espírito:

“Católico apostólico romano, o autor deste texto  se submete com filial ardor ao ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto,  por lapso, algo nele ocorra que não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.

As palavras “Revolução” e “Contra-Revolução”, são aqui empregadas no sentido que lhes dá o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em seu livro “Revolução e Contra-Revolução“, cuja primeira edição foi publicada no Nº 100 de “Catolicismo”, em abril de 1959.

 

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Uma palavra a respeito de Nossa Senhora de Lourdes. Aqui mais uma vez vemos a má fé dos adversários com que lutamos. É uma reflexão que já tive ocasião de fazer o ano passado, mas que repito agora. Se não houvesse os milagres de Lourdes, eles diriam:Se ao menos houvesse milagres, eu acreditaria. Mas milagres só havia antigamente, em outros tempos. Se os houvesse hoje, eu seria o primeiro a ficar entusiasmado!…”

E muito católico “laranja” [tíbio, superficial, de meia pataca] diria: “É verdade… Por que Deus não faz um milagre para ele? Ele está dizendo que se converteria…”

Nossa Senhora há cem anos vem obtendo milagres em Lourdes. Os senhores sabem que esses milagres são examinados com uma severidade tão grande que alguns até sustentam que é exagerada e que dos milagres que acontecem e que poderiam ser comprovados como tais, apenas uma pequena parte é comprovada como milagre. Mas o exagero aqui tem a vantagem de provar que se trata de milagre mesmo.

O que faz esta gente diante do argumento do milagre? Prova-se que houve milagres em Lourdes com radiografias, com exames de laboratórios, com as provas mais seguras que há, a resposta é: “Ahhh…” e ficam quietos. Por quê? Eles são assim, não se entregam, não retrocedem diante de nenhuma espécie de argumento.

Há dois milagres de Lourdes que já mencionei, mas há uma tal campanha de silêncio a respeito de Lourdes, que devemos insistir nesse ponto.

Um desses milagres é o de menino que sofreu uma doença no nervo ótico, por onde como que se destruiu a sua retina. Portanto, o conduto da imagem visual para o cérebro ficou destruído. Impossibilidade completa, portanto, de ver qualquer coisa. Isto pode ser comparado por aqueles aparelhos do oculista. Foi mil vezes examinado e foi verificado que esse menino não tinha mais condições de ver, que estava cego.

Foi à gruta de Lourdes, não via, banhou-se com a água de Lourdes; começou a ver, mas sem o nervo ótico! Quer dizer, é ultra milagre! Isto foi comprovado por todo mundo que quis, inclusive um médico inglês protestante se converteu por causa disso. Não tinha nervo ótico o menino. É mais ou menos como uma máquina fotográfica que fotografa quando não tem chapa. É milagre mesmo!

Outro milagre deu-se na Bélgica, não na gruta de Lourdes, mas diante de uma imagem de Nossa Senhora de Lourdes. Um sujeito teve um acidente e tinha fraturado um dos ossos da perna. Uma parte central de um dos ossos ficou reduzida a frangalhos e retiraram todos aqueles cacos de ossos. Portanto, uma parte do osso e a outra, de baixo, ficaram descontínuas, com 4 centímetros, se não me engano, de intervalo. Embaixo havia uma parte de osso e em cima outra.

Mas o homem naturalmente não podia fazer apoio nessa perna, porque cedia. Então, ele andava arrastando aquela perna, andava de muletas. Isto foi provado com radiografias, existe a prova, o atestado do médico que tirou dele aqueles fragmentos de ossos, de maneira que ficou tudo mais do que demonstrado. Depois, a populaçãozinha de toda a cidade onde ele morava o via andando de muletas e observava que não conseguia apoiar-se etc., etc.

Ele foi rezar diante de Nossa Senhora de Lourdes que estava naquele lugar e ali se recompôs instantaneamente o osso. De maneira que quando ele morreu, esse osso foi levado para uma das faculdades da Universidade de Louvain, onde podia ser examinado.

Pergunto aos senhores: qual é a sugestão e qual é a força da natureza que pode produzir um milagre desse?… Os senhores podem organizar conferências, podem fazer o que quiserem, os senhores não encontram absolutamente gente que dê importância a isso! Eles ouvem e entra por  um ouvido e sai por outro. É a má fé da humanidade diante disso e face a essa má fé é preciso a gente saber se afirmar.

Os senhores podem chamar um padre progressista e discutir com ele como quiserem, ele não muda de ideia. E se um “heresia branca” ouvir o padre não mudar de ideia, também ele não deixa de ser “heresia branca” e é capaz de ainda comentar: “Como se fala mal de um padre?…”

E é apologeticamente muito bonito, porque essa atitude de enrijecimento no mal só mesmo o inferno por toda a eternidade. Justifica o dogma do inferno, maravilhosamente. Esta obstinação invencível tem como castigo normal e corresponde à perenidade das penas do inferno.

Nota: Para farto e documentado material relativo a Nossa Senhora de Lourdes, visite o blog

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