Parte II

 

Segunda seção

 

 

 

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Um homem, uma obra, uma gesta – Homenagem das TFPs

a Plinio Corrêa de Oliveira
 

EDIÇÕES BRASIL DE AMANHÃ
Rua Javaés 681 – São Paulo
Impressão e acabamento
Artpress – Papéis e Artes Gráficas Ltda.
Rua Javaés 681 – São Paulo
s/d (1989)

9. O drama do Vietnã e o de Cuba: as TFPs colocam os pingos nos "ii" a  respeito da chamada "política dos direitos humanos"

 

Os mares que banham as Américas também assistiram
ao drama de refugiados apinhados em barcos.
Cuba fez lembrar o Vietnã

 

 

O Presidente Carter em Camp David. Sua política de "direitos humanos" tinha mão e contra-mão: impressionabilidade para violações deles, quando eram feitas por anticomunistas ou não comunistas; indiferença, apatia, diante das atrocidades vermelhas

 

DIA 13 DE AGOSTO DE 1961. Soldados da Alemanha comunista colocam as últimas lajes de concreto no "muro da vergonha", que até hoje divide Berlim.

O drama de Berlim repete o da Europa, dividida pela cortina de ferro. Sucessivamente a China, Cuba, Vietnã, Nicarágua e outros países comunistas igualmente vão sendo transformados em palco das mais flagrantes e brutais violações dos direitos mais elementares.

Mas, para a Rússia, essa trágica expansão do imperialismo ateu e igualitário não satisfaz. Ela empreende a guerra psicológica revolucionária nos quatro cantos do mundo, ameaçando também a América do Sul.

Era de se esperar que o Presidente Carter e sua equipe, ao basear sua política na defesa dos direitos humanos, voltassem os olhos primordialmente para a tirania praticada nos países comunistas.

Porém, tal não sucede.

Em vez de pressionar os regimes marxistas, violadores de todos os direitos humanos, a conduta da Casa Branca cria desnecessariamente sérios atritos e dificuldades com os principais aliados dos Estados Unidos na América Latina, entre os quais o Brasil.

Essa afirmação é feita pela American Society for the Defense of Tradition, Family and Property, em importante documento apresentado em Washington, em abril de 1977, aos membros de ambas as Casas do Congresso, ao Departamento de Estado e a influentes personalidades da vida pública dos Estados Unidos.

Intitulado Direitos humanos na América Latina – o utopismo democrático de Carter favorece a expansão comunista, o estudo da TFP norte-americana observa: "curiosa a conceituação da administração Carter sobre os direitos humanos. Ela se outorgou o direito de definir, dogmaticamente, e com validade absoluta para todos os povos, grande número de pontos controvertidos, como se fosse uma espécie de Vaticano infalível, determinando a natureza das liberdades civis que todas as nações têm que aceitar".

Sustenta ainda o documento que Washington desencadeia sobre aliados latino-americanos uma série de pressões, sanções e ameaças. Enquanto isso, entabula negociações amistosas com inimigos declarados e transgressores flagrantes dos direitos humanos, como Cuba e Vietnã.

Distribuído às principais agências noticiosas internacionais, um resumo do documento é publicado em grandes órgãos da imprensa das Américas.

A TFP do Brasil, bem como as demais TFPs do Continente, se associa a essa campanha de esclarecimento da opinião latino-americana, fazendo publicar o estudo da TFP norte-americana em "Catolicismo" (1) e divulgando-o por meio de suas "caravanas" em todo o território nacional. Também um folheto contendo o texto integral do documento é distribuído pelo Serviço de Difusão da entidade a milhares de simpatizantes.

Na Argentina, a revista "Tradición, Familia y Propiedad" edita uma separata do documento (10 mil exemplares) e a difunde amplamente.

Post hoc (depois disto) não quer dizer necessariamente propter hoc (por causa disto). Importa assinalar, contudo, que diversas chancelarias latino-americanas começam, depois disto, a opor a Carter vários dos argumentos constantes do estudo da TFP norte-americana. E a política de direitos humanos do Presidente dos EUA sofre sensível inflexão.

 

 

Se os crimes dos comunistas no Vietnã tivessem sido cometidos por anticomunistas, a esquerda teria sabido encher os céus e a terra de brados de protesto e indignação que ecoariam até hoje

 

Uma inopinada atitude de Paulo VI em relação ao Brasil alcança repercussão internacional.

No dia 4 de julho de 1977, recebe o Pontífice, para entrega de credenciais, o novo embaixador brasileiro junto à Santa Sé, Sr. Espedito de Freitas Resende. Após as palavras de praxe do diplomata, Paulo VI dirige a este uma alocução na qual interfere diretamente na situação interna de nosso País, ao condenar as violações de direitos humanos que, segundo constava ao Pontífice, teriam ocorrido por ocasião de atos de repressão contra agitadores comunistas no Brasil.

Paulo VI dá, desse modo, nova ênfase à orquestração demagógica em torno dos direitos humanos, então desenvolvida pelos círculos comuno-progressistas e "sapos" em todo o País.

A tal ponto isto é assim, que o órgão do Partido Comunista Italiano, "L'Unità", já no dia 6, publica uma notícia-comentário de franco apoio à alocução, manifestando ao mesmo tempo a esperança de que as palavras de Paulo VI, conjugadas com as de Carter, possam provocar "efeitos de instabilidade" em nosso País (*).

(*) "L'Unità", depois de pintar o quadro brasileiro de modo unilateral, simplista e tendencioso, afirmava que, "numa situação atravessada por tantos motivos de tensão, as palavras pronunciadas por Paulo VI .... se tornaram facilmente um elemento de debate interno nos ambientes da ditadura e entre aqueles que se opõem a ela".

Mais adiante dizia que "no caso desta declaração do Pontífice, bem como de outras de análogo teor de Carter e de seu Secretário de Estado, nota-se como as ditaduras sul-americanas, que são órfãs ideologicamente, vêem dia após dia secar-se a fonte de sua razão de ser ideológica e cultural. Nos países católicos e americanos, com sua história feita, em larga medida, de importações, o Presidente dos Estados Unidos e o Papa são símbolos com os quais o poder dominante sempre quis identificar-se. Que tais símbolos falem contra as ditaduras, criticando opções essenciais de governo, provoca nas classes dominantes efeitos de instabilidade".

Sobre o assunto, cfr. também Plinio Corrêa de Oliveira, Diário comunista romano aplaude Paulo VI, "Folha de S. Paulo", 16-7-77, e "Catolicismo", nº 320, agosto de 1977.

Interpretando a perplexidade e o descontentamento que as palavras do Pontífice determinaram em largos setores da opinião pública brasileira, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira expede, no dia 7 de julho, em nome da TFP, um telegrama a Paulo VI.

Neste o Presidente do Conselho Nacional desta Sociedade faz notar que o Pontífice manifesta paternal solicitude ante alegadas violações dos direitos humanos de subversivos. Mas omite qualquer censura à violação sistemática a esses direitos que o comunismo internacional, a partir da Rússia, vem cometendo em nosso território, ao instigar a luta de classes e a revolução social, com patente violação de nossa soberania.

À vista disso, manifesta a esperança de que, dadas as relações cordiais existentes entre o Vaticano e o governo russo, Paulo VI use de sua influência para fazer cessar essa pressão subversiva que Moscou exerce sobre o Brasil e a América Latina. E de que o mesmo zelo o leve a manifestar publicamente aos governos comunistas o horror que a ele causam as atrocidades cometidas atrás da cortina de ferro.

Esse telegrama – reproduzido em 36 órgãos de imprensa brasileiros (2) – encontra larga repercussão nos países-irmãos da América Latina, e ainda nos Estados Unidos e na Europa. Nos Estados Unidos, a TFP telegrafa ao Núncio Apostólico em Washington, expressando sua perplexidade. Na Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Uruguai e Venezuela, as TFPs ou entidades afins fazem-no reproduzir em jornais diários de seus respectivos países (3). Na Espanha, "Covadonga", ademais, difunde 125 mil exemplares desse importante texto. 

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A política dos "direitos humanos" procedeu como se os vietnamitas que fugiam do comunismo sem rumo certo, em embarcações improvisadas, ou não tivessem direitos, ou não fossem criaturas humanas

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Enquanto o Vaticano e a Casa Branca bradam contra possíveis transgressões dos direitos humanos na América Latina, estes são violados pelos comunistas à larga no Extremo Oriente, sem despertar o menor protesto de tantos daqueles que dizem enfaticamente preocupar-se com o assunto.

Os Estados Unidos entregam às feras seus aliados sul-vietnamitas, retirando-se do Vietnã do Sul sem opor às tropas norte-vietnamitas e às do Vietcong a resistência devida.

O terror vermelho instala-se assim na Indochina, e põe-se a prender ou matar suas vítimas. Numerosíssimas famílias, muitas delas católicas, nobremente inconformadas optam então por fugir em frágeis embarcações, à procura de navios que as acolham, de portos que se lhes abram, de populações sensíveis ao valor moral de sua epopéia, que lhes dêem agasalho.

Mas o temor de desagradar aos governos comunistas já avassala então aquela extensa área do globo, coibindo a liberdade de movimento de nações e de empresas privadas de navegação. E, desta maneira, os portos próximos, na maioria dos casos, se fecham fria e inexoravelmente aos fugitivos. Navios de muitas nacionalidades se esquivam de recolhê-los. Assim, muitas famílias acabam por perecer entre tormentos inenarráveis (4).

Em julho de 1977, em nome da TFP, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira telegrafa ao Ministro das Relações Exteriores, Sr. Antonio Azeredo da Silveira, manifestando júbilo pela nobre atitude do "Frota Santos", navio brasileiro que acolhe fugitivos vietnamitas, prestes a soçobrar. E ao mesmo tempo externa sua apreensão pela negativa feita por Hong-Kong de acolher os fugitivos. Pedia ao Ministro, caso não se conseguisse o desembarque dos refugiados, franquear-lhes o ingresso em nosso território, custeando o Governo as despesas de transporte.

Dias depois o Chanceler responde ao telegrama do Presidente do Conselho Nacional da TFP, informando-o de que, "instruído o Consulado Geral de Hong-Kong, foram feitas gestões junto às autoridades daquela colônia e os 88 refugiados vietnamitas [...] ali desembarcaram e estão sendo assistidos pelos serviços competentes da Imigração, e pela Cruz Vermelha" (5). 

* * * 

Entretanto, a odisséia dos infelizes vietnamitas toma mais vastas proporções.

Em declaração reproduzida em primeira página pelo jornal londrino "The Times", de 13 de setembro de 1977, o Sr. Tran Van Son, ex-deputado líder da oposição no Vietnã do Sul, estima que apenas 8 mil vietnamitas haviam sido até então socorridos e asilados em diversos países, e que cerca de 110 mil pereceram nos mares do Extremo Oriente.

Ante essas impressionantes declarações, a TFP resolve apelar para os mais altos poderes da terra, em favor dos infelizes vietnamitas.

No dia 19 de setembro de 1977, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira envia em nome da TFP um telex ao Presidente Carter e outro a Paulo VI, fazendo notar que "a continuação do estado de desamparo em que até aqui se encontram esses nossos gloriosos e infelizes irmãos, ameaça pôr em questão a própria autenticidade da campanha mundial pelos direitos humanos".

No telegrama a Paulo VI, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira manifesta a certeza de que, a um pedido do Pontífice, "os governos dos povos livres se apressarão em enviar aviões, navios e socorros de toda ordem àqueles desditosos vietnamitas". E de que, com esse pedido, a TFP interpretava "os gerais anseios de todos aqueles para quem as palavras `direitos humanos' tinham um elevado conteúdo cristão".

Ao Presidente Geisel e ao Chanceler Azeredo da Silveira, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira dirige ofício comunicando-lhes a atitude que a TFP acaba de assumir, bem como lhes enviando o texto dos referidos telex (6).

 

 

Patricia Derian, Secretária de Estado-Assistente para os Assuntos Humanitários do Governo Carter, em sua resposta a Plinio Corrêa de Oliveira omitiu as verdadeiras causas do sofrimento dos refugiados vietnamitas 

A TFP norte-americana telegrafa no mesmo sentido ao Presidente Carter. Na Argentina, a TFP local envia telex a Paulo VI e a Carter, em setembro de 1977. No mês seguinte apela ao Presidente Videla, pedindo-lhe que abra os espaços fecundos do território argentino para aquelas indomáveis vítimas. Afixa cartazes nas ruas, com impressionantes fotografias, e os dizeres: "Ninguém se compadece dessas famílias vietnamitas?" Em março de 1978, a entidade envia telegrama ao Primeiro Magistrado, felicitando-o pelo gesto do Governo de haver recolhido quatro fugitivos em alto mar. Em janeiro de 1979, telegrafa aos ministros Harguindeguy e Pastor, apoiando o oferecimento feito pelo embaixador Sr. Gabriel Martínez ante organismos internacionais de Genebra, de abrir o território nacional aos refugiados. Em agosto do mesmo ano, felicita o Presidente da República pela decisão de receber no país 300 famílias de refugiados (7).

A Sociedad Cultural Covadonga publica no órgão Diálogo directo con el público español um documento em que expressa seu apoio e sua simpatia pela causa do perseguido povo vietnamita, e transcreve os telegramas enviados pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira a Paulo VI e ao Presidente Carter. 

* * *

O supremo magistrado norte-americano incumbe a Sra. Patricia M. Derian, Secretária de Estado-Assistente para os Assuntos Humanitários, de dar resposta à mensagem do Presidente do Conselho Nacional da TFP brasileira.

Em sua carta, a Sra. Patricia Derian assevera que, desde a queda da Indochina, o governo norte-americano assumira o papel de liderança na assistência àquelas desafortunadas vítimas, acolhendo 146 mil refugiados indochineses.

Em artigo para a "Folha de S. Paulo" de 25 de novembro, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira registra com simpatia o tom gentil da resposta, ressalvando entretanto que ela omite qualquer referência ao comunismo, verdadeira causa do infortúnio dos vietnamitas. De passagem observa ainda que a carta não fornece dados precisos de quantos eram, dentre os 146 mil "indochineses" recebidos pelos Estados Unidos, os especificamente vietnamitas. O que importa saber, pois são estas vítimas do comunismo que, de momento, se trata mais especialmente de socorrer.

Por outro lado, tendo os Estados Unidos abandonado o povo vietnamita à sanha do inimigo, é bem natural que eles assumam a liderança na assistência aos fugitivos procedentes dessa infeliz nação.

Cumpre pois averiguar qual o total efetivo de refugiados que a América do Norte pode agasalhar em seu amplo e opulento território, pois só com esse dado é que se pode dizer se Washington está fazendo pelos vietnamitas tudo quanto pode e deve (8).

* * *

Ao ensejo da visita do Presidente Carter ao Brasil, em março de 1978, a TFP aproveita para lembrar ao Chefe do Executivo norte-americano a necessidade de um amparo total e eficaz às vítimas do regime comunista no Vietnã e no Cambodge, que se evadem aos milhares dessas nações.

Em telegrama ao Presidente dos Estados Unidos, quando este se encontrava no Rio, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira observa que "esses verdadeiros heróis, dos quais considerável parte tem morrido sem apoio e sem ajuda nos mares do Extremo Oriente, foram brutalmente privados de seus direitos humanos pela ignominiosa opressão comunista. E grande número dos que não faleceram continuam a viajar pelos mares, sem destino certo, abandonados pelas nações ocidentais que lhes oferecem ajuda muito inferior às reais necessidades deles" (9).

Por outro lado, realizando-se em Caracas, sob os auspícios da UNESCO e da OEA, um "Seminário para a proteção e promoção dos direitos humanos", a TFP venezuelana publica manifesto pedindo aos participantes do evento que não deixem de repudiar a ação da internacional marxista, "a maior causadora de violações de direitos humanos em nossos dias" ("El Universal", 3-8-78). 

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A TFP norte-americana levou conforto espiritual e material aos refugiados vietnamitas acolhidos nos Estados Unidos

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Esse amparo total e eficaz às vítimas do comunismo no Extremo Oriente, porém, não vem sendo absolutamente oferecido. Novos e angustiantes casos de fuga do Vietnã registram-se nos últimos meses de 1978. Esses fatos levam o novo Pontífice João Paulo II a fazer, no dia 3 de dezembro, uma alocução pedindo aos fiéis que rezassem por "aqueles que se preocupam em ajudar nossos infelizes irmãos" vietnamitas. No início da semana anterior, João Paulo II telegrafara ao Secretário-Geral da ONU, intercedendo pelos mesmos refugiados.

Ante essa atitude, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira envia telex ao Pontífice, em nome da TFP, felicitando-o respeitosamente pelo seu gesto e consignando a "profunda emoção [da TFP], ao tomar conhecimento da intervenção paternal de Vossa Santidade em favor daqueles infelizes" (10).

O mesmo fazem as TFPs da Argentina, Chile, Colombia e Equador que divulgam o texto pela imprensa (11). 

* * *

No dia 28 de dezembro, o Governo das Filipinas faz um apelo ao Brasil e a outros dezenove países para que acolham com urgência, em seu território, 2.300 refugiados vietnamitas que haviam chegado a Manilla naquela semana.

Tendo em vista esse pedido, o Prof. Plinio  Corrêa de Oliveira envia telex, no dia 29 de dezembro, ao Ministro das Relações Exteriores encarecendo a necessidade de o Brasil abrir generosamente as portas àqueles gloriosos trânsfugas do comunismo instalado em sua pátria.

No dia seguinte os jornais noticiam que o Governo do Brasil rejeita a solicitação das Filipinas.

O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira envia nesse mesmo dia, 30 de dezembro, novo telex ao Ministro Azeredo da Silveira, manifestando o pesar que tivera a TFP ao tomar conhecimento da referida recusa (12).

Posteriormente o Itamaraty, levando também em consideração algumas outras vozes que se ergueram em favor dos refugiados, reconsidera sua atitude.

No dia 10 de junho de 1979, por ocasião do resgate, em alto mar, pelo navio brasileiro "José Bonifácio", de 26 vietnamitas, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira envia telex, em nome da TFP, ao Ministro das Relações Exteriores, Embaixador Ramiro Saraiva Guerreiro, felicitando-o por esse gesto profundamente consoante com o espírito cristão e acolhedor do povo brasileiro. Ao mesmo tempo, sugere ao Ministro que autorize a realização de estudos a fim de verificar qual o maior número de refugiados vietnamitas que o Brasil pode acolher nas vastidões inocupadas de nosso território.

* * *

Passam-se alguns meses. Em abril de 1980 o mundo toma conhecimento da espantosa notícia de que dez mil cubanos se refugiaram em torrentes (nas escassas horas em que os guardas comunistas não lhes impediram a passagem) nas embaixadas da Venezuela e do Peru em Havana, e ali pedem asilo. Todos os espaços daquelas embaixadas tornam-se insuficientes, e os milhares de fugitivos literalmente se apinham nos jardins, nas dependências dos prédios e até mesmo em cima dos telhados, à espera do momento em que possam sair do "paraíso" castro-comunista.

Vem a furo assim, de modo dramático, o mal-estar latente, de ordem tanto espiritual como material, criado ao longo de mais de duas décadas pelo regime comunista de Cuba.

Esse descontentamento ia chegando a um ponto tão perigoso, que o tirano Fidel Castro se viu forçado a uma atitude aparentemente liberal, à qual ele se recusara longa e obstinadamente até então: permitir que saíssem os descontentes da Ilha por ele transformada no maior cárcere de que dê notícia a História das Américas.

* * *

O drama desses refugiados assume uma força de expressão que nenhum inquérito de opinião pública, levado a efeito por organizações as mais imparciais e bem aparelhadas que sejam, conseguiria alcançar. E o fato de que dez mil fogem assim em desespero, é sinal certo de que há muitos que não escapam por lhes faltar condições de levar a fuga a bom termo. Como também de que incontáveis outros descontentes, sem terem meios para sair do país, aspiram enfaticamente a uma mudança de situação naquela Ilha-prisão.

Em coerência com este modo de pensar se movem as TFPs das Américas e da Europa, no sentido de sanar não apenas situações individuais, mas para fazer cessar o quanto antes a tortura moral e física que acabrunha todo um país.

 

Embaixada do Peru em La Havana, onde se refugiaram 10.000 cubanos

O primeiro lance nesse sentido parte do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, em seu artigo de 27-4-80, na "Folha de S. Paulo", intitulado Acesso às embaixadas, o teste decisivo.

Nos Estados Unidos, encontra-se no Poder o Presidente Carter (1977-1981), que não poucas pessoas vêem como o D. Quixote dos direitos humanos.

A TFP norte-americana dirige-lhe telex, pedindo coerência em face dos princípios de sua própria política. Ele, que não titubeara em abalar as mais sólidas e antigas alianças dos Estados Unidos com os países da América Latina por causa de sua política de "direitos humanos", que agora acionasse essa mesma política em prol do martirizado povo da nação cubana. Pelo Presidente responde o Departamento de Estado, de maneira cordial mas sem se comprometer a nada de concreto. Após enormes delongas, ele se limita a franquear o território dos Estados Unidos aos fugitivos já quase em desespero (13).

Ao apelo da TFP norte-americana a Carter, segue-se uma campanha de distribuição de folhetos por ela desenvolvida em Miami e Key West.

Na Colômbia, a TFP dirige uma carta ao Ministro de Relações Exteriores, protestando contra declarações que este fizera no sentido de que o país não daria apoio algum aos 10 mil cubanos que se refugiaram na Embaixada do Peru em Havana (14). 

* * * 

No dia 23 de abril de 1980, enquanto Presidente do Conselho Nacional da TFP brasileira, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, acompanhado depois pelos Presidentes das outras TFPs espalhadas pelo mundo, envia a João Paulo II um telex no qual implora genuflexo ao Soberano Pontífice que, em consonância com o que por certo vai na alma de todos os cubanos católicos, exprima aos olhos do mundo sua pastoral compaixão para com a pobre Cuba tiranizada.

Diz o telex em um de seus trechos:

"Com efeito, Beatíssimo Padre, se no espírito do homem de hoje vibrassem as fi­bras cristãs de outrora, a compaixão univer­sal para com as vítimas e a indignação de to­das as nações contra os algozes teriam susci­tado um daqueles tufões de ira santa a que não resistem nem o poder do ouro, nem o das armas, nem o das mais disfarçadas e bem urdidas tramas políticas. Mas, para vergo­nha nossa, o sentimento de justiça e de dig­nidade já não tem força para sopros desses, regeneradores e irresistíveis.

"Para despertar em todo o mundo, em vista do drama cubano, as energias cris­tãs adormecidas, só a palavra de Vossa San­tidade tem as condições necessárias. Por to­da a terra, Santo Padre, ajuntam-se, irmana­dos pela fé com o povo cubano, os que na desolação, no silêncio e na prece, esperam essa palavra. ....

"Em união de alma com estes cubanos emudecidos pelo terror policialesco, levanta­mos os olhos ao trono de São Pedro e implo­ramos a Vossa Santidade: Senhor, salvai-os porque perecem (cfr. Mt. 8, 25)" (15).

A mensagem é publicada em jornais de grande divulgação em todo o Brasil (16), bem como na Colômbia (17), Equador (18), Espanha (19) e Venezuela (20).

A repercussão deste apelo, tanto no Brasil quanto no Exterior, é intensa nos dias em que foi publicado. Pois o drama cubano traumatiza naquele momento as consciências, e o telex dá expressão ao sentir de ampla ca­mada da opinião pública, pelo menos a lati­na e a norte-americana.

Em 9 de maio de 1980, o Núncio Apos­tólico do Brasil, D. Carmine Rocco, comunica ao autor da mensagem que esta "chegou ao seu Alto Destinatário, em Roma". 

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Frei Betto (à esquerda) ao lado do padre d'Escoto na noite sandinista na PUC em São Paulo

Frei Betto, o trêfego propagandista da Teologia da Libertação, escreveu:

"A TFP (Tradição, Família e Propriedade), de origem brasileira .... hoje se encontra em praticamente todos os continentes. A TFP conta com uma rede muito bem organizada nos EUA .... Estive na Ilha de Malta, no Mediterrâneo, em janeiro deste ano  [1988]  e a minha grande surpresa foi, ao entrar na Universidade para pronunciar uma palestra sobre cristianismo e socialismo, deparar-me com cartazes escritos, em inglês e maltês, `Viva Frei Lenin', e com um panfleto que reproduzia a foto da noite sandinista na PUC de São Paulo, na qual apareço ao lado do padre Miguel D'Escoto, Ministro das Relações Exteriores da Nicarágua. Essa foto foi divulgada no Brasil pela TFP" (21).

Na realidade, o prócer católico-progressista se engana: não existe uma, mas 15 TFPs em vários países do mundo. Trata-se de entidades coirmãs, mas autônomas, com diretorias próprias, e meios de financiamento também próprios.

Alguém entretanto poderia indagar: Embora as TFPs sejam entidades autônomas, e o conjunto delas não constitua uma organização internacional, o que as TFPs fazem, no campo dos direitos humanos ou em vários outros, não deixa de constituir uma agitação internacional. Pois difundem pelo mundo inteiro uma espécie de descontentamento e de inconformidade contra o curso geral das coisas. O livro Revolução e Contra-Revolução, em que todas as TFPs se inspiram, levanta o estandarte desse descontentamento e dessa inconformidade.

Ademais – continua a objeção – todas as TFPs reconhecem ao autor do livro, Plinio Corrêa de Oliveira, uma influência muito grande, ainda que, quando se trata das associações coirmãs que existem em outros países, ela se situe fora da esfera jurídica. Essa influência se exerce no mesmo sentido das teses contidas em seu livro. Portanto as TFPs, quando atuam em conjunto, são um fator internacional de perturbação.

Não é difícil responder a tal pergunta.

Em primeiro lugar, as expressões "agitação internacional" e "perturbação internacional" estão mal empregadas, porque são entendidas geralmente como implicando em desordem. Ora, as TFPs visam à ordem, ou seja, à paz de Cristo no Reino de Cristo. O livro Revolução e Contra-Revolução, sob certo aspecto, nada mais é do que um ensaio sobre a desordem e a ordem, em que Plinio Corrêa de Oliveira propugna ardorosamente pelos direitos desta, contra as investidas e usurpações daquela.

Além disto, a atuação das TFPs, em qualquer parte do mundo, sempre se realiza de maneira legal, pacífica e ordeira. Isto salta aos olhos de qualquer pessoa que, por exemplo, queira dar-se ao trabalho de compulsar o presente volume.

Sem dúvida, as ações das TFPs geram o debate. Isto, porém, não pode ser visto como um inconveniente em si.

O direito de discordar é essencial à democracia, e o debate é, por isso, a respiração dela. Se tais entrechoques são coisa lícita e mesmo necessária nos países de regime democrático, por que imaginar que, quando transpostos para a cena internacional, passam a ser algo de inconveniente? Por que considerar mau para o mundo o que é bom para um país?

Se assim fosse, seria ilícita a atuação, por exemplo, da Internacional Socialista?

As pessoas que procuram tocar o sinal de alarme contra as TFPs quando atuam em conjunto, em âmbito internacional, fazem o mesmo com relação ao comunismo internacional e à Internacional Socialista?

Se os princípios por que se empenham as TFPs são bons em si mesmos, então é coisa benfazeja que se exprimam por vezes internacionalmente. Seria coisa malfazeja se, pelo contrário, fossem maus.

As TFPs, quando atuam em conjunto, desejariam ser julgadas pelo que são e pelo que dizem, através de um debate doutrinário de alto nível, e não de acordo com alegações segundas, de caráter colateral, que não vão ao fundo das questões.


Notas:

(1) Nº 317, maio de 1977.

(2) O telegrama foi publicado na íntegra em "Catolicismo", nº 319, julho de 1977; "Correio do Povo", Porto Alegre, 9-7-77; "Diário da Noite", São Paulo, 9 e 12-7-77, "Diário de Brasília", 9-7-77; "Diário de Pernambuco", Recife, 9-7-77; "Diário de S. Paulo", 9-7-77; "Folha da Tarde", São Paulo, 9-7-77; "O Dia", Rio de Janeiro, 9-7-77; "Estado de Minas", Belo Horizonte, 10-7-77, "O Diário do Norte do Paraná", Maringá (PR), 10-7-77; "Correio do Ceará", Fortaleza, 11-7-77; "Folha de Londrina" (PR), 12 e 17-7-77; "Folha de S. Paulo", 12-7-77; "O Estado", Florianópolis, 12-7-77; "Tribuna do Ceará", Fortaleza, 12-7-77; "Diário de Cuiabá", 13-7-77; "Dia e Noite", São José do Rio Preto (SP), 13-7-77; "Gazeta do Povo", Curitiba, 13-7-77; "O Diário", São Carlos (SP), 13-7-77; "O Popular", Goiânia, 13-7-77; "A Cidade/Folha do Comércio", Campos (RJ), 14-7-77; "Correio Popular", Campinas (SP), 15-7-77; "A Tarde", Salvador, 16-7-77; "Jornal da Cidade", Olímpia (SP), 16-7-77; "A Cidade", Ribeirão Preto (SP), 17-7-77; "Equipe", Cuiabá, 17-7-77; "Unitário", Fortaleza, 17-7-77; "O Reporter", Goiânia, 18 a 25-7-77; "A Tribuna", São Carlos (SP), 20-7-77; "A União", João Pessoa, 20-7-77; "Diário de Bauru" (SP), 20-7-77; "A Notícia", Rio de Janeiro, 23-7-77; "Jornal do Brasil", Rio de Janeiro, 23-7-77; "Gazeta de Alagoas", Maceió, 26-7-77; "A Voz da Cidade", Volta Redonda (RJ), 16-8-77; "Tribuna da Noroeste", Araçatuba (SP), 19-8-77. – Resumos foram publicados em "O Fluminense", Niterói (RJ), 9-7-77; "O Estado de S. Paulo", 10-7-77; "Jornal de Minas", Belo Horizonte, 13-7-77; "Luta Matogrosense", Campo Grande (MT), 16-7-77; "Diário Mercantil", Juiz de Fora (MG), 17 e 18-7-77; "Fernandópolis Jornal" (SP), 21-7-77; "Tribuna Sul Paulista", Itapeva (SP), 21-7-77; "Correio do Estado", Campo Grande (MT), 22-7-77; "A Cidade/Folha do Comércio", Campos (RJ), 24-7-77; "Tribuna Lençoense", Lençóis Paulista (SP), 24-7-77; "O Momento", Corumbá (MT), 26-7-77; "Folha de Piraju" (SP), 27-7-77; "O Diário", São Carlos (SP), 27-7-77; "Fato Ilustrado", Canoas (RS), 29-7-77; "O Taquaryense", Taquari (RS), 30-7-77; "O Município", Amparo (SP), 31-7-77; "O Imparcial", Rio Pomba (MG), 31-7-77; "Jornal da Divisa", Ourinhos (SP), julho-77; "Correio do Ceará", Fortaleza, 4-8-77; "A Luta", Campo Maior (PI), 18-9-77.

(3) Publicaram o telegrama os seguintes jornais do Exterior: na Argentina, "La Nación", de Buenos Aires, "La Gaceta" de Tucumán, "Los Andes" de Mendoza, "El Tribuno" de Salta e "El Liberal" de Corrientes; na Bolívia, "El Diario" e "Voz del Pueblo" de La Paz; no Chile, "El Cronista" e "Ultimas Noticias" de Santiago; na Colômbia, "El Espectador", "El Tiempo" e "El Vespertino" de Bogotá; "El Correo" e "El Colombiano" de Medellin; "El País" e "Occidente" de Cali; e "Vanguardia Liberal" de Bucaramanga; no Equador, "El Comercio" de Quito, "El Telégrafo", "Expreso" e "El Universo" de Guayaquil; na Escócia, "The Day Light" de Glasgow; na Espanha, "El Alcázar" e "Iglesia-Mundo", ambos de Madrid, e "Amañecer", de Zaragoza; nos Estados Unidos, "Diario de las Américas" de Miami, e "The Remnant" de Saint Paul (Minnesotta); no Uruguai, "El País" de Montevideu e "El Telégrafo" de Paysandú; na Venezuela, "El Nacional", "El Universal" e "El Mundo" de Caracas, "Panorama" de Maracaibo e "El Impulso" de Barquisimeto.

(4) Cfr. Plinio Corrêa de Oliveira, A epopéia de nobres inconformados, "Folha de S. Paulo", 7-3-77.

(5) Cfr. "Catolicismo", nº 320, agosto de 1977.

(6) Os documentos foram publicados na íntegra em "Catolicismo", nº 321, setembro de 1977. O Serviço de Imprensa da TFP distribuiu uma notícia contendo os principais trechos dos documentos. Esta notícia foi publicada na íntegra na "Folha da Tarde", São Paulo, 23-9-77; "Diário da Noite", São Paulo, 23-9-77; "Diário de S. Paulo", 23-9-77; "Correio do Povo", Porto Alegre, 27-9-77; "O Popular", Goiânia, 27-9-77; "Correio Popular", Campinas (SP), 28-9-77; "O Diário do Norte do Paraná", Maringá (PR), 28-9-77; "O Diário", São Carlos (SP), 29-9-77; "Gazeta do Povo", Curitiba, 2-10-77; "Correio do Ceará", Fortaleza, 3-10-77; "Monitor Campista", Campos (RJ), 9-10-77. – Resumos foram publicados em "O Estado de S. Paulo", 24-9-77; "Folha de S. Paulo", 25-9-77; "Notícias Populares", São Paulo, 25-9-77; "Jornal do Commércio", Rio de Janeiro, 27-9-77; "A Tribuna", São Carlos (SP), 27-9-77; "A Cidade/Folha do Comércio", Campos (RJ), 29-9-77; "O Diário", São Carlos (SP), 2-10-77; "Diário de Cuiabá", 6-10-77; "Tribuna de Lavras" (MG), 8 e 9-10-77; "Correio do Sudoeste", Guaxupé (MG), 9-10-77; "Correio do Ceará", Fortaleza, 14-10-77; "Jornal da Divisa", Ourinhos (SP), 14-10-77; "O Diário", São Carlos (SP), 20-10-77; "O Imparcial", Rio Pomba (MG), 23-10-77; "O Município", Amparo (SP), 23-10-77.

(7) Cfr. "La Nación", Buenos Aires, 23-8-79; "Crónica", 22-8-79; "Buenos Aires Herald", 22-8-79; "Diario de Cuyo", San Juan, 1º-9-79; "El Independiente", La Rioja, 24-8-79; "El Sol", Rioja, 26-8-79; "El Andino", Mendoza, 26-8-79; "La Nueva Provincia", Bahia Blanca, 28-8-79 e 9-9-79; "El Liberal", Santiago del Estero, 29-8-79; "El Norte", San Nicolás, 5-9-79; "Democracia", Vila Dolores, 31-8-79; "Noticias", Rufino, 5-9-79; "Acción", Arrecifes, 7-9-79; "El Cívico", San José de Feliciano, 15-9-79; "Rio Negro", General Roca, 12-9-79; "Tribuno", Rosario del Tala, 1º-9-79; "El Municipio", San Martín, 3-9-79.

(8) Cfr. Plinio Corrêa de Oliveira, A Casa Branca responde, "Folha de S. Paulo", 25-11-77. Cfr. também "Catolicismo", nº 325, janeiro de 1978.

(9) Este telex foi publicado também no Chile em "El Sur", Concepción, 6-4-78; "El Diario Austral", Temuco, 9-4-78; "El Correo de Valdivia", 9-4-78; "La Prensa", Osorno, 11-4-78; "El Llanquihue", Puerto Montt, 12-4-78; "Las Ultimas Noticias", Santiago, 18-4-78; "La Tercera de la hora", Santiago, 19-4-78.

(10) "Catolicismo", nº 336, dezembro de 1978.

(11) "La Nación", Buenos Aires, 9-12-78; "La Prensa", Buenos Aires, 20-12-78; "Noticias", Rufino, 15-12-78, entre outros.

(12) Cfr. "Catolicismo", nº 337, janeiro de 1979.

(13) Cfr. "Catolicismo", n° 352, abril de 1980.

(14) Cfr. "La Republica", Bogotá , 24-4-80.

(15) Cfr. "Catolicismo", n° 353, maio de 1980.

(16) Cfr. "Correio da Bahia", Salvador, 28-5-80; "Diário da Manhã", Recife, 28-5-80; "A Cidade", Campos (RJ), 1-6-80; "Correio do Povo", Porto Ale­gre, 3-6-80; "Tribuna do Cea­rá", Fortaleza, 3-6-80; "Meio Dia", Fortaleza, 7-6-80; "Folha de Londrina" (PR), 15-6-80; "A Tribuna do Povo", Umuarama (PR), 17-6-80; "Folhado Subúr­bio", Camaçari (BA), junho/80.

(17) Cfr. "El Espectador", Bogotá; "El Tiempo", Bogotá; "La República", Bogotá, "El Colombiano", Medellin.

(18) "El Comercio", Quito, 28-5-80.

(19) "Sur", Málaga, 27-5-80; "Fuerza Nueva", Madrid, 7-6-80. – Resumos foram publicados em "El Alcazar", Madrid, 25-5-80; "Hoja del Lunes", Madrid e Málaga, 26-5-80; "Heraldo de Aragón", Zaragoza, 30-5-80.

(20) "El Mundo", Caracas, 27-5-80.

(21) "Teoria e Debate", São Paulo, nº 4, setembro de 1988. 

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