Plinio Corrêa de Oliveira

 

 

Os 40 Mártires de Sebaste

Aplicações concretas aos presentes dias

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Santo do Dia, 22 de março de 1971

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A D V E R T Ê N C I A

O presente texto é adaptação de transcrição de gravação de conferência do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira a sócios e cooperadores da TFP, mantendo portanto o estilo verbal, e não foi revisto pelo autor.

Se o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério tradicional da Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como homenagem a tão belo e constante estado de espírito:

“Católico apostólico romano, o autor deste texto  se submete com filial ardor ao ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto,  por lapso, algo nele ocorra que não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.

As palavras "Revolução" e "Contra-Revolução", são aqui empregadas no sentido que lhes dá o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em seu livro "Revolução e Contra-Revolução", cuja primeira edição foi publicada no Nº 100 de "Catolicismo", em abril de 1959.

Os Quarenta Mártires de Sebaste foram quarenta soldados pertencentes à Legio XII Fulminata e que prestavam serviço em Sebaste, no século IV, por volta do ano 320, que se tornaram mártires cristãos ao se recusar a prestar juramento de fidelidade aos deuses romanos

Vamos comentar agora uma ficha hagiográfica, que é tirada da “Vida dos Santos Militares”, do Abbé Profillet. São os santos mártires de Sebaste.

“Os 40 mártires de Sebaste são militares cristãos que foram colocados, pelo prefeito Agripa, numa piscina de água gelada, e aí deixados toda uma noite. No dia seguinte, seus corpos foram colocados numa carroça, e posteriormente incinerados. Entretanto Militão, o mais jovem dos oficiais, foi encontrado com vida. Os carrascos, pensando ainda em fazê-lo abjurar a fé, decidiram evitar que fosse queimado. Mas a mãe do mártir, presente ao castigo, não suportou a falsa piedade que tinham para com seu filho. Aproximou-se dele, e o exortou a perseverar. Depois tomando-o ela mesmo nos braços, colocou-o no carro com os companheiros. ‘Vai, vai meu filho’, disse ela, ‘terminar essa feliz viagem junto com teus camaradas. E não te apresentes por último a Deus’. Ela pronunciou essas palavras sem derramar uma só lágrima, e acompanhou o carro até a fogueira com o rosto cheio de alegria”.

O que dizer, não é?

“Após terem queimado os corpos dos mártires, suas cinzas foram lançadas ao vento, e seus ossos no rio. Mas Deus os conservou no meio das ondas, e eles foram recolhidos pelos fiéis”.

“Sobre eles escreveu São Basílio: ‘ó sagrada tropa, gloriosa companhia, batalhão invencível, flores da Igreja! Sim, eu repito, flores inteligentes que brilhais entre as estrelas, mártires dignos de todos os louvores de todos os séculos, as portas do Paraíso vos foram abertas. Os anjos, os profetas, os patriarcas, todos os santos acorreram dos palácios do Céu para testemunhar a vossa entrada triunfante! Como este espetáculo foi bastante digno de ocupar todos os bem-aventurados: 40 jovens guerreiros, na flor da idade, iguais em méritos, em valor e em reputação, desprezam a vida! Amam a Deus mais que os pais, os filhos, as esposas e os parentes. O glorificam em seus corpos, O glorificam em seu Corpo Místico, levantam um troféu dos despojos do inferno e são coroados pela própria mão de Jesus Cristo!’”

*     *     *

 Tem-se embaraço e quase vergonha em fazer um comentário depois de um feito por São Basílio... Mas, enfim, já que essa é a nossa missão, vamos considerando um pouco ponto por ponto essas coisas.

Os Srs. veem bem essa maravilha do fato que se deu. Eles foram 40 soldados que, como diz bem São Basílio, entram no Céu como uma tropa que marcha. E que indiferente às barreiras que separam o finito do infinito, e o transitório do eterno, vão em passo cadenciado, com suas lanças, com seus escudos, com suas armaduras, com seus elmos, e transpõem o vale tremendo da morte e se apresentam do outro lado do Céu!

Nossa Senhora quis que um não fosse morto imediatamente, para dar um requinte de glória ao acontecimento. Os Srs. veem que os soldados romanos que procederam à incineração, tomados de uma falsa compaixão de um que não tinha sido morto, quiseram evitar que ele fosse incinerado e quiseram persuadi-lo a abjurar a fé. Porém a mãe dele tem um gesto mais sublime do que o jovem soldado, porque é mais sublime a mãe que oferece o filho para o martírio, do que o próprio mártir; essa mãe passa por dez martírios, enquanto o filho passa por um martírio só.

A mãe lhe diz: “meu filho, vai com teus companheiros. Deixa essa piedade falsa, não perca a oportunidade de ir com eles para o Céu”. Coloca o filho meio moribundo no meio dos cadáveres que vão ser queimados. É um holocausto em que se diria que tem algo de análogo ao holocausto sacerdotal. É ela que oferece a vítima e o coloca sobre os corpos dos mortos, como sobre o altar, para que a vítima caminhe para ser queimada. E depois, ela mesma vai a pé, sem derramar uma lágrima, com fisionomia alegre, até o lugar onde o filho deve ser queimado junto com os outros, para ver que a morte consome aquele a quem ela deu a vida. Mas que receberá a vida eterna, decorrente da formação que ela lhe deu.

Os Srs. podem imaginar coisa mais bonita do que esta mãe imolando seu filho por esta forma? Mais bonito do que isso, só conhecemos outro fato. É outra Mãe, aliás, então Mãe, com “M” maiúsculo, imolando outro Filho, com o mais maiúsculo dos “Fs”, no alto daCcruz. E também O acompanhando até lá e, pela Sua presença, constituindo um consolo para Ele, para aguentar o martírio até o fim.

Ou seja, os Srs. encontram aqui uma manifestação de heroísmo materno mais raro e mais precioso do que o próprio heroísmo do soldado que se oferece. Uma mãe que oferece assim o seu filho, dá uma prova de grandeza de alma, de força de alma, dessas raríssimas na história!

O filho parte com os outros. Consumou-se a luta. E então temos o comentário do grande São Basílio.

Vejam como São Basílio calcula as coisas, e o ritmo em que vai elogiando esses mártires. Ele afirma o seguinte:

“ó tropa sagrada, gloriosa companhia, batalhão invencível”.

Bonito, não é? “Uma tropa sagrada, uma companhia”… Os Srs. sabem que uma companhia é um modo de dizer regimento. “Batalhão invencível”. Logo depois dele falar da glória militar, a gente tem a impressão que ao dizer isto, ouve-se o passo cadenciado dos legionários romanos andando...

Depois entra aquilo que está dentro do gênero e da índole da Igreja Católica. A Igreja não sabe, Ela não consegue, Ela não quer fazer uma coisa unilateral. E quando Ela elogia a força, põe na ponta do elogio algo de delicado. Quando Ela afirma a mais delicada das coisas, põe junto uma nota de fortaleza. Isto é o que forma a totalidade do espírito harmonioso e perfeito da Igreja!

Quem é que esperaria - depois de falar desses guerreiros - essa aclamação: “ó tropa sagrada, ó gloriosa companhia, batalhão invencível, flores da Igreja”. O herói transformado de repente em flor. E florescendo nos palácios do Céu, ou nas entradas do Céu...

E depois São Basílio continua figurando um triunfo romano. Ele estava na civilização clássica ainda, e se vê que o que estava em seu espírito é o triunfo do general romano, quando entrava nas cidades romanas, para ser ovacionado pela população. E que então, todos as pessoas, importantes ou não, vinham de encontro ao general romano para aclamá-lo. Ele então imagina um triunfo romano no Céu. E imagina todos os habitantes celestes que vêm ver o desfile dos triunfadores. Como se fossem generais que estão penetrando em Roma.

Então, ele diz: “flores inteligentes”. Bem-apanhado! Porque é poca comparar com uma flor um homem inteligente. É flor, mas é uma flor inteligente. É uma inteligência que floresce. É algo incomparavelmente mais do que simples flor.

Vem outro elogio, ainda mais brilhante: “estrelas que brilhais entre as estrelas, mártires dignos de louvores de todos os séculos”. Então, ele imagina o cortejo de todos os séculos aclamando os 40 mártires de Sebaste...

Mas é pouco: “as portas do Paraíso vos foram abertas”. Agora começa o triunfo. Assim como em Roma iam todos ver o vencedor, os anjos, os profetas e os patriarcas, todos os santos acorreram dos palácios do Céu. Os Srs. estão vendo a concepção à maneira terrena, do Céu cheio de palácios. É uma figura, naturalmente. São as moradas celestes, que ele compara a palácios. Então, os palácios do Céu, cheios de príncipes do Céu, que são profetas, que são patriarcas, que são anjos, santos, Doutores da Igreja – ele mesmo, São Basílio, Doutor da Igreja, predestinado a ocupar um grande lugar nesses palácios do Céu – todos que vêm ver os 40 mártires de Sebaste, que entram em passo militar na cidade... E que constituem, ao mesmo tempo, uma procissão de heróis e um desfile de flores inteligentes, brilhando como astros no Céu!

Isto é que é saber fazer literatura!... Fora isso, literatura não é literatura: é asneira. É claro! Fica tão mequetrefe qualquer coisa que a gente pegue...

Então, diz: “como esse espetáculo foi belo e digno de ocupar todos os bem-aventurados!” Quer dizer: o Céu inteiro participou do triunfo.

“Quarenta jovens guerreiros na flor da idade, iguais em mérito”. E aqui é bonita a afirmação repentina do princípio da igualdade. Porque é bonito ver que eles têm tanto mérito, que nenhum tem mais do que o outro. São 40 sóis que entram juntos no firmamento. E com uma tal plenitude, que não se pode falar que um seja mais do que o outro. É um verdadeiro espetáculo!

Então, ele diz: “iguais em mérito, em valor, em reputação”. São três coisas diferentes, portanto: mérito, coragem e reputação.

Os 40 têm as mesmas coisas: “desprezam a vida, amam a Deus, mais que os pais, os filhos, as esposas e os parentes”. Os Srs. estão vendo bem a vitória sobre os círculos mundanos e o apego desordenado à família apresentado com um dos mais altos méritos. Exatamente se dissesse: “amaram a Deus muito mais do que os vícios, do que as seduções da terra, do que o pecado”, seria muito bonito. Mas não é o que diz. Eles amaram a Deus mais do que as criaturas foram para frente. Eles dilaceraram esses vínculos terrenos cumprindo a palavra de Nosso Senhor: que Ele tinha vindo “para separar o pai do filho, e a esposa do esposo, e o irmão do irmão, e” – coisa mais fácil – “a sogra da nora”. Nosso Senhor diz isso no Evangelho, exatamente porque há um momento em que é preciso optar. E optar entre o pai e o filho. É preciso que alguém rompa para fazer a vontade de Deus. Então, ele aclama como vitória: foram mártires, foram santos, calcaram aos pés os vínculos da família. Isso é um título de triunfo no Céu. Eu acho isso uma coisa simplesmente maravilhosa!

Continua São Basílio: “e glorificaram seus corpos, e glorificaram seu Corpo Místico, levantam os troféus dos despojos do inferno e são coroados pela própria mão de Jesus Cristo”.

O que significa isso? Eles glorificaram seus corpos? É uma coisa evidente. Os corpos deles eram como de uns quaisquer, mas depois, com o martírio, passaram a ser relíquias. O indivíduo mártir, pouco antes do seu martírio, se olhar para o seu próprio corpo e pensar: “daqui a dez minutos, terá vindo sobre mim a bala que me extermina. Daqui a dez minutos esse pobre corpo vai estar liquidado, mas ele vai ser uma relíquia. E as almas fiéis vão se disputar fragmentos dele, para serem acompanhados pela graça de Deus. E a glória do Céu já está prometida a este corpo que daqui a pouco vai morrer”...

Os Srs. querem coisa mais bela do que essa? Daí o milagre também. Os Srs. viram que apenas as cinzas foram dispersas, e os ossos foram jogados no fundo do rio, a Providência valeu para que os ossos fossem salvos para poderem ser venerados. Os Srs. estão vendo a glorificação do corpo. Mas além da glorificação do corpo, diz: glorificaram algo que vale incomparavelmente mais do que o corpo; glorificaram o Corpo Místico de Nosso Senhor Jesus Cristo. Quer dizer, a santa Igreja Católica, Apostólica, Romana. Eles dão glória àquela instituição sem a qual nenhuma glória é verdadeira, nem é durável, nem tem significado nenhum. É a Igreja Católica, Apostólica, Romana. Glória da fonte de glória! Pode haver coisa mais gloriosa que essa?...

Depois, ele continua: “levantam um troféu dos despojos do inferno”. Troféus são os montes das coisas do adversário que os vencedores acumulam, para comemorar a vitória. Então, tudo quanto o inferno venceu, eles como que acumulam e pisaram em cima pela sua morte.

“...são coroados pela própria mão de Jesus Cristo”. Então, o desfile está no fim.

São Basílio acompanhou o desfile e foi aclamando ao longo do desfile. No fim, a cerimônia suprema: Nosso Senhor Jesus Cristo coroa os 40 mártires de Sebaste e uma grande festa no Céu está concluída. Ou por outra, está começada e não concluída, porque tudo quanto no Céu começa não acaba nunca mais. E a festa infinita, e que nunca mais terminará dos 40 mártires de Sebaste é repercutida por todos os séculos dos séculos. Amém.

É assim que um São Basílio vê os 40 mártires de Sebaste. E a gente chega a se perguntar – e era o que eu me perguntava, quando eu via o Sr. Aluisio Gomide falar lá dos Tupumaros [nota: ele era então cônsul do Brasil no Uruguai, onde foi sequestrado por aquele grupo guerrilheiro] – até que ponto era o caso de felicitá-lo realmente por sua libertação...

Ele foi até corajoso, foi até heroico, mas Nossa Senhora teve o desígnio que saísse, e acho que foi bom que ele saísse! Mas que coisa maravilhosa se  tivesse uma discussão não provocada, até evitada, mas em que tivesse batido o pé, tivesse sido fiel e tivesse morrido! Hoje nós estaríamos nos inclinando genuflexos diante dele... Que coisa miserável: os miseráveis se inclinando genuflexos diante dele!... Nosso Senhor Jesus Cristo o estaria coroando no Céu, pelas mãos de Nossa Senhora. Acabou-se!

Aí os Srs. veem também, meus caros, o que é ter alma católica, por diferença com a alma contemporânea. Eu vi na fisionomia dos Srs. que acharam a ficha muito bonita. Entreguem isso para um tipo qualquer e peçam para que leia... Ele lê e nem entende a ficha. Se entende, nem sente a beleza, nem se incomoda com isso. E todo esse triunfo romano dos 40 mártires, no meio da aclamação dos anjos, dos santos e dos patriarcas e dos profetas, não quer dizer nada para quem é do mundo. O que eles acham bonito é somente tal praia... É por isto que eles se interessam.

Os Srs. estão vendo que horizontes miseravelmente baixos, que ambiente fétido... e que grande abertura de alma católica é o espírito da Igreja, entusiasmado pelo maravilhoso, sedento dos grandes horizontes, querendo apenas aquilo que é estupendo, aquilo que toca a Nosso Senhor Jesus Cristo! O resto é espírito da Terra, se preocupando com coisas vis, com coisas passageiras, com coisas ordinárias, e gostando de passar mil anos dentro disso. É o choque, o choque tremendo, invencível, entre uma coisa e outra. O mundo moderno é feito de oposição a isso, de rejeição disso, e não quer saber disso. E disso devemos nos convencer completamente.

Nosso Senhor disse uma vez isto: (eu tenho má memória e não posso repetir bem as palavras, mas o sentido é esse) “Se vós fôsseis do mundo, o mundo vos amaria, mas como vós não sois do mundo, o mundo vos odeia”. O que quer dizer o seguinte: Vós tendes muitas qualidades, todas as qualidades normais para o mundo vos amar. O mundo, aliás, ama qualquer um que seja dele, mas quem não é do mundo, o mundo odeia, por maiores qualidades que tenha, por maior esplendor que traga nos seus feitos, os seus gestos, seja o que for, o mundo odeia. E odeia porque não é do mundo, e está acabado. E, portanto, é uma verdadeira ingenuidade imaginar que a gente à força de altas qualidades, acaba obtendo a aprovação do mundo. Não é verdade. Se nós somos verdadeiramente de Nossa Senhora, o mundo nos odeia, pura e simplesmente.

Alguém dirá: “Mas Dr. Plinio, isso aí é um inferno! Por que onde então existe a possibilidade de uma conversão?” Isso já é outra coisa. A pessoa pode vir a sair do mundo, mas enquanto for solidária com o mundo, tiver a mentalidade de nosso século, a pessoa é assim. Pode perder a mentalidade do século. Um entre milhões acontece isso, mas precisa primeiro perder, para depois deixar de ser assim.

A pessoa precisa ter como fundamento de sua moral algo de bem claro e bem definido. O fundamento da moral católica é que ela é ensinada por Deus no Antigo e no Novo Testamento, na Tradição, interpretada em nível de magistério autêntico e, por vezes, até infalível pela Igreja Católica e elaborada pela razão humana, por ser um desenvolvimento da ordem natural das coisas, que a razão humana pode ver. E que não é por nenhum outro meio que seguimos essa moral. Não é porque tal “colosso” aprova, mas é por esta razão sobrenatural, apoiada pela luz da razão natural. É por isto que temos essa moral.

O motivo para se praticar a moral católica é de ordem sobrenatural, é magistério da Igreja, que é infalível etc., corroborado pela luz da razão natural.

Acontece que as pessoas, desde pequenas, quando são formadas, adquirem uma espécie de pseudo-senso moral que é de achar que as coisas são boas ou más não por esta razão, mas por causa de um certo ambiente doméstico, que a pessoa tem a ilusão de que represente o consenso do universo. E que a família interpreta esse consenso universal. E a pessoa entra em vibração com aquilo. E forma uma espécie de - na ordem das vivências - consciência do indivíduo.

A pessoa conhecendo a Doutrina Católica verdadeira, de sempre, que a moral tem um fundamento sobrenatural, ela, por preguiça, por apego não faz essa deslocação de fundamento. E como há pontos de coincidência concretos entre a moral do ambiente e a moral ensinada pela Igreja, a pessoa julga que deve procurar uma conciliação.

Em vez de compreender que não é por causa da opinião de um leque-leque qualquer, mas é por causa do ensinamento infalível da Igreja, que se deve achar o contrário. Então, eu não estremeço, eu não vibro junto com o mundo neopagão, porque para mim a única coisa decisiva é o ensinamento da Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana.

E, portanto, com toda a facilidade, caso outros ensinem o contrário, sem nenhuma hesitação minha interior, eu me volto contra eles. E digo: “não senhor, está errado. A doutrina da Igreja é outra. E é só Ela que é certa, o senhor não é certo. O senhor não é infalível, Ela é. E, portanto, acabou-se com esse negócio”.


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