Capítulo II, 4

 

 

C. Reações baseadas em

“Revolução e Contra-Revolução”

 

 

 

 

 

 

 

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Em 1990, as 20 TFPs então existentes promoveram o maior abaixo-assinado da História, com 5.218.520 assinaturas, registrado no Guinness Boof of Records, em prol da libertação da Lituânia do jugo soviético. Uma comitiva das TFPs entregou o documento em microfilme nos escritórios de Gorbachev em Moscou e deixou-se fotografar com suas capas vermelhas e seu estandarte na própria Praça Vermelha. A partir de então, o império soviético – que parecia eterno – caiu rapidamente como peças de dominó.

À vista de tantas transformações, a eficácia de Revolução e Contra-Revolução ficou anulada? - Pelo contrário.

Em 1968, as TFPs até então existentes na América do Sul, inspiradas na Parte II deste ensaio - “A Contra-Revolução” - organizaram um conjunto de abaixo-assinados a Paulo VI, pedindo providências contra a infiltração esquerdista no Clero e no laicato católico da América do Sul.

No seu total, esses abaixo-assinados alcançaram durante o período de 58 dias, no Brasil, Argentina, Chile e Uruguai, 2.060.368 assinaturas. Foi, até aqui, ao que nos conste, o único abaixo-assinado de massa que - sobre qualquer tema - tenha englobado filhos de quatro nações da América do Sul. E em cada um dos países nos quais ele se realizou, foi - também ao que nos conste - o maior abaixo-assinado da respectiva história77. A resposta de Paulo VI não foi apenas o silêncio e a inação. Foi também - quanto nos dói dizê-lo - um conjunto de atos cujo efeito perdura até hoje, os quais dotam de prestígio e de facilidade de ação a muitos propulsores do esquerdismo católico.

Diante desta maré montante da infiltração comunista na Santa Igreja, as TFPs e entidades afins não desanimaram. E, em 1974, cada uma delas publicou uma declaração78 na qual exprimiam a sua inconformidade com a Ostpolitik vaticana e seu propósito de “resistir-lhe em face”79. Uma frase da declaração, relativa a Paulo VI, exprime o espírito do documento: “E de joelhos, fitando com veneração a figura de S.S. o Papa Paulo VI, nós lhe manifestamos toda a nossa fidelidade. Neste ato filial, dizemos ao Pastor dos Pastores: nossa alma é Vossa, nossa vida é Vossa. Mandai-nos o que quiserdes. Só não nos mandeis que cruzemos os braços diante do lobo vermelho que investe. A isto nossa consciência se opõe.”

Não satisfeitas com esses lances, as TFPs e entidades afins promoveram nos respectivos países, no decurso deste ano, nove edições do best-seller da TFP andina, A Igreja do Silêncio no Chile - A TFP proclama a verdade inteira80 .

Em quase todos esses países, a respectiva edição foi precedida de um prólogo descrevendo múltiplos e impressionantes fatos locais consoantes com o que ocorrera no Chile.

A acolhida desse grande esforço publicitário pode-se dizer vitoriosa: ao todo foram impressos 56 mil exemplares, só na América do Sul, onde, nos países mais populosos, a edição de um livro dessa natureza, quando boa, costuma consistir em cinco mil exemplares.

Na Espanha, foi efetuado um impressionante abaixo-assinado de mais de mil sacerdotes seculares e regulares de todas as regiões do país manifestando à Sociedade Cultural Covadonga seu decidido apoio ao corajoso prólogo da edição espanhola. 

Notas:

77) NOTA DA EDITORA: Posteriormente, em 1990, as TFPs então existentes, reunidas, levaram a cabo o maior abaixo-assinado da História, pela libertação da Lituânia, então sob jugo soviético, obtendo a impressionante cifra de 5.212.580 assinaturas.

78) NOTA DA EDITORA: Sob o título A política de distensão do Vaticano com os governos comunistas - Para a TFP: omitir-se? ou resistir?, essa declaração - verdadeiro manifesto - foi publicada a partir de abril de 1974, sucessivamente em 57 jornais de onze países.

79) Gal. 2, 11.

80) Esta obra, monumental por sua documentação, por sua argumentação e pelas teses que defende, teve uma precursora, e verdadeiramente épica, antes ainda da instalação do comunismo no Chile.

Trata-se do livro de Fábio Vidigal Xavier da Silveira, “Frei, o Kerensky chileno”, que denunciou a colaboração decisiva do Partido Democrata Cristão do país andino, e do falecido líder pedecista Eduardo Frei, então Presidente da República, na preparação da vitória marxista.

O livro teve dezessete edições, transpondo a casa dos cem mil exemplares, nos seguintes países: Brasil, Argentina, Equador, Colômbia, Venezuela e Itália.

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