Capítulo IV

 

1980-1988 (1)

 

 

 

 

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Um homem, uma obra, uma gesta – Homenagem das TFPs

a Plinio Corrêa de Oliveira
 

EDIÇÕES BRASIL DE AMANHÃ
Rua Javaés 681 – São Paulo
Impressão e acabamento
Artpress – Papéis e Artes Gráficas Ltda.
Rua Javaés 681 – São Paulo
s/d (1989)

Da Abertura à Constituinte – o País no tobogã rumo ao caos e ao socialismo. A TFP intensifica sua luta pela preservação do que resta de civilização cristã no Brasil

  

 

A TFP e a Abertura política 

EM FINS DA DÉCADA de 70, a atmosfera política do Brasil iria passar por profundas modificações, como fruto do processo de liberalização conhecido como Abertura.

Esta teve seus primórdios em 1978, isto é, em plena vigência do governo militar. Animou-a desde logo uma tendência para a gradual liberalização do regime, até a inteira democratização do Estado.

Tal importava na eletividade de todas as funções políticas, na plena liberdade de pensamento e de palavra para todas as correntes políticas, de finalidade principalmente ideológica ou não, e isto quer a temática ideológica versasse sobre matéria religiosa, filosófica, política, social ou econômica. Decorreria daí a cessação de qualquer ação repressiva do Poder Público nessas matérias.

Pareciam já distantes aqueles acontecimentos que haviam abalado o País no início dos anos 60 – na era janguista – bem como o salpicar da agitação terrorista do período 68-74, que quase haviam posto a pique a ordem sócio-econômica vigente.

É verdade que, ao longo de três lustros, a agitação ideológica de fundo comunista continuou a progredir de modo incessante no País, dando ocasião a que se avolumassem as correntes subversivas de toda ordem.

Entretanto, foi crescendo pari passu (aliás com o apoio ardoroso de esquerdistas de todos os moldes e graus) a convicção de que uma política de larga confiança e de perdão, visando a libertação tanto dos suspeitos como até dos condenados, abrandaria as tensões, pacificaria os espíritos e restabeleceria a paz no Brasil.

Esta convicção foi que deu o empuxo necessário ao gradual processo de Abertura política, que teve início no governo do Presidente Ernesto Geisel (1974-1979). Passo a passo, a censura política cessou. Os presos políticos foram anistiados. Os exilados receberam permissão para retornar ao solo pátrio. A Abertura se tornou assim total, ou quase tanto.

Foi também nesse período que teve mais desenvolvimento entre nós o fenômeno do anti-anticomunismo, contra o qual a TFP travou árduas batalhas, descritas no capítulo anterior.

Sob o governo do General João Batista Figueiredo, a Abertura praticamente chegou à sua consolidação final (*).

(*) Uma percuciente análise dos fatores que influíram no processo de Abertura política é apresentada pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em livro de larga divulgação, escrito em colaboração com o economista Carlos Patricio del Campo: Sou católico: posso ser contra a Reforma Agrária?, Editora Vera Cruz, São Paulo, 4ª ed., 1982, pp. 47-55. 

* * *

A TFP – cujo campo de ação foi sempre estritamente ideológico, extrapartidário e legal – tornara-se conhecida por sua atuação não só cortês em meio às mais árduas polêmicas, como pacífica mesmo ante as mais caluniosas difamações. E assim vem se mantendo durante décadas, tendo-se abstido meticulosamente de intervir em questões políticas alheias ao seu fim.

Por essa razão, ela não pediu a Abertura política, nem tampouco a combateu. Assim que, pelo curso dos acontecimentos, tal Abertura se tornou um fato, a TFP a aceitou.

Em vários pronunciamentos públicos, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, com o geral consenso da TFP, empenhou-se em colaborar com a nova ordem de coisas, apresentando sugestões à vista dos riscos que – como tudo na vida pública – a Abertura trazia, e da vantagem que desta poderia auferir o País (1).

 

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"O comunismo internacional

não dispõe de outro recurso

para estimular, a curto prazo,

a subversão em nosso País,

senão tentar pôr no jogo

certos setores

da Hierarquia eclesiástica"

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No parecer da TFP, a Abertura havia começado mal para  esquerda.

Uma prolongada e excelente publicidade preparara o povo para acolher como heróis os brasileiros a quem a Abertura franqueava as portas das prisões e do exílio. Mas as expectativas nascidas dessa preparação só foram confirmadas em proporções diminutas. Nem ex-prisioneiros políticos, nem antigos exilados conseguiram reunir em torno de si as manifestações entusiásticas que o esforço da mídia parecia garantir. O povo brasileiro os acolheu dentro da indiferença de grande parte da população. A outra parte da opinião pública lhes votou tão-só a simpatia compassiva que é costume não recusar a toda pessoa cujo infortúnio pessoal cessa. Simpatia esta, aliás, não isenta, em geral, de certa desconfiança (2). 

* * *

Para onde a TFP julgava que a Abertura iria? Para onde a levassem os homens.

Para a entidade, o comunismo internacional não dispunha – como hoje não dispõe – de outro recurso para estimular, a curto prazo, a subversão em nosso País, senão tentar pôr no jogo certos setores da Hierarquia eclesiástica, ou mais precisamente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB.

A necessidade de prestigiar a ofensiva esquerdista, durante a campanha pró-Abertura, havia levado à ribalta da oposição novos elementos do setor católico, e muito notadamente o Cardeal-Arcebispo de São Paulo, D. Paulo Evaristo Arns. Em relação a muitos desses elementos, a TFP já se vira na contingência de manifestar público desacordo face a problemas sócio-econômicos importantes.

A superveniência da necessidade ainda maior de disfarçar o fiasco esquerdista do período pós-Abertura, iria levar para a ponta desse imenso iceberg, que é o setor católico, mais outras personalidades até então pouco conhecidas do público. Com o concurso delas, desenvolveu-se a ofensiva da CNBB (e em boa medida também da burguesia "sapa") pró-reformas de base, a qual incluía apoio declarado e até estímulo às greves, às agitações e à onda de ocupações que iriam sacudir o Brasil nos anos subseqüentes à Abertura política (3).

Se a opinião católica soubesse resistir a essas influências, o Brasil encontraria menos dificuldades em alcançar a solução de seus problemas. E continuaria a progredir. Se, porém, a massa católica se mantivesse alheia ao avanço do criptocomunismo de sacristia ou de salão, não só os problemas brasileiros se agravariam, mas o País poderia acabar por ser atirado ao fundo do abismo comunista.

Foi para abrir os olhos do público para esse perigo que a TFP envidou, na era pós-Abertura, grande parte de seus esforços. E não se pode negar que com considerável êxito.

Tudo isto se verá no capítulo que ora se abre.

 

Noite Sandinista na PUC de São Paulo – A TFP denuncia incitação à guerrilha comuno-"católica" 

NINGUÉM IGNORA que a Revolução da Nicarágua foi levada a cabo por grupos marxistas largamente inspirados pela "Teologia da Libertação". Sob o rótulo de Movimento Sandinista, os grupos guerrilheiros, depois de sangrenta guerra civil, derrubaram o governo Somoza e implantaram no país um regime de sabor radicalmente igualitário, o qual desembocava num anticapitalismo categórico e em significativa rejeição de tudo quanto fosse o papel da propriedade privada.

O Movimento Sandinista, fortemente apoiado pela estrutura eclesiástica, havia sido recrutado em larga escala nas CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) da Nicarágua. Freiras e Sacerdotes não só prestaram todo apoio à luta armada, como ocuparam depois importantes cargos no governo revolucionário.

 

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"Uma platéia ululante,

onde não faltavam

os punhos cerrados sob

os olhares comprazidos de

religiosas em mini-hábito".

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Não obstante, o sandinismo procurou velar aos olhos da opinião pública mundial seu caráter comunista, e iniciou uma ofensiva diplomática visando carrear apoio político e econômico ao novo regime e despertar simpatias. 

* * *

Tão logo eclodiu a Revolução Sandinista, em 1979, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira passou a tratar de vários de seus aspectos nas reuniões semanais dedicadas pela TFP à análise dos acontecimentos à luz da doutrina católica e do livro Revolução e Contra-Revolução. Nelas, o Presidente do Conselho Nacional da entidade mostrava como a propaganda internacional – beneficiando-se da política de mão única de Carter a respeito dos direitos humanos – ia acionando sua maquinaria para projetar uma imagem "simpática" daquela Revolução, apresentada como "experiência nova", "espontânea", e como "modelo viável". Um marxismo com cheiro de sacristia esquerdista, era esta a "fórmula" ideal para um continente católico como a América Latina...

Previu ainda o Presidente do CN da TFP que as vibrações dessa propaganda não tardariam em chegar ao Brasil, dada a existência de uma ampla articulação posta em movimento pelos adeptos da "Teologia da Libertação", em todo o continente. 

* * *

Esta previsão foi confirmada de modo rotundo em fins de fevereiro de 1980, quando se realizou um encontro sigiloso de expoentes da "Teologia da Libertação" de 42 países, em Taboão da Serra (São Paulo), designado como Congresso Internacional Ecumênico de Teologia. Dele participaram 160 pessoas, entre as quais Bispos, Sacerdotes, Religiosas, leigos de ambos os sexos (pertencentes às Comunidades de Base) e pastores protestantes – todos conhecidos representantes da chamada "Teologia da Libertação". Foi Presidente honorário do Congresso o Sr. Cardeal D. Paulo Evaristo Arns, Arcebispo de São Paulo, e o tema geral Eclesiologia das Comunidades de Base.

Enquanto ali se procedia presumivelmente a secretas elaborações doutrinárias e articulações táticas, nas sessões noturnas da Semana de Teologia, no teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (TUCA), eram transmitidos, em alguma medida, aos militantes das Comunidades de Base (maioria dos assistentes) os temas tratados em Taboão da Serra.

Tendo sido públicas estas sessões, e facultado a qualquer dos presentes gravar as palavras dos conferencistas, a TFP pôde dispor de fitas magnéticas com o conteúdo de todas as conferências.

Com base nessas gravações, foi possível a "Catolicismo" publicar a substanciosa reportagem em número especial de julho/agosto de 1980, a qual focalizou especialmente a sessão de 28 de fevereiro, conhecida como Noite Sandinista.

* * *

A reportagem de "Catolicismo" era própria a produzir grande repercussão, o que de fato se deu. Trazia um relato completo e ilustrado do que se passou naquela sessão, com transcrição integral dos discursos pronunciados. Estes vinham acompanhados de uma análise introdutória e de lúcidos comentários do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira.

Nas fotos se podia ver o auditório do TUCA todo ocupado por uma platéia ululante, onde não faltavam os punhos cerrados (típica saudação comunista), sob os olhares comprazidos de religiosas em mini-hábito. Frei Betto, o conhecido dominicano condenado pela Justiça brasileira por sua participação na guerrilha urbana de Carlos Marighela (4), presidia a sessão. Ao seu lado, importantes figuras da Revolução Sandinista: o pró-homem da Junta, Daniel Ortega; o chanceler nicaragüense, Padre Miguel d'Escoto; o "capelão" da Revolução, Padre Uriel Molina, e mais três participantes da guerrilha sandinista. Todos fizeram discursos na ocasião.

Em destaque, "Catolicismo" dava uma seqüência de fotos do ponto alto da noite: D. Pedro Casaldáliga recebendo um uniforme de guerrilheiro sandinista, cuja jaqueta vestiu no mesmo instante, sob os aplausos, gritos e assobios da platéia em delírio.

Disse então o Prelado de São Félix do Araguaia: "Eu me sinto, vestido de guerrilheiro, como me poderia sentir paramentado de padre". E assegurou que ia "tratar de agradecer esse sacramento de libertação”, que acabava de receber, "com os feitos, e se for preciso, com o sangue".

A reportagem de "Catolicismo" assinala também a circunstância de que, na saída do TUCA, uma jovem oferecia à venda posters coloridos de... "Che" Guevara.

Por fim, "Catolicismo" registra a aprovação final, concedida pelo Sr. Cardeal Arns, em seu discurso de encerramento da Semana de Teologia, sessão do dia 1º de março, com as seguintes palavras: "A coisa apenas começou... Vejam esta pergunta: – Chega de teologia e vamos à prática: onde estão os grupos que vão para a Nicarágua, para aprender? Eu respondo: Sei que, em São Paulo, há grupos se preparando e de malas prontas para partir. Até com a permissão do Arcebispo de São Paulo ..." (5). 

* * *

Em ampla campanha de difusão desse número de "Catolicismo", a TFP percorreu as ruas das principais cidades do País. Depois, por meio de suas caravanas, espalhou-o por todo o território nacional. Duas edições, totalizando 36.500 exemplares, assim se escoaram.

Dado o alcance da matéria para os países ibero-americanos, as TFPs e entidades afins da Argentina, Colômbia, Equador e Uruguai reproduziram e divulgaram a mesma reportagem em seus respectivos países, bem como a "Sociedade Cultural Covadonga", na Espanha, somando o total das edições brasileiras e estrangeiras a expressiva tiragem de 80.500 exemplares (6).

 

Logo no início da greve dos metalúrgicos do ABC em 1980, Frei Betto passou a seguinte palavra-de-ordem: "No caso de intervenção nos sindicatos, os metalúrgicos poderão usar as igrejas, já destacadas para isso. E se a polícia tentar ´intervir` nas paróquias, por exemplo, cercando as praças, estará configurado um ´estado de repressão à Igreja neste país`" ("O São Paulo", 5-4-1980).

CNBB apóia greves: TFP toma atitude 

COINCIDÊNCIA ou não, pouco tempo depois do congresso de Taboão da Serra e da Noite Sandinista, os ventos da agitação sopraram no País com redobrada intensidade. Nos meses de março e abril de 1980 desencadeou-se em São Paulo uma onda de greves que paralisou durante 40 dias os metalúrgicos do ABC – por sinal os operários mais bem pagos do Brasil.

Com o desenvolvimento da crise, as greves foram tomando aspectos de ilegalidade e turbulência estranhas à índole ordeira e tranqüila tanto dos operários quanto do povo brasileiro em geral, o que constituía sintoma certo da participação comunista em tais acontecimentos.

Desde logo se tornou patente que o fator mais dinâmico desse movimento era o apoio aberto dado às greves por bom número de eclesiásticos.

Segundo a imprensa, junto ao próprio centro de organização da greve operava um homem de confiança da "esquerda católica" de São Paulo: Frei Betto – o mesmo da Noite Sandinista no TUCA (*).

(*) O "Jornal do Brasil", de 21 de abril de 1980, dizia: "Frei Betto tornou-se uma espécie de eminência parda da greve. Amigo pessoal e homem de confiança de Lula, passou a morar com o líder operário em sua casa, no Jardim Assunção, em São Bernardo do Campo .... e, segundo um militante sindical, `é ele quem empurra Lula para a frente, na hora em que os pessimistas vêm com seus conselhos negativos e suas lamentações’". 

* * *

Era esta a situação quando, no dia 22 de abril, a CNBB deu a público uma nota na qual, pretendendo falar em nome de toda a Igreja, procurou transformar a greve dos metalúrgicos – declarada embora com intuitos circunscritos à classe – em um movimento de todo o operariado brasileiro para exigir uma reforma sócio-econômica global.

 

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"Nas `frentes únicas' se engajam

numerosos `inocentes-úteis',

transformados depois

gradualmente em

`companheiros de viagem'

dos subversivos"

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Dois dias depois, a TFP lançou um comunicado ao público brasileiro sobre a atitude do Episcopado ante as greves. E o fez estampar em 10 jornais de grande circulação (7). 

Nele, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, enquanto Presidente do Conselho Nacional da entidade, manifestava sua mais viva estranheza diante do fato de as autoridades eclesiásticas, em suas numerosas intervenções nos acontecimentos, se absterem de alertar explícita e eficazmente – como seria de seu grave dever – a parcela descontente do operariado, para que extirpasse de seu meio o joio da presença comunista.

"Essas autoridades consentem", dizia o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, "em que numerosos eclesiásticos façam de sua influência religiosa, bem como do sagrado e prestigioso recinto de vários templos, um uso contínuo para incentivar movimento reivindicatório que abarca, em uma promíscua efervescência, tanto comunistas quanto brasileiros amigos da ordem e do bom senso".

Tinha havido, é verdade, uma ou outra vaga alusão ao perigo da "infiltração", sem referência explícita ao comunismo, em um ou outro pronunciamento episcopal. Mas nem de longe era possível considerar esses pronunciamentos como advertências anticomunistas sérias e eficazes.

Por fim, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira alertava o público para o risco implícito, mas evidente, de fermentações desse gênero. Pois, como havia ocorrido em outros países, elas caminhavam para a formação de uma frente única de elementos católicos e comunistas, que constitui método de capital importância nos planos de Moscou.

"No caso concreto", dizia, "a ausência de alusões taxativas ao comunismo não tem outro sentido que não o desejo de colaborar com ele. Em tais `frentes únicas' se engajam numerosos `inocentes-úteis', transformados depois gradualmente em `companheiros de viagem' dos subversivos, rumo às reformas sociais demagógicas e descabeladas, à luta de classes e, por fim, à revolução social". É evidente que, vitoriosa esta última, os comunistas aplicarão, como de costume, seu golpe decisivo: instituirão o governo de frente única e depois defenestrarão – se ficarem só nisto! – os vários companheiros de viagem.

O comunicado, além de publicado na imprensa, foi distribuído em forma de volante pelos cooperadores do Setor Operário da TFP aos trabalhadores em fábricas de São Paulo, com excelente acolhida da parte de seus colegas de classe. Na ocasião, puderam constatar que a grande massa do operariado é refratária ao movimento grevista, acionado tão-só por uma pequena minoria. 

* * *

Na atmosfera conturbada daqueles dias, o pronunciamento da TFP representou um toque de clarim conclamando à lucidez e à serenidade. A denúncia que o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira fazia do processo rumo à "sandinização" do Brasil abriu os olhos de muitos. E contribuiu largamente para o deflacionamento das greves.

A esquerda, especialmente a que se proclama católica, rangeu os dentes, mas nada disse. Também guardou silêncio a CNBB. O que dizer, se havia sido colhida em má postura?

Por fim, os ânimos se acalmaram. E as greves cessaram por completo. 

 

Na visita de João Paulo II ao Brasil, homenagens da TFP 

A VISITA de João Paulo II ao Brasil, em julho de 1980, despertara no público brasileiro uma reação de alma muito abrangente. À maneira de uma intensa vibração, perpassara ela extensas massas humanas de todos os setores do País. Homens de esquerda, como de centro e de direita; católicos, protestantes, cismáticos, judeus, budistas, maometanos, espíritas, ateus – todos afluíram em grande quantidade para ovacionar João Paulo II, num tumultuoso movimento de alegria. Alegria que quase se diria frenética, se neste adjetivo não houvesse qualquer coisa de pejorativo. Na televisão, no rádio e na imprensa, por assim dizer só se cogitou dele.

Todos esperavam tudo dele. Os socialistas, que ele derrubasse o capitalismo; os capitalistas, que ele condenasse o comunismo; os progressistas, que ele alentasse com novas esperanças a modernização da liturgia e da moral; os antiprogressistas, que ele aprovasse a Missa tridentina.

Lado a lado, alimentadas por esperanças e apreensões que se contradiziam, milhões de pessoas aplaudiam João Paulo II como se dele devesse nascer uma nova era.

Encerrada a visita, durou ainda este fenômeno uns dois ou três dias.

Depois, grande parte do povo voltou para as atividades de cada dia, tão emproblemadas, tão carregadas de grandes e pequenas ameaças, tão tiranicamente absorventes. E uma grande parcela da opinião nacional se "desligou" das vibrações daqueles dias. Para ela, a visita já mergulhara nas neblinas do passado. 

* * *

O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, habituado a observar a realidade ao vivo, publicou na "Folha de S. Paulo" dois artigos, descrevendo em seus matizes e contra-matizes os movimentos da opinião pública naqueles dias (8). 

* * *

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(Objeção:) A TFP é um movimento "fechado"!

(Resposta:) Os 28 anos de existência da TFP foram quase ininterruptamente anos de polêmica. Entretanto, jamais houve quem, nessas polêmicas, levantasse alguma pergunta ou alguma objeção sobre a constituição interna da TFP, sua estrutura, o relacionamento entre seus membros, o teor de vida destes, etc., que não tivesse de público as mais minuciosas informações a respeito. Neste particular pode-se afirmar que nenhuma outra organização a excedeu.

Além dos quadros de sócios e cooperadores, há correspondentes ou simpatizantes que difundem os ideais da TFP em seus ambientes familiares e profissionais em 557 cidades. Ademais, o esforço de divulgação da TFP a respeito de si mesma, de suas metas, de seus métodos, tem sido realizado amplamente através das caravanas da entidade, que fizeram 19.387 campanhas em municípios e localidades de nosso "hinterland" percorrendo mais de quatro milhões de kilômetros. Seu Serviço de Documentação reuniu 50.492 recortes de jornais brasileiros com referências à atuação da TFP, formando uma massa total de mais de meia tonelada.

Isto é ser "fechado"?

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Nessa primeira visita de um sucessor de São Pedro ao país de maior população católica do mundo, a TFP procurou prestar sua homenagem ao Soberano Pontífice.

Era desejo do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira levar pessoalmente, enquanto católico e enquanto Presidente do Conselho Nacional da maior organização civil anticomunista de nosso País, suas homenagens a João Paulo II. Era também sua intenção fazer-se acompanhar, nesta ocasião, por uma comitiva de diretores, sócios e cooperadores da TFP.

Para tanto, escreveu carta ao Sr. Núncio Apostólico (então D. Carmine Rocco), solicitando-lhe incluir no programa da visita uma audiência com o Soberano Pontífice. Dispunha-se a ir, para essa audiência, a qualquer ponto do território nacional que melhor conviesse a Sua Santidade.

O Sr. Núncio, em carta de resposta ao Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, lamentou vivamente que o pedido chegasse num momento em que o programa de João Paulo II já se encontrava todo traçado. O que tornava praticamente impossível a audiência, sobretudo em vista da sucessão quase ininterrupta de viagens e atos a que o augusto visitante teria de se submeter.

* * *

Não podendo assim levar pessoalmente sua homenagem ao Soberano Pontífice, a TFP ofereceu a este um exemplar de duas obras do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, em magnífica encadernação de pelica branca, com as armas pontifícias gravadas em ouro. Eram elas: Revolução e Contra-Revolução e Acordo com o regime comunista: para a Igreja, esperança ou autodemolição?, largamente divulgadas, tanto no Brasil como fora dele.

Além deste presente, enviado ao Pontífice através da Nunciatura Apostólica, a TFP organizou um ato solene no torreão de sua sede principal em São Paulo, no dia mesmo em que o avião conduzindo João Paulo II tocava o solo brasileiro, ou seja, em 30 de junho de 1980.

Assim, hasteou-se no referido torreão um estandarte de grandes proporções, mandado confeccionar especialmente para a ocasião. Além do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, estavam presentes ao ato diretores, sócios e cooperadores, bem como amigos e simpatizantes da organização. O magnífico estandarte auri-rubro ergueu-se em seu mastro em meio aos aplausos e às aclamações da assistência. 

 

Bombas, "estrondos" e Abertura transviada 

É UM CONHECIDO MÉTODO de difamação, usado pela esquerda, confundir arbitrariamente com nazismo toda e qualquer forma de anticomunismo (*). E, por este artifício, atribuir a todos os anticomunistas uma propensão incorrigível para o emprego da violência, entretanto característica tão-só do nazismo e de seus congêneres de direita, simétricos, neste ponto, como, aliás, em vários outros, aos radicais de esquerda.

(*) Tal difamação põe na sombra o fato histórico incontestável de que, desde meados do século XIX até nossos dias, as mais variadas modalidades de anticomunismo – anteriores, simultâneas e posteriores ao nazismo – muitas delas diversas e até opostas a este último, se desenvolveram por todo o mundo. Mas à esquerda não interessa a verdade histórica. O que interessa é difamar seus opositores custe o que custar.

 

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Plinio Corrêa de Oliveira foi adversário do nazi-fascismo quando este era forte ameaça para o Brasil e o mundo todo.

Mas ainda existem no Brasil alguns incorrigíveis que continuam a repetir que a TFP seria nazi-fascista, bem como o Presidente de seu Conselho Nacional.

A TFP pede a estes que anotem: Plinio Corrêa de Oliveira escreveu nada menos que 477 artigos com passagens contra o nazi-fascismo.

A maioria deles foi publicada antes ou durante a II Guerra Mundial. Ou seja, quando muitos dos atuais opositores dela não tinham nascido e outros – não poucos – se deixavam levar pelo canto de sereia do nazi-fascismo.

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Foi com base em tal método que teve curso, desde maio até outubro de 1980, através de órgãos da grande imprensa, uma campanha de difamação sistemática da TFP, apresentada como entidade suspeita da prática de violência e até de subversão.

Anteriormente ao período indicado, haviam sido veiculadas, uma ou outra vez, suspeitas de participação da TFP em atentados contra bancas de jornais. Como o Brasil inteiro conhece o caráter modelarmente pacífico da atuação da entidade, desdenhou ela desmentir essas poucas afirmações – sem provas e sem consistência – que surgiram contra ela nesse sentido.

Pouco depois, o mesmo zunzum infundado renasceu aqui e acolá, em órgãos de imprensa, a propósito da sucessão delirante de atentados terroristas que, por perto de dois meses, imergiu o País em clima de crescente tensão.

Os atentados foram atribuídos pelo vozerio publicitário a grupos de direita. E, de soslaio, esse mesmo vozerio quis envolver a TFP.

Até a voz de Luiz Carlos Prestes juntou-se ao coro, pedindo providências governamentais contra a entidade (9). 

* * *

Tumultuosa, reivindicante, agressiva até o momento em que teve início a série desses atentados, a esquerda pôs desde então mais ou menos em surdina suas farfalhantes agitações. E passou a ostentar-se desenvoltamente como campeã da ordem e da lei. Campeã, aliás, tão turbulenta e agressiva no terreno publicitário quanto o era no terreno da violência material, na época em que fomentava a desordem, agia na ilegalidade e bramia por liberdade.

Escapar assim do banco dos réus para nele fazer sentar seus adversários da véspera, era efetivamente um bom negócio...

Melhor negócio ainda para a esquerda seria se, com esse curso de coisas, a Abertura entrasse gradualmente em degenerescência. Pois continuaria "aberta" para aquela, e passaria a ser repressiva do anticomunismo.

Tudo isto era ponderado pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira no comunicado TFP: bombas e abertura transviada, que a Sociedade fez publicar em 27 jornais (10). Sem entrar de modo algum na indagação, de âmbito todo policial, sobre o problema perfeitamente nebuloso da autoria de tais atentados, o Presidente do Conselho Nacional da TFP deixava patente a posição da entidade, que é cristalinamente infensa ao emprego de tais recursos, e cujos métodos são invariavelmente pacíficos e legais. 

Felizmente para o Brasil, pouco depois deste pronunciamento da TFP, o barulho das bombas cessou. 

* * *

Não obstante, mal haviam caído ao solo essas suspeitas, por inteira falta de provas ou sequer indícios, a orquestração anti-TFP não teve a menor inibição em escolher outros pretextos para difamar a Sociedade. E foram buscar matéria em noticiários de dois pequenos jornais, um da próspera cidade mineira de Teófilo Otoni, e outro de Santana do Livramento, simpática cidade gaúcha da fronteira sul do País.

Em Teófilo Otoni, o jornalzinho local, "Tribuna do Mucuri", havia noticiado, em 17 de maio e 14 de junho de 1980, sem mencionar fontes, que a TFP, com a colaboração de alguns prefeitos, estaria coletando fundos junto a fazendeiros da região, a fim de desenvolver uma ação terrorista (sic) contra eclesiásticos e elementos comunistas. Segundo a mesma folha, parte dos contribuintes se encontravam cientes da finalidade criminosa com que a coleta de fundos estaria sendo promovida. E o jornal concluía seu noticiário reclamando a intervenção da polícia para prevenir tais crimes, ou eventualmente para os punir de acordo com a lei.

A essas afirmações injuriosas – de repercussão toda local – a TFP opôs um desmentido também local, publicado em 21 de junho de 1980 por aquele mesmo órgão. Nele, a entidade simplesmente convidava o jornal a que declarasse de público quais eram as fontes dessas absurdas informações, e em que provas se fundava para as difundir.

No dia 24 de setembro, um sacerdote daquela Diocese, Pe. Antonio Mamede Fernandes, foi vítima de uma obscura e sacrílega tentativa de homicídio, levada a cabo por um desconhecido "de cor parda", conforme depoimento de testemunhas. Ferido a bala, o sacerdote foi socorrido e hospitalizado, tendo-se recuperado pouco tempo depois.

Um jornal carioca divulgou a surpreendente afirmação do Vigário de Poté (pequena localidade daquela Diocese) de que "não descartava" a possibilidade de a TFP ter tomado parte no crime (11). E a "Folha de S. Paulo" de 29 de setembro de 1980 publicou a notícia de que o Bispo Auxiliar de Teófilo Otoni, D. Antonio Zuqueto, havia emitido declarações análogas à do Vigário de Poté (*).

(*) A respeito da tão injuriosa afirmação de D. Antonio Zuqueto, a qual afetava de modo grave a reputação da TFP, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira enviou telegrama ao Prelado (em 29-9-80), solicitando a este desmentir de público o referido noticiário. Na falta do desmentido, o Presidente do CN da TFP julgava-se no direito e no dever de deixar consignado o protesto respeitoso, mas categórico e inconformado da entidade. O Bispo Auxiliar de Teófilo Otoni nada fez neste sentido, nem nada respondeu. 

* * *

Quase concomitantemente, encontrava igual ressonância noticiário provindo de outro jornalzinho, "Platéia" (28-9-80), desta vez de Santana do Livramento, Rio Grande do Sul, o qual dizia que cooperadores da TFP teriam angariado donativos para a compra de armas destinadas a lutar contra o comunismo.

A notícia do referido periódico, gotejando aliás também outras inverdades, vinha desacompanhada de qualquer prova. O que não impediu que repercutisse ato contínuo em jornais de São Paulo, Rio, Recife, Fortaleza e Belém do Pará. 

* * *

À vista dessa cascata de notícias inverídicas, baseadas em afirmações gratuitas e desprovidas de qualquer semelhança de prova, a TFP emitiu, através do seu Serviço de Imprensa, um comunicado sob o título O desmentido categórico da TFP. Datado de 2 de outubro, foi publicado em Seção Livre em diversos jornais brasileiros (12). 

Nele a entidade denunciava à opinião brasileira essa vaga de difamações, cujo fim era implicitamente fazer voltar contra ela os rigores da lei e da repressão policial. Precisamente os mesmos rigores cuja cessação, em favor da esquerda, era meses antes exigida como um postulado da democracia!...

Liberdade para o comunismo e repressão para o anticomunismo, era para onde, assim, rumaria a democracia brasileira, a qual ipso facto teria deixado de ser democracia, para se transformar em mero instrumento de liberação de quanto favorece o comunismo, e de destruição de tudo quanto a este se opõe. Ou seja, em um processo de sovietização do País.

Ao mesmo tempo, neste comunicado, a TFP desmentia categoricamente que os donativos por ela arrecadados tivessem sido pedidos para a compra de armamentos. Como também mostrava a absoluta falsidade da afirmação de que ela os possuísse ou cogitasse de comprá-los.

"Os detratores da TFP – dizia o comunicado – estão na obrigação de provar suas acusações, sob pena de incidir sobre si mesmos o descrédito que pretendem lançar contra ela".

Outro comunicado breve da entidade, no mesmo sentido, saiu no "Jornal do Brasil" em 3 de outubro, e foi depois reproduzido pelo "Jornal de Brasília" de 12 do mesmo mês.

O ribombo publicitário murchou sensivelmente. E as versões difamatórias caíram no vazio. Isto não impediu, entretanto, que a Rádio Moscou, em seu programa para o Brasil (emissão de 13 de outubro de 1980), tentasse vir em socorro dos detratores da TFP, repetindo que a Sociedade estaria armando fazendeiros no Estado de Minas. Foi um dos últimos ecos – e sem dúvida, o mais intrigante – do noticiário publicado pela "Tribuna do Mucuri"... 

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Janeiro de 1981    

As TFPs e o "modelo polonês" de socialismo  

Ver TFPs: ações conjuntas em âmbito internacional 11

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Notas:

(1) Cfr. entrevistas do Presidente do Conselho Nacional da TFP para a "Folha de S. Paulo" (1º-10-78 e 3-10-82), bem como a entrevista para a "Última Hora", do Rio de Janeiro, estampada na edição de 3-2-83 sob o título A inércia das elites deu vitória a Brizola.

Vejam-se ademais os seguintes artigos do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, para a "Folha de S. Paulo": Desde que se case com José (27-1-79); Quem avisa amigo é (7-7-79); TFP: bombas e abertura transviada (31-8-80); O tufão do contrapensamento (11-2-83). E os artigos para o diário carioca "Última Hora": Abertura, uma charada? (25-5-83); Entre o desvario e o letargo, as diretas (13-3-84).

(2) Cfr. Plinio Corrêa de Oliveira, op. cit., p. 49. Ver também Enquanto o PCB corta o bolo, "Catolicismo", 348, dezembro de 1979.

(3) Cfr. Sou católico: posso ser contra a Reforma Agrária?, título I, cap. II, pp. 49-50.

(4) Cfr. "Catolicismo", julho/agosto de 1980, p. 9.

(5) Cfr. "O São Paulo", 7 a 13 de março de 1980.

(6) Argentina: "Tradición, Familia y Propiedad", novembro de 1981; Colômbia: "Tradición, Familia y Propiedad Informa", novembro/dezembro de 1980; Equador: "Reconquista", maio de 1981; Uruguai: "Lepanto", março de 1981; Espanha: "Resistencia", 4, abril de 1981. Resumos foram publicados na África do Sul, na Bolívia e no Chile.

(7) O comunicado foi publicado nos seguintes jornais: "Folha de S. Paulo", 25-4-80; "Folha de Londrina" (PR), 27-4-80; "Correio do Povo", Porto Alegre, 29-4-80; "O Estado", Florianópolis, 29-4-80; "A Cidade", Campos (RJ), 30-4-80; "Tribuna do Ceará", Fortaleza, 2-5-80; "Correio do Ceará", Fortaleza, 3-5-80; "Diário do Paraná", Curitiba, 3-5-80; "Equipe", Cuiabá, 7-5-80; "Jornal de Minas", Belo Horizonte, 8-5-80.

(8) Cfr. A utopia e a mensagem e Volta à Torre de Babel, "Folha de S. Paulo" de 29-7-80 e 12-8-80 respectivamente.

(9) Cfr. "O Estado de S. Paulo", 30-10-80.

(10) Publicado inicialmente na "Folha de S. Paulo" de 31-8-80, o comunicado foi reproduzido nos seguintes jornais: "O Estado de Minas", Belo Horizonte, 2-9-80; "O Estado do Pará", Belém, 2-9-80; "Diário de Pernambuco", Recife, 2-9-80; "O Diário do Norte do Paraná", Maringá, 2-9-80; "Folha de Londrina" (PR), 2-9-80; "Correio Braziliense" (DF), 2-9-80; "Correio do Povo", Porto Alegre, 2-9-80; "Jornal do Commercio", Recife, 2-9-80; "O Estado", Florianópolis, 2-9-80; "Jornal do Brasil", Rio de Janeiro, 3-9-80; "Diário da Manhã", Recife, 3-9-80; "Jornal da Tarde", São Paulo, 3-9-80; "O Jornal de Uruguaiana" (RS), 4-9-80; "Tribuna do Ceará", Fortaleza, 4-9-80; "Jornal Pequeno", São Luís, 4-9-80; "Correio da Bahia", Salvador, 4-9-80; "Jornal do Commercio", Recife, 5-9-80; "Tribuna da Bahia", Salvador, 5-9-80; "Diário de Pernambuco", Recife, 5-9-80; "Equipe", Cuiabá, 5-9-80; "A União", João Pessoa, 7-9-80; "Tribuna da Cidade", Apucarana (PR), 7-9-80; "A Cidade", Campos (RJ), 9-9-80; "Folha de Mandaguari" (PR), 14-9-80; "Cambé Notícias" (PR), 28-9-80; "Porta Voz Jornal", Cambé (PR), 29-9-80.

(11) Cfr. "Jornal do Brasil", 27-9-80.

(12) Cfr. "Correio do Povo", Porto Alegre, 4-10-80; "Última Hora", Rio de Janeiro, 7-10-80; "O Estado", Florianópolis, 8-10-80; "Jornal de Uruguaiana" (RS), 9-10-80; "Folha de Londrina" (PR), 10-10-80.

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